A adoção do Ensino Remoto Emergencial em função da pandemia da COVID-19 trouxe desafios ao professor, entre eles a avaliação da aprendizagem. Diante disso, o objetivo deste artigo é analisar as estratégias avaliativas utilizadas por docentes universitários no contexto do Ensino Remoto Emergencial-ERE. Para tanto, foi realizado um estudo exploratório, com abordagem de metodologia de pesquisa bibliográfica, denominada Revisão Sistemática da Literatura, produzida nas bases de dados eletrônicas Scientific Electronic Library Online, Directory of Open Access Journals, Portal de periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior e Oasisbr, cujo recorte temporal deu-se entre março de 2020 a setembro de 2021, o que gerou quatro textos. Os resultados indicam o uso de estratégias como respostas a questionário; produção de relatórios; vídeos e mural virtual; acompanhamento de desempenho na construção do projeto ou análise de um problema; além da participação, autoavaliação e avaliação por opinião. Assim, concluímos que as ferramentas pedagógicas utilizadas pelos docentes fomentaram o desenvolvimento da autonomia, da pesquisa e da criatividade dos alunos.
O que se pretende com o diálogo, em qualquer hipótese (seja em torno de um conhecimento científico e técnico, seja de um conhecimento “experiencial”), é a problematização do próprio conhecimento em sua indiscutível reação com a realidade concreta na qual se gera e sobre a qual incide, para melhor compreendê-la, explicá-la, transformá-la.Paulo Freire, 2002 O conceito de extensão mudou ao longo do tempo, mas sempre esteve ligado à relação entre Universidades e Instituições com função de formação no ensino superior e a sociedade. Cada instituição estabelece o seu modelo e determina as formas como ela é desenvolvida. Mas ela sempre é um diálogo entre a comunidade acadêmica e a sociedade. Ela é um processo educacional que visa estabelecer uma prática de formação que leve à compreensão da realidade social e visa também levar o conhecimento produzido na comunidade acadêmica para fora de seus muros e trazer os conhecimentos sociais para as instituições educacionais.Existem pelo menos quatro modelos de extensão utilizados pelas instituições de ensino superior ao longo da história: um que representa a transmissão vertical do conhecimento; aquele que se apresenta como voluntarismo, a ação voluntaria sócio comunitária; o modelo que se apresenta como ação sócio comunitária institucional; e o modelo acadêmico institucional. Evidentemente, tais modelos se apresentam de formas distintas em diferentes momentos e diferentes instâncias institucionais.Para a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) da educação brasileira, a extensão é uma das finalidades da formação em nível superior, que se articula a partir dos tripés ensino, pesquisa e extensão. Isso fica claro ao lermos os incisos II, IV e VII do artigo 43, da referida lei: Art. 43. A educação superior tem por finalidade:[...]II - formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua;[...]IV - promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicações ou de outras formas de comunicação;[...]VII - promover a extensão, aberta à participação da população, visando à difusão das conquistas e benefícios resultantes da criação cultural e da pesquisa científica e tecnológica geradas na instituição.(BRASIL, 1996). Evidentemente, a LDB deixa entrever que na construção de seu discurso, diferentes formas de extensão e diferentes modelos conflitam em seu discurso, desde os modelos mais tradicionais, voltados para a transmissão do conhecimento produzido (inciso IV), com a ênfase nos verbos “promover” e “comunicar” até o diálogo e a colaboração em dupla via entre academia e sociedade, caso do inciso VII, que propõe que a abertura da participação da população na construção do conhecimento, embora que apenas difundindo as conquistas das produções institucionais. A LDB também não prevê a extensão como parte da formação no Ensino Médio, aspecto desenvolvido pelos institutos federais, e definido como uma das finalidades da rede de educação profissional e tecnológica na Lei 11.892/2009 (lei de criação dessas instituições). As reflexões presentes neste dossiê deixam evidente a lacuna da legislação acerca da importância da extensão na formação profissional e no ensino médio, em geral, assim como a relevância dos projetos de extensão desenvolvidos no diálogo entre a academia e a sociedade para a formação dos profissionais de nível técnico ou superior.A diversidade de modelos, formatos e ações extensionistas foi o que instigou, em parte, a organização de um dossiê que pensasse a extensão sob a perspectiva não só da formação geral, mas da educação profissional. Um conjunto de reflexões que reúne pesquisadores de várias instituições brasileiras (institutos federais e universidades) e que conta com a colaboração, na editoração e no corpo de produções, da colega Conceição Leal da Costa da Universidade de Évora.O conjunto de reflexões, experiências e práticas aqui reunido traça um retrato da diversidade das ações de extensão e das perspectivas teóricas, sociais, educacionais que movem as instituições de educação básica e superior em seu diálogo com a sociedade e permite o registro desse momento para a construção histórica da extensão no Brasil. Boa leitura!
