RESUMO Objetivos Caracterizar as famílias usuárias de um serviço de psiquiatria em Cabo Verde/África, quanto aos aspectos sociodemográficos e aos transtornos mentais mais frequentes que acometem seus membros; identificar as necessidades consideradas prioritárias pelas famílias que convivem com a pessoa com transtorno mental neste contexto. Método Estudo qualitativo exploratório, realizado em 2016, com dados obtidos através de 100 prontuários de usuários em um serviço de psiquiatria, no período de 2010 a 2015, e entrevistas realizadas com 30 familiares desses usuários. Posteriormente, os dados foram submetidos à análise temática. Resultados As famílias das pessoas com transtorno mental na ilha de Santiago são pobres, as cuidadoras são predominantemente do sexo feminino, solteiras e residentes na cidade da Praia. No cuidado ao familiar doente, enfrentam diversas dificuldades, como a falta de suporte por parte de profissionais e serviços de saúde e da rede social, acrescentando, ainda, o fato de não se sentirem incluídos no processo de cuidado e com delimitada capacitação para cuidar do familiar doente. Conclusão e Implicações para a prática Há a necessidade do reconhecimento da família como alvo de cuidados e capacitação para a continuidade dos cuidados ao familiar doente. O estudo aponta a necessidade de revisão das políticas de saúde, para aprimoramento dos cuidados de saúde mental na atenção primária.
Objective: To identify the perceptions of Primary Health Care workers regarding Violence Against Women. Method: Qualitative, exploratory, descriptive study addressing 23 health professionals working in three Health Centers in Praia, Cape Verde, Africa. Semi-structured interviews were held via videoconference in November and December 2020. Data were treated according to thematic analysis. Results: Three categories emerged: violence against women restricted to physical aggression; violence as a phenomenon resulting from financial dependency; and victim blaming. Conclusion: The reductionist view of violence, as limited to physical harm, associated with financial dependency and victim blaming helps to unveil perceptions that ground the practice of health workers with women victims of violence and can support the planning of continuous education provided in Primary Health Care services.
A saúde sexual e reprodutiva da mulher com transtorno mental é um tema atual e emergente. Os profissionais de saúde possuem papel importante no atendimento das necessidades de saúde dessas mulheres, no entanto nem sempre estão preparados para prestar um cuidado resolutivo. O presente estudo teve por objetivo identificar os fatores que moldam a assistência de saúde sexual e reprodutiva à mulher com transtorno mental, nos serviços de saúde em São Vicente/ Cabo Verde. Trata-se de um estudo exploratório com abordagem qualitativa, realizado com 17 profissionais que trabalham na rede de serviços de saúde da ilha de São Vicente em Cabo Verde. Os dados foram coletados por meio de entrevistas semiestruturadas, entre setembro e outubro de 2018 e submetidos à análise temática. Os resultados evidenciam que fatores culturais, educacionais e políticos são moduladores da prática profissional, no campo da saúde sexual e reprodutiva das mulheres com transtorno mental. Faz-se necessário planejar intervenções que levem em consideração a influência dos fatores culturais, educacionais e políticos na prática dos profissionais, com vistas a melhorar, a médio e longo prazo, a assistência a esse grupo de mulheres.
Este estudo teve por objetivos: conhecer a percepção dos profissionais sobre a saúde sexual e reprodutiva das mulheres com transtorno mental; e identificar a repercussão da percepção dos profissionais acerca da prática que desenvolvem com as mulheres com transtorno mental. Trata-se de um estudo exploratório, de abordagem qualitativa, realizado com 17 profissionais de saúde que atuam na rede de cuidados primários e serviços de Psiquiatria. Os dados foram coletados utilizando entrevistas semiestruturadas e, após, submetidos à técnica de análise temática. A percepção reducionista das necessidades de saúde sexual e reprodutiva das mulheres com transtorno mental pelos profissionais de saúde reflete, na prática, um cuidado que dissocia a saúde sexual e reprodutiva da Saúde Mental. Assim sendo, para a efetivação do cuidado integral à saúde dessas mulheres, faz-se necessário maior horizontalidade entre a saúde sexual/reprodutiva e mental.
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