O artigo trata de uma educadora pernambucana que colaborou significativamente para o cenário educacional pernambucano na década de 1950, ao participar da formação de inúmeras crianças e jovens, fundar escolas e atuar como professora e gestora tanto no ensino primário como secundário. O objetivo foi biografar Eglantine do Rêgo Barros com ênfase na sua colaboração para a fundação do Colégio Estadual de Olinda. Amparado teoricamente nos pressupostos da História Cultural, o estudo elege a História Oral como metodologia de pesquisa. As fontes orais foram coletadas mediante entrevistas com ex-professores, ex-funcionários e ex-alunos do Colégio Estadual de Olinda, bem como com a irmã da biografada; em seguida, foram entrecruzadas com fontes documentais, a exemplo de documentos escolares, reportagem e documentos pessoais. Os resultados demonstraram que a biografada foi a responsável pela fundação do primeiro estabelecimento público de ensino secundário do município de Olinda, no qual foi diretora. Como gestora do Colégio Estadual de Olinda, ganhou destaque, porque o colégio transformou-se em estabelecimento reconhecido pela sua qualidade. A boa escolarização custeada com recursos da sua família, que detinha prestígio social, e os contatos políticos desenvolvidos, somados à sua dedicação e compromisso com a educação, foram preponderantes para que a biografada conquistasse respeito e reconhecimento em Pernambuco.
O artigo analisa as relações de gênero em escolas paraibanas, a partir das memórias da escolarização de rapazes e homens na Educação de Jovens e Adultos. Com pesquisa fundamentada na História Cultural, especificamente nos estudos de gênero, utilizou-se a metodologia da História Oral temática, com entrevistas de dez estudantes do sexo masculino de escolas públicas de João Pessoa, Paraíba. As memórias dos estudantes sobre sua escolarização (entre anos 1950 e 2000), desvelam a concepção de que existiria uma suposta ‘natureza’ distinta para os sexos biológicos, determinando comportamentos de homens e mulheres. Assim, garotos seriam propensos à bagunça, enquanto garotas seriam dedicadas aos estudos. Conclui-se que essa percepção contribui para a manutenção de fronteiras entre o feminino e o masculino no cotidiano escolar.
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