Introdução: a hanseníase ainda é um problema de saúde pública no Brasil. Mesmo apresentando tratamento e cura, dependendo de sua evolução, pode levar a incapacidades físicas e deformidades principalmente em mãos, pés e olhos, sendo considerada, dentre as doenças transmissíveis, a que mais ocasiona incapacidades físicas. Objetivo: identificar quais são as ações de prevenção e controle de incapacidades físicas da hanseníase ofertadas a pessoas diagnosticadas com hanseníase de um município da Zona da Mata Mineira. Material e Métodos: Trata-se de um estudo transversal de natureza observacional, com participação de 23 casos diagnosticados com hanseníase em município da Zona da Mata Mineira no período de 2011 a 2016. A coleta de dados deu-se através de visitas domiciliares nas quais os participantes foram abordados individualmente. Os dados, após a coleta na ferramenta ODK Collect, foram exportados, tratados e analisados no IBM® SPSS® Statistics v. 24 for Windows. Foi realizada análise descritiva dos dados, por meio de medidas de tendência central e de dispersão. Resultados: 21,7% negam ter recebido qualquer tipo de orientação ao autocuidado no momento do diagnóstico. Além disso, a oferta não foi totalmente de acordo com o preconizado. Quanto às ações de controle da Hanseníase oferecidas pelo serviço de saúde em que os participantes fizeram tratamento, tem-se a presença de: consultas de acompanhamento (82,6%), ações oferecidas sempre ou quase sempre a cada consulta no tocante à avaliação da sensibilidade (95,7%), avaliação da força muscular (91,0%), orientações individuais para o autocuidado (69,6%) e orientações individuais quanto aos efeitos dos medicamentos (82,7%). Evidenciou-se baixa presença de atividades educativas em grupo sobre a hanseníase (17,4%), assim como baixo número de encaminhamentos para especialistas (47,9%). Conclusão: verifica-se dificuldade operacional no manejo das ações de prevenção e controle de incapacidades da hanseníase, o que pode contribuir para o aumento do risco de desenvolver incapacidades físicas.
Resumo: Este estudo surge a partir de um processo de identificação próprio, bem como de adoecimento e interesse particular em compreender de que maneira vem se discutindo a bissexualidade enquanto identidade legítima, os atravessamentos que isto traz e como este debate se insere na discussão ainda hegemônica de leitura de mundo em matrizes duas: hetero-e homonormativas. Trata-se de um ensaio teórico, a partir de duas dissertações de mestrado, tendo-se como referenciais teóricos os olhares da Teoria Queer e das Epistemologias Bissexuais. A forma como a bissexualidade, enquanto identidade, é vista atualmente, impacta em sua construção, de maneira que os processos de invisibilização e de marginalização retomam concepções e paradigmas não atuais, atuando enquanto fatores que propiciam o apagamento desta sexualidade dentro da comunidade LGBTQI+ e reforçando relações de poder excludentes a partir das matrizes hegemônicas: heterno-e homonormativas.
Psychological distress and developing mental disorders in prisons are globally recognized public health issues. This study aimed to identify the prevalence of these symptoms and associated factors in 99 women over 18 years of age in the provisional, closed, and semi-open regimes in Juiz de Fora-MG, Brazil. This cross-sectional census study collected data face-to-face through a semi-structured and multidimensional questionnaire. We assessed outcomes using the Patient Health Questionnaire-4 (PHQ-4). We built a theoretical determination model with three hierarchical blocks for the association analysis. We estimated crude prevalence ratios using the chi-square test and adjusted for each other within each block (p≤0.20). We adopted p≤0.05 for the final Poisson regression model with robust variance. The prevalence of anxiety and depressive symptoms was 75.8% (95%CI 66.1%-83.8%) and 65.7% (95%CI 55.4%-74.9%), respectively. In the final model, anxiety symptoms were associated with depressive symptoms. On the other hand, depressive symptoms were associated with the 20-29 years age group and anxiety symptoms. We identified a prevalence of the outcomes in more than half of the participants, emphasizing the inter-association between them.
