O uso de misturas asfálticas mornas pode vir a diminuir o consumo de energia e da poluição ambiental uma vez que estas misturas possuem temperaturas de compactação e usinagem inferiores às tradicionalmente utilizadas. Esta pesquisa estudou a adição de óleo de milho e de soja, novo e residual, para diminuir as temperaturas de usinagem e compactação das misturas asfálticas. Os corpos de provas foram produzidos em três temperaturas diferentes, a primeira foi à temperatura determinada pelas curvas logarítmicas viscosidade x temperatura e as outras foram 10°C e 20°C inferiores a primeira, respectivamente. Os ensaios mecânicos realizados foram Resistência à Tração, Lottman Modificado, Módulo de Resiliência, Flow Number e Módulo Dinâmico. Os resultados obtidos para os ligantes modificados, com ambos os óleos, foram inferiores aos obtidos para o ligante puro nas mesmas condições de temperatura. Portanto, o uso destes óleos como aditivos só se justifica pela logística reversa do óleo usado.
RESUMO A fim de minimizar o impacto ambiental ocasionado pelas misturas asfálticas a quente surgiram as chamadas misturas asfálticas mornas. Este trabalho investigou o uso da cera de carnaúba tipo 1, nos teores de 1, 2 e 3% por peso de ligante asfáltico classificado com penetração 50/70, como aditivo incorporado às misturas asfálticas para a obtenção de misturas mornas. Os resultados apontaram uma redução de até 9 °C na temperatura de mistura e 7 °C na temperatura de compactação com o uso de 2 e 3% de cera. As misturas asfálticas foram dosadas pelo método Superpave e submetidas a ensaios mecânicos: ensaios de resistência à tração, dano por umidade induzida, módulo de resiliência, módulo dinâmico e vida de fadiga. A incorporação de 2% acarretou resultados superiores quanto ao desempenho mecânico das misturas asfálticas, principalmente ao dano por umidade induzida, e uma maior redução das temperaturas de mistura e compactação. Portanto, as misturas cumpriram as exigências mecânicas e se apresentaram viáveis tecnicamente, podendo contribuir para mitigação de danos ambientais como a redução do consumo de energia e as emissões de CO2 em usinas asfálticas.
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