RESUMO Este estudo analisa a proposta de educação para a criança apresentada na obra Doctrina Pueril de Ramon Llull (1232-1316). A obra foi escrita para seu filho, Domingos, por volta do ano de 1275-1276. Consideramos as reflexões e, especialmente, as regras propostas por Llull como essenciais para a formação humana. Segundo o autor, o desenvolvimento humano não é algo que se adquire naturalmente, pois demanda ensinamentos, modelos e exemplos a partir dos quais as crianças apreendem e seguem desde a mais tenra idade. Centraremos a análise nos princípios educacionais que Llull ensinou a seu filho acerca das virtudes e crenças necessárias para a formação da pessoa. Do ponto de vista do autor, esses conhecimentos deveriam ser norteados por meio das ciências, por conseguinte, segundo princípios da racionalidade. Para elaborarmos nossa análise sobre a proposta de Llull retomaremos, também, outros intelectuais da Idade Média, como Hugo de São Vitor (1096-1141), Boaventura de Bagnoregio (1221-1274), dentre outros. Nesse sentido, entendendo ser a educação uma exigência atemporal. O estudo tem como pressuposto metodológico a História de Longa Duração, pela qual podemos, de acordo com Marc Bloch (1886-1944), entender o homem como ‘fundo permanente’ de qualquer momento histórico.
Este artigo analisa a interdisciplinaridade no atual cenário educacional brasileiro considerando e relacionando as mudanças sócio-político-econômicas ocorridas com a globalização e o uso das tecnologias à estagnação da educação nas últimas décadas. O objetivo principal é tratar sobre a interdisciplinaridade como metodologia de ensino capaz de abranger uma visão mais ampla da realidade, possibilitando um conhecimento que, de fato, promova a unificação entre a teoria e a prática. Para tanto, nos fundamentamos em autores que pesquisam e defendem o trabalho interdisciplinar como meio otimizador da qualidade educacional, tais como Heloísa Lück (1998), Gaudêncio Frigotto (2008), Ivani Fazenda (2008; 2012), Ivone Yared (2008), Demerval Saviani (2012) etc., sendo que por compreendermos a educação como questão a ser analisada concomitantemente às demais relações que permeiam a organização social, as discussões desse estudo embasam-se metodologicamente na História Social.
A proposta deste estudo é analisar algumas ideias de Alexis N. Leontiev (1903 formação humana. A produção teórica desse psicólogo marxista nos convida a superar a concepção naturalizante do ser humano no campo da educação. Nesse sentido, tomamos como objeto de análise 'O homem e a cultura' (LEONTIEV, 2004). Neste texto, o autor ap um estudo sobre o desenvolvimento do homem enquanto ser sócio espécie humana; a filogênese, a ontogênese e a educação como condição necessária e específica do desenvolvimento do homem social na sociedade capitalista. Neste estudo averiguamos que a formação humana é produto da evolução da espécie, impulsionada pela atividade criativa e produtiva do homem -, atividade propulsora dos fenômenos externos da c autor evidencia que não são dadas as condições que humanizam o indivíduo; apropriação e a reprodução da cultura produzida pela geração precedente. Essa condição é responsável tanto pela formação das do progresso da humanidade. De acordo com o autor, não existe transmissão de conhecimentos sem mediação. Esta afirmação tem implicações significativas no campo das reflexões e das práticas pedagógicas humana.
3-UNESPAR RESUMO O estudo analisa o método de ensino proposto por Erasmo de Roterdã (1466-1536) na obra De Pueris, escrita em um contexto de transição da Idade Média para a Idade Moderna. O autor tratou sobre a importância da educação das crianças desde a tenra idade visando à possibilidade de, no futuro, tornarem-se adultos com boas virtudes e comportamentos para conviver em sociedade e agir para o bem comum. Para o autor, a educação era o princípio para a formação do homem. Nesse sentido, acreditamos que entender sobre algumas questões educacionais históricas possibilita compreender a relevância da educação na formação do homem em diferentes períodos. Os resultados mostram que o método de ensino, tratado por Erasmo de Roterdã, possibilitou um novo pensamento educacional.
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