Introdução É notória a relação entre medidas de saúde e variáveis sócio-econômicas, estudada segundo diferentes abordagens teóricas. Do ponto de vista econômico, por exemplo, isso se deve à importância da saúde como um determinante fundamental da capacidade produtiva das pessoas 1,2 . Ter boa saúde significa estar mais disposto a exercer atividades dentro e fora do mercado de trabalho. No campo sociológico, os estudos focam a interação entre condições de saúde e fatores socioculturais e biossociais, como status marital, religião, posição na família, raça, gênero, entre outros 3,4 . Esses fatores refletem a posição do indivíduo na sociedade e condicionam sua forma de viver e interagir, com conseqüências para a saúde. De forma análoga, a epidemiologia social procura analisar como os determinantes sócio-econômicos e comportamentais influenciam a distribuição de doenças no âmbito populacional 5,6 .A despeito do arcabouço teórico utilizado, é amplamente difundida a importância dos determinantes sociais sobre as condições de saúde de indivíduos e populações 7,8 . Determinantes esses dados por fatores econômicos, educacionais, sociais, culturais, raciais, psicológicos e comportamentais, que influenciam a ocorrên-cia de doenças na população e sua exposição a fatores de risco 9 . Eles se desdobram, ainda, em valorações subjetivas distintas do estado de ARTIGO ARTICLE
This paper investigates the extent of socioeconomic inequalities in antenatal care use and related medical procedures in Brazil and India, which represent transition economies with contrasting geographical and sociocultural composition and health care provision. Concentration indices and regression analyses applied on recent Demographic Health Survey data reveal high and proportionate distribution of antenatal coverage in Brazil, whereas the Indian case present problems of both scale and equity. Inequalities in access to four or more antenatal visits are significantly pronounced in India, and in Brazil the differences are significant only for those who had six or more visits. Brazil's universal healthcare model which proved effective in promoting equitable distribution of antenatal care could be implemented in India. Future interventions should emphasis quality of care in monitoring essential antenatal services especially targeting the poor and deprived communities.
We analyze the trade-offs between health and the economy during the period of social distancing in São Paulo, the state hardest hit by the COVID-19 pandemic in Brazil. We use longitudinal data with municipal-level information and check the robustness of our estimates to several sources of bias, including spatial dependence, reverse causality, and time-variant omitted variables. We use exogenous climate shocks as instruments for social distancing since people are more likely to stay home in wetter and colder periods. Our findings suggest that the health benefits of social distancing differ by levels of municipal development and may have vanished if the COVID-19 spread was not controlled in neighboring municipalities. In turn, we did not find evidence that municipalities with tougher social distancing performed worse economically. Our results also highlight that estimates that do not account for endogeneity may largely underestimate the benefits of social distancing on reducing the spread of COVID-19.
Resumo: Este trabalho analisa as diferenças no estado de saúde entre e dentro dos grupos de ocupados agrícolas e não agrícolas no Brasil, utilizando medidas de autoavaliação do estado de saúde captadas no suplemento da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) de 2008. As análises baseiam-se na composição socioeconômica dos ocupados agrícolas e não agrícolas e nas estimativas de equações simultâneas para captar as relações não lineares entre saúde, renda e jornada de trabalho. Um dos pressupostos do trabalho é que a baixa prevalência de saudáveis entre os ocupados agrícolas estaria associada, sobretudo, à composição socioeconômica desse grupo, e não à maior insalubridade a que os ocupados das atividades agrícolas estariam submetidos em condições socioeconômicas semelhantes às dos não agrícolas. Analogamente, a desigualdade no estado de saúde seria menor entre os ocupados agrícolas devido aos hábitos mais homogêneos, não só no que se refere ao tipo de atividade, mas também em relação à qualidade de vida e ao acesso a uma série de itens de consumo, típico das localidades menos desenvolvidas onde as atividades agrícolas prevalecem.Palavras-chaves: estado de saúde, mercado de trabalho agrícola e não agrícola, desigualdade.
5Carbon dioxide from fossil fuels and industrial processes accounted for approximately 78% of the 6 total increase in greenhouse gas emissions from 1970-2010. The economic advantages of reducing 7 fossil fuel combustion and improving air quality, including a reduction in chronic diseases and their 8 associated health care costs, and the economic opportunities associated with the development of 9 alternative energy sources are undoubtedly one of the main initiatives to be defined by governments 10 in the sphere of public health. The objective of this study is to estimate the impact of the addition of 11 different levels of biodiesel to diesel for automotive use on public health, considering changes in 12 the ambient concentration of fine particles. Considering the two most populous metropolitan areas 13 in Brazil, São Paulo and Rio de Janeiro, for a period of 11 years (2015)(2016)(2017)(2018)(2019)(2020)(2021)(2022)(2023)(2024)(2025), by increasing the 14 percentage of biodiesel to 20% (B20), it is estimated that there would be 13,000 fewer deaths and a 15 gain generated from the avoided lost productivity of more than US$ 816 million. A total of 28,000 16 hospitalizations through the public health system would be avoided, generating a cost savings of 17 US$ 25 million. Against the backdrop of a lack of policies and initiatives to combat air pollution, 18 the magnitude of the results points to the importance of such a study in guiding the decisions of 19 government officials with regard to how a city intervention, the addition of biodiesel to improve air 20 quality, will bring a consequent benefit in the area of health.
ResumoAs projeções de gastos com saúde apontam para um crescimento considerável das despesas em decorrência do envelhecimento populacional. No entanto, estudos mostram que os gastos se concentram no fim da vida e, dessa forma, projeções que não levam em conta variáveis de proximidade à morte tendem a superestimar as projeções. O objetivo deste trabalho é analisar a magnitude dos gastos com internações públicas no Brasil por status de sobrevivência, e identificar se existe uma relação entre despesas com internações para indivíduos próximos à morte e idade à morte. O banco de dados empregado é oriundo do Sistema de Informações Hospitalares do DATASUS -SIH/DA-TASUS -para o período de 1995 a 2007 no Brasil. Foi analisada a evolução dos gastos totais e a tendência dos gastos por grupo etário para aqueles pacientes que tiveram como motivo de saída do hospital a alta (sobreviventes) ou o óbito (pacientes terminais). A fim de analisar o efeito do status de sobrevivência sobre os gastos com internações no futuro, simulamos projeções de gastos em 2050, desagregados entre gastos de sobreviventes e gastos relacionados à morte. Os resultados mostram que o padrão de gastos por status de sobrevivência no Brasil é crescente por grupo etário para o grupo de sobreviventes, e decrescente para os indivíduos que faleceram. Também se verificou que a razão de gastos mortos/sobreviventes diminui com a idade. A simulação da projeção de gastos com internações para 2050 mostra que quando se considera apenas o perfil etário dos gastos médios em 2007, há um crescimento de mais de 380% nos gastos com internações em 2050 quando comparado a 2007, mas quando os gastos são projetados segundo o status de sobrevivência, o crescimento não passa de 70%.♦ Agradecemos ao parecerista anônimo pela leitura cuidadosa e valiosas sugestões em uma versão anterior do manuscrito. Quaisquer erros e omissões são de inteira responsabilidade dos autores.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
334 Leonard St
Brooklyn, NY 11211
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.