Este artigo, apresenta um recorte teórico da pesquisa “Avaliação da aprendizagem: da organização do trabalho pedagógico ao registro do acompanhamento das crianças no contexto da Educação Infantil”, dissertação de mestrado do programa XXX da Universidade YYY. Com o objetivo de discutir sobre a tríade que envolve o cuidar, o brincar e o educar no contexto da Educação Infantil no Brasil, trata-se de um estudo bibliográfico de abordagem qualitativa que, em sua culminância, apontou a importância das escolas de Educação Infantil trabalharem de forma indissociável a tríade citada, não restringindo-se aos cuidados com a criança, mas se estendendo ao educar e ao brincar, articuladamente. Essa articulação, muito mais do que ação didática, compreende o brincar, o educar e o cuidar como extensos campos de conhecimento que exigem comprometimento docente e políticas públicas que, de fato, reconheçam a infância e suas particularidades como imbrincadas no processo de desenvolvimento educacional de um país.
No Brasil, a Lei 11.892/2008 incorporou a extensão à educação profissional e tecnológica nos Institutos Federais, com contornos idênticos à das universidades. No entanto, a extensão no âmbito da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica apresenta algumas especificidades fazendo-se necessário compreender o seu significado, os desafios educacionais que lança e também suas possibilidades de implementação. Nesse sentido, partilhamos, nesse texto, os resultados parciais de um estudo, o Caso do Programa de Apoio Institucional à Extensão (PAIE) do IFRN (Campus Mossoró), realizado no âmbito da Tese de Doutoramento em Ciências da Educação (Universidade de Évora, Portugal). Assim, os objetivos desse artigo consistem em discutir e refletir sobre como e quais são os ganhos relacionados à educação para a cidadania que se desenvolvem durante a participação de alunos extensionistas do Ensino Médio Integrado em projetos de extensão fomentados pelo PAIE. Para tanto, consideramos a realização de observações e apontamentos em notas de campo feitas entre maio a dezembro de 2017 e embasamos a nossa partilha, fazendo ressaltar alguns autores, como é o caso de Freire (2015), Sousa (2001), Tavares (2001), Cover (2014), Pacheco (2011), Xavier et al (2013), Cortina (2005), Nussbaum (2015), Afonso (2014) e Simons (2014). Os vídeos gravados e as notas nos permitiram perceber como se processa o desenvolvimento das relações entre alunos extensionistas/alunos externos durante a execução de projetos de extensão do Programa de Apoio Institucional à Extensão do IFRN (Campus Mossoró). Essa relação se desenvolve em função da inserção dos alunos extensionistas em contextos ainda não vivenciados pelos alunos do Ensino Médio Integrado, possibilitando assim o seu desenvolvimento com base em atitudes e experiências que podemos relacionar com uma educação para a cidadania. Portanto, podemos considerar que o PAIE é uma política de fomento à extensão no IFRN que contribui para a construção da extensão como uma prática educativa por meio da interação com a comunidade externa. O nosso estudo vai apontando possibilidades para isso acontecer e mostra que podem ser programas e projetos realizados em contexto real e comunitário. No entanto, é preciso não dissociar a extensão como princípio educativo das dimensões do ensino e da pesquisa, para esbater tradicionais preponderâncias e fragmentações de saberes, o que parece conseguir-se com sucesso se existir participação e cooperação.
Este trabalho está voltado à organização do trabalho pedagógico na Educação Infantil, no qual busca-se identificar que concepções avaliativas norteiam a prática docente e quais instrumentos são utilizados pelo professor ao avaliar a aprendizagem das crianças nessa etapa de ensino. Fundamentada em um estudo bibliográfico e de campo, de abordagem qualitativa, esta pesquisa contempla autores que discutem temáticas como avaliação da aprendizagem, registro docente e trabalho pedagógico na Educação Infantil. Contou-se com instrumentos de coleta de dados como observações diretas, registradas em diários de campo, da prática de professoras de duas turmas de Educação Infantil, nível V, de uma escola pública municipal de Pilões/RN e um questionário semiestruturado aplicado às mesmas. Identificou-se que as professoras compreendem e assumem a avaliação continuada como necessária ao trabalho pedagógico, utilizando-a em registros de aprendizagem das crianças, como o portfólio e as fichas individuais dos alunos. No entanto, esses registros nem sempre são contínuos, pois são usados apenas em determinados momentos do ano letivo. Os dados apontam ainda reflexões acerca do papel do educador como revestido de dinamicidade e a necessidade da avaliação da aprendizagem estar articulada à registros que contenham elementos que auxiliem o docente no processo avaliativo da aprendizagem na Educação Infantil.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
334 Leonard St
Brooklyn, NY 11211
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.