Objetivou-se conhecer, na literatura existente, as características da hemocromatose. O estudo é uma Revisão Narrativa de Literatura, realizada em setembro de 2013, nas bases Medical Line (MEDLINE), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), portal da Scientific Eletronic Library Online (SCIELO) e base de dados ScienceDirect, com os termos “hemocromatose” e “características” utilizadas no idioma português, sem recorte temporal. A busca inicial obteve 39 produções e a partir dos critérios de inclusão e exclusão, esta revisão elegeu 16 artigos. Os resultados possibilitaram o entendimento de como ocorre o processo da hemocromatose, caracterizando-a em hereditária e adquirida. Também, foi possível conhecer a associação desta com outras doenças e sua relação com etnias. Constatou-se que a hemocromatose é caracterizada pela sobrecarga orgânica de ferro, sendo mais frequente em caucasoides. Pode ser classificada em hereditária ou primária e adquirida ou secundária. A hereditária é uma doença autossômica recessiva, geralmente associada a mutações no gene HFE, sendo C282Y e H63D as mais frequentes. A hemocromatose secundária está associada a doenças congênitas ou adquiridas, onde a anemia hemolítica ou a eritropoese ineficaz requerem múltiplas transfusões sanguíneas. A hemocromatose também está associada à ingestão excessiva de ferro, ao alcoolismo e a doença hepática crônica. É preciso alertar a população, principalmente a vulnerável, sobre as características da doença e a importância do tratamento precoce.Descritores: Hemocromatose; Sobrecarga de Ferro; Transferrina.
Estudo transversal, retrospectivo que verifica o perfil de pessoas com hemocromatose registradas no Centro Hemoterápico do Vale do Taquari (Hemovale), RS/Brasil atendidas de 2008 a 2012. Foram coletadas, através de registros documentais as variáveis: prevalência de hemocromatose (PH) sexo, idade, peso, pressão arterial (PA), frequência cardíaca (FC), temperatura axilar (TA), volume de sangue retirado para flebotomia e hematócrito. A PH foi de 285 casos. Os homens correspondem a 92% das pessoas atendidas no hemocentro. A faixa etária variou de 24 a 81 anos, sendo que a média de idade foi de 53,37 (10,79). O peso variou entre 54 e 158 Kg. Referente aos sinais vitais, houve variação da PA sistólica de 100 a 180 mmHg, e PA diastólica de 60 e 100 mmHg. Após o tratamento houve uma redução média da PA para 130,69 (15,41) e 82,26 (9,56) respectivamente. Em relação à FC houve diminuição da média de 77,54 (9,59) para 76,72 (8,78) e da TA de 36,11 (0,42) para 35,94 (2,06). O volume sanguíneo retirado variou de 300 a 500 mL. O hematócrito variou de 33% a 57%. Conclui-se que nessa região homens são mais acometidos com hemocromatose, sendo a média de idade maior no sexo feminino.
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