Uma política pública, em particular uma política de preservação cultural, só se mostra correta e consequente quando além de contemplar medidas referentes à memória e identidade de um povo, baseia-se amplamente em uma concepção que integra as questões socioeconômicas, técnicas, artísticas e ambientais, articulando-as com as questões de qualidade de vida, meio ambiente e cidadania. Diante desse mote, este estudo, cujo caráter é descritivo e exploratório, foi organizado a partir da análise da política pública de preservação do patrimônio cultural no estado de Minas Gerais, com foco no repasse proveniente da lei conhecida como “Lei Robin Hood”. Para tanto, o artigo foi estruturado da seguinte forma: primeiramente abordou-se, de maneira sucinta, os antecedentes da preservação cultural. Posteriormente, a política de preservação foi tratada levando em consideração os contextos mundial, nacional e estadual. Por fim, a legislação conhecida como “Lei Robin Hood”, responsável pelo ordenamento da referida política pública, foi apresentada com destaque para o repasse no critério patrimônio cultural. Teceu-se algumas considerações na tentativa de reforçar a temática e fomentar novas discussões.
R e s u m o : Acredita-se que a leitura da contemporaneidade caracteriza-se pelo confronto de visões e ideias diferentes sobre os mesmos fenômenos. Diante dessa realidade contraditória, refletir, de maneira crítica, sobre a temática do patrimônio cultural nas cidades contemporâneas é o principal objetivo deste artigo. Para tanto, este trabalho foi estruturado da seguinte maneira: primeiramente tratou-se histórica e conceitualmente o patrimônio cultural com destaque para o conceito de identidade. Posteriormente, trabalhou-se o território urbano focando os processos de "gentrificação" e "teatralização", característicos do mundo contemporâneo. O denominado Circuito Cultural Praça da Liberdade, localizado em Belo Horizonte (MG), foi o objeto de estudo com o propósito de analisar uma política pública urbana. P a l a v r a s -c h a v e : patrimônio cultural; território urbano; Circuito Cultural Praça da Liberdade.
INTRODUÇÃOA contemporaneidade caracteriza-se pelo confronto de visões e ideias diferentes sobre os mesmos fenômenos. Onde uns veem desvantagens outros veem oportunidades, quando para alguns o tempo parece terminado, para outros pode estar apenas começando. Este artigo foi escrito a partir dessa visão contraditória, trazendo como tema o patrimônio cultural e o território urbano e focando sua atenção na tendência contemporânea de transformar os bens culturais em um produto de consumo. Refletir, de maneira crítica, sobre essa temática levanta questionamentos sobre o tratamento que temos dado ao legado cultural deixado pelos nossos antecessores e nos faz pensar sobre a gestão das cidades, além de permitir reforçar o quadro de estudos interdisciplinares que envolvem o Patrimônio Cultural, a Geografia Urbana e a Geografia Cultural.Para a estruturação do trabalho optou-se, primeiramente, por tratar a contextualização histórico-conceitual do patrimônio cultural, destacando sua relação com a identidade individual e coletiva. Posteriormente, olhou-se para o território urbano a partir da relação que estabelece com a cultura, focando a atenção nos processos de "gentrificação" e "teatralização das cidades", característicos das intervenções urbanas contemporâneas. O estudo finaliza com a apresentação e algumas considerações http://dx.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.