Objetivo: Verificar a autoavaliação do conhecimento de médicos residentes do Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW) acerca de Cuidados Paliativos (CP). Métodos: Realizou-se um estudo observacional, transversal, quantitativo, envolvendo médicos residentes do HULW, que responderam ao questionário com perguntas sociodemográficas e conhecimentos em CP. Resultados: Dos 172 médicos, 99 (57,6%) participaram da pesquisa, 47,5% entre 28-32 anos e 54,5% do sexo feminino.A maioria respondeu que aprendeu sobre o controle dos sintomas comuns na assistência paliativista, embora 97% necessitassem aperfeiçoar seus conhecimentos sobre CP. Apenas 16,2% conheciam a atual Lei de Bases dos CP, porém mais de 80% compreendiam os aspectos bioéticos pesquisados. Contudo, mais de 75% de respostas compatíveis com conhecimento sobre CP ocorreram em apenas 5 das 16 questões (31,2%). Conclusão: Existe relativa escassez de conhecimento acerca dos CP entre os médicos entrevistados, tornando indispensável estudos adicionais de intervenções curriculares que possam contribuir para o aperfeiçoamento desses profissionais.
A tuberculose perinatal é uma forma rara de tuberculose, cuja infecção pode ocorrer a partir da mãe infectada, seja ainda na gestação, durante o trabalho de parto ou no período neonatal. O diagnóstico nessas condições é difícil e deve ser feito obedecendo alguns critérios previamente estabelecidos. Quando diagnosticada tardiamente, há consequente atraso no tratamento, o que leva à alta mortalidade. Objetiva-se relatar um caso de recém-nascido a termo com suspeita de tuberculose perinatal causada por história materna prévia de tuberculose resistente, e ressaltar a importância de considerar essa doença como diagnóstico diferencial. Devido às manifestações clínicas serem inespecíficas e facilmente confundidas com outras doenças, ao levantar a hipótese diagnóstica, é importante que o tratamento seja iniciado o mais precocemente possível. A tuberculose perinatal deve ser pensada nos casos de história materna de tuberculose durante a gravidez com lactente que tenha dificuldade respiratória. O presente caso demonstra a necessidade de se considerar esse diagnóstico, caso os dados da história materna e avaliação do recém-nascido sejam compatíveis com a suspeita, além de o Brasil estar entre os países com alto índice epidemiológico para essa doença. Assim, mostra-se a importância do diagnóstico na mãe sintomática, para a redução da morbimortalidade perinatal.
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