A leishmaniose visceral é uma zoonose de grande relevância na saúde coletiva devido à sua heterogeneidade epidemiológica, alta letalidade em pacientes não tratados e soroprevalência 1 . O controle da doença tem sido realizado pela adoção de três medidas básicas: o tratamento dos casos humanos, a eutanásia de cães soropositivos e a redução da população de vetores, através da aplicação de inseticida nos domicílios situados em área endêmica 2,3 .Mas, apesar dos esforços, a leishmaniose visceral tem aumentado significativamente sua importância no contexto epidemiológico em decorrência do processo de urbanização e das alterações no ambiente natural 4 . A forte relação apresentada pela ocorrência da leishmaniose visceral e os perfis cultural, nutricional e sócio-econômico da população atingida, remetem a questão do controle para além das barreiras pertencentes ao contexto ambiental em que a doença está inserida 5 .Em Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, a leishmaniose visceral tem-se expandido mesmo com uso de grande recurso financeiro e humano no seu controle. Durante seu recente histórico na cidade (iniciado em 1992) a doença alcançou altos coeficientes de morbidade e letalidade nas populações atingidas 4,6,7,8 .Segundo Dias 9 , o êxito das estratégias contra as doenças endêmicas depende basicamen-
Realizou-se um estudo epidemiológico observacional retrospectivo para caracterizar os acidentes escorpiônicos em Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, entre 2005 e 2009. Foram coletados dados do Sistema Nacional de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e Sistema de Vigilância Epidemiológica (SISVE) e das fichas de atendimento do Hospital João XXIII. Observou-se um total de 2.769 casos no período (114,7/100 mil habitantes), tendência decrescente e maior ocorrência entre agosto e janeiro. A espécie Tityus serrulatus foi responsável pela maioria das picadas. Não houve diferença estatística entre os gêneros dos indivíduos acometidos e a faixa etária entre 55 e 64 anos foi a que apresentou maior risco para escorpionismo. Noventa e seis por cento dos quadros clínicos evoluíram para a cura, tendo sido observados dois óbitos. Alerta-se para necessidade de melhorias no processo de notificação de acidentes por escorpião e sugere-se considerar seus determinantes para o planejamento e direcionamento de intervenções por parte do serviço público de saúde.
RESUMOAnalisou-se o risco de se contrair leishmaniose visceral (LV) e a presença de animais em residências de Belo Horizonte/MG, em 2006. O estudo de caso-controle foi feito por meio de visitas domiciliares, aplicação de questionário e registro de imagens da residência. A estimativa de risco foi mensurada por comparação de condições de moradia entre dois grupos: 1-constituído por 82 casos humanos de LV ocorridos em 2004 e 2-164 controles (vizinhos dos casos). Os domicílios pertencentes ao grupo 1 foram os que apresentaram os maiores percentuais de presença de animais. Observou-se, pela análise univariada, que a presença de patos, roedores, pássaros e galinhas aumenta o risco de ocorrer LV em 4,18; 1,81; 1,57; e 1,47 vezes, respectivamente. Para os proprietários de cães, o aumento no risco de contrair LV é equivalente a 2,17 vezes e está relacionado ao número de cães no domicílio. O risco de contrair LV é maior 1,87 vezes para moradores com um cão e 3,36 vezes para moradores com dois cães, quando comparados a pessoas que não possuem esses animais. ; birds with an OR of
Palavras-chave: leishmaniose visceral, fator de risco
ABSTRACT
This study evaluated the animal presence in dwellings and the risk for transmission of visceral leishmaniasis (VL) in Belo Horizonte, Brazil, 2006. A case-control study was conducted by means of dwelling visits, direct interviews, and image register in the houses. The risk estimates were produced comparing the dwelling condition between two groups: 1) 82 human cases of VL recorded in 2004; and 2) 164 controls (neighbors of the first). The cases presented a higher proportion in the animal presence compared to controls. Using an unconditional logistic regression, it was selected the presence of ducks
Estudou-se a situação epidemiológica da raiva bovina em Minas Gerais de 1998 a 2006. Foram avaliadas 6873 fichas de diagnóstico de raiva por imunofluorescência direta. Para análise da distribuição temporal da raiva, foram construídas tabelas e gráficos no software Excel 2003 e o mapeamento dos diagnósticos foi feito no aplicativo Tabwin 1.4. Verificou-se tendência anual decrescente do número de exames e dos diagnósticos positivos (Y= -41,133x+544,89). Os meses de maio, junho e julho apresentaram o maior percentual de diagnósticos positivos. O número de municípios com raiva bovina variou ao longo do período estudado e manteve tendência decrescente (Y= -7,0833x+166,64), com expansão da doença para os municípios da região do Triângulo Mineiro.
RESUMOO objetivo desta pesquisa foi descrever as análises da série cronológica e determinar a tendência da leishmaniose visceral em humanos e cães para o município de Belo Horizonte, de 1993. De 1994
Avaliou-se a prevalência de aglutininas anti-Leptospira interrogans nos cães recolhidos pelo Centro de Controle de Zoonoses nas nove regionais administrativas de Belo Horizonte, em diferentes épocas do ano. As áreas de prevalência de cães reagentes foram correlacionadas às áreas de saneamento ambiental, usando recursos georreferenciamento. As amostras de sangue dos 3417 cães, coletadas no período de setembro de 2001 a setembro de 2002, foram processadas pela técnica de soroaglutinação microscópica, encontrando-se 13,1% de positividade. As sorovariedades Canicola, Ballum, Pyrogenes e Icterohaemorrhagiae foram as mais prevalentes. As mais altas prevalências ocorreram nas regionais Centro-Sul (22,5%), Leste (19,1%) e Nordeste (13,2%). A menor prevalência foi observada na Regional Pampulha (8,2%). Os meses com maior percentual de cães reagentes foram dezembro/2001 e janeiro/2002, período de maior precipitação pluvial e temperaturas médias mais elevadas. As áreas de maior risco coincidiram com as regiões de vilas, favelas e bairros da periferia onde existia deficiência de saneamento ambiental.
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