Tem sido cada vez mais comum para as organizações a participação em redes estratégicas como um meio de obter as vantagens associadas com esse tipo de arranjo. Entretanto, outra dimensão dessa forma de arranjo tem emergido, isto é, a ocorrência de conflitos em função da proximidade no relacionamento em tais redes. Mas a confiança surge como uma possível forma de atenuar esses conflitos. Assim, o objetivo desta pesquisa é verificar, de acordo com a avaliação dos proprietários de lojas de shopping centers, quais são as dimensões mais significativas da confiança para reduzir a possibilidade de conflitos com a gestão de uma rede estratégica. No referencial teórico, são apresentados os conceitos de redes estratégicas, confiança e conflito, bem como a relação entre eles. Em relação à confiança, são discutidas suas três dimensões: 1. confiança na capacidade, 2. na benevolência e 3. na integridade. Foi realizado um survey com 79 proprietários de lojas, todos inseridos em redes estratégicas. Esse survey serviu para medir a percepção de confiança e da possibilidade de conflito. A análise dos dados ocorreu por meio da análise fatorial exploratória, para validar os construtos e suas dimensões, bem como por meio de uma análise de regressão múltipla para testar as hipóteses propostas. Somente a confiança na benevolência foi estatisticamente significativa no teste das hipóteses. Três considerações merecem ser destacadas. A primeira se refere à validação do modelo com três dimensões proposto por Mayer, Davis e Schoorman (1995). A segunda foi a hipótese corroborada de que a confiança na benevolência contribui para a atenuar a possibilidade de conflitos. Assim, a crença dos lojistas de que a gestão da rede está interessada no seu bem-estar diminui a possibilidade de conflitos. A terceira indica que outras variáveis não incluídas no modelo são importantes para mitigação de conflitos, uma vez que o poder de explicação do modelo testado foi de aproximadamente 15%. Esses achados são importantes para o entendimento das redes, porque destacam a complexidade do conceito de confiança e a importância da solução de conflitos. Entre as limitações centrais para esta pesquisa, estão o tamanho da amostra e a impossibilidade de generalização.
RESUMONo presente artigo, tentou-se ir além das explicações tradicionais sobre as modas gerenciais que configuram a indústria do management. Para tanto, foi adotada uma perspectiva praxeológica ao examinar as bases de sustentação dessa indústria. Os dados foram coletados durante um período de sete meses via observação, pesquisa documental e entrevistas em uma organização do emergente setor dos sites de vendas de cupons de desconto. A análise do processo de construção social dos praticantes da estratégia em diferentes domínios hierárquicos revelou que a dinâmica ordinária no interior das organizações que dá sustentação à indústria do management ocorre por meio da articulação entre práxis centrais e periféricas da estratégia, discurso, trajetória social, e uma estratificação de três categorias de papéis organizacionais.
PALAVRAS-CHAVE
RAE-Revista de Administração de Empresas | FGV/EAESP
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