RESUMORelata-se um caso de pitiose intestinal em um Husky Siberiano, de um ano de idade, macho atendido em um Hospital Veterinário Escola com sinais de obstrução intestinal. Ao exame físico, notou-se massa cilíndrica na região abdominal cranial, posteriormente confirmada por meio de radiografia e ultrassonografia. Durante a laparotomia exploratória, constatou-se massa extraluminal envolvendo o jejuno e alterações na parede do órgão. Realizou-se a ressecção da porção afetada do intestino e, posteriormente, anastomose. O exame histológico do tecido evidenciou inflamação piogranulomatosa acentuada. Na coloração de prata metenamina de Grocott, hifas septadas foram observadas. O diagnóstico de infecção por Pythium insidiosum foi confirmado por meio da imunoistoquímica. Após a cirurgia, o animal restabeleceu a defecação; no 30° dia pós-cirúrgico, foi relatada ainda presença de diarreia. O tratamento com itraconazol e terbinafina foi instituído durante 60 dias. Após dois anos do procedimento cirúrgico e do tratamento com antifúngicos orais, o cão não apresentou recidiva. (Cock et al., 1987;Graham et al., 2000; Rech et al., 2004;Rodrigues et al., 2006) , 2006). Somente o P. insisdiosum acomete mamíferos, entre os quais equinos, caninos, felinos, bovinos e humanos. Nas espécies não domésticas, já foi citado em um urso cativo, um jaguar e um camelo (Camus et al., 2004;Wellehan et al., 2004). A doença ocorre principalmente em regiões de clima tropical, subtropical e temperado, e já foi relatada no continente americano, alguns países europeus,