O titânio, devido sua afinidade com o oxigênio, possui uma camada óxida crescida espontaneamente durante as diferentes etapas de seu processamento. Para eliminar essa camada durante o pré-tratamento a plasma, geralmente utiliza-se um pré-tratamento para limpeza. Com o objetivo de estudar a influência topográfica na molhabilidade de superfícies tratadas por plasma, utilizou-se atmosferas de Ar, H2 e mistura Ar-H2. Foram utilizados 18 discos de Ti cp (grau II), com 10 mm de diâmetro e 1 mm de espessura. Estas amostras foram submetidas durante 20 e 60 minutos num plasma produzido por uma descarga de cátodo oco (HCD), por uma voltagem de 500 V, atmosferas de Ar, H2 e Ar/H2 e pressão de 220 Pa. Nessas condições a temperatura das amostras elevou-se a 473K. Após o pré-tratamento, o estado das superfícies das amostras foi avaliado quanto às fases superficiais (GIDRX), nanotopografia (AFM) e molhabilidade (ensaio da gota séssil). Verificou-se que todas as condições foram efetivas na redução do óxido e que resultaram em diferentes valores de molhabilidade. Avaliou-se a correlação entre os parâmetros topográficos Ra e Rp/Rz com a molhabilidade para as diferentes condições de tratamento. Diante dos resultados obtidos conclui-se que os parâmetros Ra e Rp/Rz não são apropriados para correlacionar com a molhabilidade e sugere-se um novo parâmetro topográfico que contemple a equação de Cassie – Baxter.
Pesquisas na busca por materiais com melhor desempenho para aplicações biomédicas são constantes. Assim, estudos recentes buscam o desenvolvimento de novas técnicas para modificações de superfícies. O plasma a baixa pressão vem se destacando pela sua versatilidade e por ser ambientalmente correto, obtendo-se bons resultados na modificação das propriedades físico-químicas dos materiais. Porém, esta técnica necessita de um sistema de vácuo de alto custo e não é capaz de gerar modificações superficiais em regiões pontuais. Além disso, limita seu uso em materiais poliméricos e termosensíveis, devido às altas temperaturas do processo. Diante disso, foram criadas novas técnicas capazes de gerar um plasma frio a pressão atmosférica (APPJ). Com o objetivo de realizar tratamentos superficiais em biomateriais em regiões pontuais, foi construído um protótipo capaz de gerar um jato de plasma frio. O protótipo gerador de plasma consiste em uma fonte de alta tensão, um braço suporte, um porta amostra e uma ponteira por onde passa o argônio ionizado. Dentro desta ponteira existe um tubo dielétrico e dois eletrodos. Tratou-se disco de titânio grau II polido e verificou-se modificações superficiais do titânio. Para verificar o comprimento dos jatos foi utilizado o software Image Pro Plus. As modificações na superfície do titânio foram verificadas por microscopia óptica (MO) e de força atômica (MFA). Foi possível concluir que o jato de plasma próximo à temperatura ambiente e a pressão atmosférica foi capaz de provocar modificações superficiais no titânio.
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