Resumo Introdução As causas externas estão entre as principais causas de morte no Brasil, afetando, principalmente, jovens e adultos. Métodos Estudo retrospectivo dos óbitos por causas externas em Diamantina, em Minas Gerais, de 2001 a 2012. Foram utilizados dados de óbitos do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e dados populacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foram calculados coeficientes trienais de mortalidade padronizados por idade, específicos por sexo, para todos os grupos de causas externas. As tendências foram analisadas por meio de modelos de regressão linear com o programa Stata 13. Resultados As causas externas constituíram a quinta causa de mortes no município, com coeficiente médio de 44,3/100 mil habitantes. Verificou-se maior risco de morte para homens (coeficiente médio=71,5/100 mil). Os acidentes de transporte constituíram a maior causa de óbitos (29,6%), seguidos por outras causas externas (21,5%), pelos homicídios (20,6%) e pelos suicídios (14,6%). A faixa etária de 20 a 29 anos foi a mais afetada, enquanto a faixa de 60 anos ou mais apresentou o maior risco. Verificou-se uma tendência de aumento (p<0,05) na mortalidade geral por causa externas, na mortalidade masculina por acidentes de transporte e na mortalidade feminina por agressões. Conclusão As causas externas constituem um problema crescente de saúde pública em Diamantina, sendo necessária a implementação de medidas que visem ao seu controle e redução.
ABSTRACT:Objective: To assess the prevalence of disability and its association with social capital among community-dwelling elderly. Methods: The study was based on 2 nd Health Survey of Belo Horizonte Metropolitan Region -2010, that included 1,995 community-dwelling elderly, randomly sampled. The exposure of interest was social capital, measured by confidence in neighborhood, perception of the physical environment, sense of cohesion in housing, and neighborhood perception of help. Socio-demographic variables, health conditions and use of health services were considered in the analysis with the purpose of adjustment. Results: Approximately one third of participants (32.6%) were unable to at least one instrumental activity of daily living (IADL) and/or basic activity of daily living (ADL); the prevalence of disability in ADL/IADL was 18.1%, and only in IADL was 14.6%. Elderly with functional disabilities had higher odds of poor social capital, but only the sense of cohesion in housing neighborhood showed to be independently associated with functional disability (OR = 1.80; 95%CI 1.12 -2.88). Conclusions: Our results show the importance of social capital in research on associated factors of functional disability and indicate the need to implement public policies for social and environmental areas, since the needs of the elderly require measures beyond those typical of the health sector.
Resumo: O objetivo do estudo foi verificar se o capital social seria um preditor da mortalidade por todas as causas entre idosos brasileiros residentes em comunidade. Participaram 935 idosos sobreviventes da coorte idosa do Projeto Bambuí em 2004, que foram acompanhados até 2011. O desfecho foi a mortalidade por todas as causas e a exposição de interesse foi o capital social, mensurado em seus dois componentes, o cognitivo (coesão social e o suporte social) e o estrutural (participação social e satisfação com a vizinhança). Variáveis sociodemográficas, de condições de saúde e tabagismo foram incluídas na análise para o propósito de ajuste. A análise dos dados baseou-se no modelo dos riscos proporcionais de Cox, que fornece hazard ratios (HR) e intervalos de 95% de confiança (IC95%). O componente estrutural do capital social, na dimensão da participação social, foi o único independentemente associado à mortalidade: os idosos que não participavam de grupos sociais ou associações apresentaram um risco de morte duas vezes maior (HR = 2,28; IC95%: 1,49-3,49) que suas contrapartes. Os resultados desta investigação evidenciam a necessidade de estender as intervenções direcionadas à promoção da longevidade para além do campo específico de atuação da saúde, voltando-se também para características ambientais e sociais.
O objetivo do presente estudo foi investigar a associação entre capital social e a incapacidade funcional, numa perspectiva longitudinal, utilizando dados da coorte de idosos de Bambuí, Minas Gerais, Brasil. A linha de base do estudo foi composta por todos os idosos sobreviventes e livres de incapacidade no sétimo ano de seguimento (2004), acompanhados até 2011. A variável desfecho foi a incapacidade funcional para as ABVD (atividades básicas de vida diária) e AIVD (atividades instrumentais de vida diária), analisadas separadamente. A exposição de interesse foi o capital social, mensurado por meio de seus componentes cognitivo (coesão e suporte social) e estrutural (participação social e satisfação com a vizinhança). Variáveis sociodemográficas, de condições de saúde e de hábitos de vida foram utilizadas para efeitos de ajuste, e a ocorrência de óbito foi considerada evento competitivo. A hipótese de associação entre capital social e incapacidade funcional foi testada por meio do modelo de riscos competitivos, que fornece hazard ratios (HR) e intervalos de 95% de confiança (IC95%). Após a análise multivariada, o capital social, em seu componente estrutural, esteve associado à incapacidade funcional. Idosos insatisfeitos com a vizinhança apresentaram risco maior de desenvolver incapacidade funcional para AIVD (HR = 2,36; IC95%: 1,31-4,24), em relação às suas contrapartes. Os resultados desse estudo sugerem que a incapacidade funcional está associada a outros aspectos que não somente da saúde, evidenciando a necessidade de desenvolver políticas e intervenções que abarquem aspectos ligados ao ambiente físico e social em que o idoso está inserido.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
334 Leonard St
Brooklyn, NY 11211
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.