Resumo No século XIX e início do XX, as artes circenses influenciaram as práticas ginásticas no Brasil ligadas a uma ideia científica de educação do corpo voltadas aos intuitos de controle, utilidade e desenvolvimento de hábitos higiênicos. Com objetivo de tratar dos entrelaçamentos históricos entre circo e Educação Física, analisamos a atuação de José Floriano Peixoto como sportsman, ginasta e artista circense e o quanto os saberes dos circenses estiveram promovendo diálogos entre tais campos.
Adotando como referencial as críticas teatrais, crônicas e demais produções literárias do escritor Machado de Assis, pretendemos por meio deste artigo apresentar um olhar para as apresentações circenses, teatrais e de variedades do Rio de Janeiro na segunda metade do século XIX. Guiados por seus escritos, podemos entrar em contato com suas posturas críticas e preferências quanto às ofertas artísticas do período e compreender, em certa medida, a profusão de exibições circenses e de variedades na cidade, a concorrência que ofereciam às produções teatrais e mesmo os discursos contrários aos espetáculos de circo proferidos tanto por Machado de Assis quanto por outros autores do período. Assim, as crônicas e críticas machadianas abordam interessante panorama do cenário da dramaturgia, das exibições circenses e de atrações variadas da época, favorecendo a compreensão do funcionamento da cena artística e dos divertimentos nacionais na segunda metade do século XIX.
Recentemente, educadores físicos e artistas atuantes na escola vêm direcionando atenção para o potencial pedagógico do circo e evidenciando a aproximação entre educação corporal a arte. Diante da amplitude das práticas circenses, contamos com as modalidades de malabarismo com distintos aparelhos, destacando-se claves, bolas e aros. Fundamentadas na manipulação de objetos, essas práticas requerem atenção dos professores, visando o oferecimento de um ensino lúdico, envolvente, seguro e expressivo. Assim, o presente artigo discute elementos básicos para o ensino do malabarismo com caixas, procurando fomentar essa prática entre os profissionais que se aventuram no ensino da arte circense e que buscam uma educação artístico-estética. Partindo de referenciais teóricos, artísticos e de nossa práxis com pedagogia circense e malabarismo com caixas, acreditamos que essa modalidade possa compor o repertório de profissionais da Educação Física e das Artes e almejamos com essa contribuição que o malabarismo com caixas torne-se mais disseminado e acessível.
Palavras-Chave: Malabarismo; Circo; Caixas; Pedagogia; Artes
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