A embolização de vasos é considera um procedimento alternativo na terapêutica oncológica. Apesar do alto custo, é uma técnica minimamente invasiva, apresenta poucas complicações e possui significativa taxa de sucesso na terapia. Relatamos o caso de uma paciente diagnosticada com tumor hepático contraria a procedimentos invasivos que optou pela embolização de vasos como tratamento. O procedimento foi realizado com sucesso e sem complicações. PALAVRAS-CHAVES:Embolização. Endovascular. Nódulo. INTRODUÇÃOAs técnicas percutâneas e endovasculares são muito relevantes no tratamento de pacientes com carcinoma hepatocelular (BILBAO et al., 2017). A embolização de vasos que alimentam esse tumor é um dos procedimentos de escolha por ser minimamente invasivo e é realizado através da colocação endovascular intencional de material para induzir trombose do vaso (JESINGER; THORESON; LAMBA, 2013). Ademais, é introduzido catéter por acesso percutâneo a um vaso para atingir a neoplasia, onde são liberadas partículas sólidas, líquidos espessos ou com medicamentos que provocam a diminuição do tumor ou do fluxo sanguíneo que o alimenta (SOCIEDADE BRASILEIRA DE ANGIOLOGIA E DE CIRURGIA VASCULAR, 2016).
Objetivou-se verificar a correlação entre autoavaliação do estado de saúde e tratamento discriminatório recebido por detentas em uma unidade prisional. Trata-se de um estudo transversal. Foi realizado um inquérito com 99 mulheres acauteladas em uma unidade prisional na cidade de Juiz de Fora-MG de setembro/2019 a fevereiro/2020. A coleta de dados deu-se através de entrevista face a face, por meio de questionário semiestruturado. Os dados foram processados através do software Statistical Package for Social Sciences (SPSS) versão 15.0 e submetidos à análise descritiva e cálculo de coeficiente de correlação de Spearman. Foi realizada também a análise de componentes principais, utilizando o autovalor (Kaiser criterion) e o método de fatoração do eixo principal, rotação ortogonal (varimax). Foram encontrados resultados significativos (p<0,05) na análise de correlação entre pior autoavaliação do estado de saúde e experiências discriminatórias relacionadas a condição social e aparência física por parte de outras detentas. O total de explicação da variabilidade entre CP1 e CP3 para tratamento discriminatório por parte de funcionários foi 74,7%; por parte de outras detentas entre CP1 e CP2 foi 67,5%. Considerando a robustez da autoavaliação como indicador de saúde e qualidade de vida, podemos inferir que a vivência de experiências discriminatórias tem impacto negativo sobre o estado de saúde das mulheres privadas de liberdade. Os achados deste estudo evidenciam a necessidade de compreensão da dinâmica de saúde deste grupo sob a ótica do conceito ampliado de saúde, bem como a urgência de políticas públicas efetivas que garantam atendimento integral.
Resumo Sofrimento psíquico e desenvolvimento de transtornos mentais nas prisões são questões de saúde pública reconhecidas mundialmente. Objetivou-se identificar a prevalência destes sintomas e os fatores associados em 99 mulheres com mais de 18 anos de idade, nos regimes provisório, fechado e semiaberto de Juiz de Fora-MG. Trata-se de um estudo transversal, do tipo censo, com dados coletados face a face através de questionário semiestruturado e multidimensional. Os desfechos foram avaliados pelo Patient Health Questionannaire-4 (PHQ-4). Para a análise de associação foi construído um modelo teórico de determinação com três blocos hierarquizados. Foram estimadas razões de prevalência brutas por meio do teste Qui-quadrado e ajustadas entre si dentro de cada bloco (p≤0,20). Para o modelo final de regressão de Poisson com variância robusta foi adotado p≤0,05. A prevalência de sintomas ansiosos e depressivos foi, respectivamente, de 75,8% (IC95% 66,1%-83,8%) e 65,7% (IC95% 55,4%-74,9%). No modelo final, sintomas ansiosos associaram-se à presença de sintomas depressivos. Já sintomas depressivos associaram-se à faixa etária de 20 a 29 anos e à presença de sintomas ansiosos. Verificou-se prevalência dos desfechos em mais da metade das participantes, com destaque para interassociação entre eles.
Objetivo: avaliar, na perspectiva dos enfermeiros, a presença e a extensão dos atributos da atenção primária à saúde. Metodologia: estudo avaliativo com abordagem quantitativa, realizado através da aplicação do Primary Care Assessment Tool versão profissionais, com 66 enfermeiros. Realizou-se a análise descritiva (média e desvio padrão) e analítica (coeficiente de Pearson com significância p < 0,05). Resultados: As unidades de Saúde da Família obtiveram o escore essencial, derivado e geral maior do que as unidades de Atenção Básica, indicando alta orientação para a atenção primária à saúde. A acessibilidade e disponibilidade de serviços foi avaliada com baixa orientação em ambos tipos de serviços. Identificou-se correlação negativa e significativa entre o tempo de trabalho do enfermeiro nas unidades de Atenção Básica e o atributo Integralidade – Serviços Prestados. Conclusão: Os enfermeiros precisam implementar, no cotidiano de trabalho, os elementos estruturantes da atenção primária à saúde para qualificar e consolidar a assistência prestada.
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