Apesar das inúmeras publicações a respeito da versatilidade da técnica de descarga por barreira dielétrica (DBD), principalmente em aplicações emergentes como descontaminação biológica e química, pouco se apresentou sobre a influência dos parâmetros de processos. No presente trabalho é analisada a influência dos parâmetros do processo sobre as espécies ativas do plasma formado quando ar é utilizado como atmosfera. Analisou-se a influência da distância e voltagem aplicada entre eletrodos, bem como a frequência do pulso aplicado. As análises das espécies foram realizadas diagnosticando o plasma por espectroscopia de emissão óptica (EEO). Esses resultados foram correlacionados com dados da potência consumida no processo de produção de plasma, obtidos a partir das figuras de Lissajous. O equipamento DBD utilizado possui sua máxima eficiência de produção de plasma atmosférico com a distância entre eletrodos fixada em 0,5mm Voltagem de 15 kV e frequência de 500 ou 600 Hz dependendo da espécie ativa que se queira em maior quantidade N2 357nm ou N2 337nm respectivamente .
Resumo A maioria dos materiais poliméricos sintéticos apresentam superfícies quimicamente inertes, isentas de porosidade e baixa energia de superfície. Este trabalho tem como objetivo realizar a modificação superficial do substrato têxtil de forma a aumentar a sua molhabilidade. Os tecidos de poliéster são hidrofóbicos e, por isso são desconfortáveis aos usuários, pois a fibra não absorve o suor do corpo, outro fator que é prejudicado pela hidrofobicidade da fibra de poliéster é o tingimento das mesmas. Portanto, tratamentos superficiais vêm sendo utilizados para minimizar esse problema e o plasma é uma técnica que se mostra bastante eficaz. O plasma ao interagir com a superfície do substrato provoca alterações químicas e físicas melhorando suas propriedades. Portanto, através do plasma é possível alterar as propriedades físico-químicas das superfícies de tecidos de poliéster, tendo como resultado o aumento da hidrofilidade dos mesmos com o incremento de grupos funcionais polares e o aumento da rugosidade em sua superfície. As amostras foram tratadas em um reator de plasma de barreira dielétrica a pressão atmosférica, em diferentes tempos de tratamento e voltagem. Após as funcionalizações as amostras foram submetidas ao teste de capilaridade, a fim de observar a melhora na hidrofilidade. Todas as amostras tratadas tiveram aumento na molhabilidade, com exceção, as amostras tratadas com 10 kV, onde não houve alteração.
Pesquisas na busca por materiais com melhor desempenho para aplicações biomédicas são constantes. Assim, estudos recentes buscam o desenvolvimento de novas técnicas para modificações de superfícies. O plasma a baixa pressão vem se destacando pela sua versatilidade e por ser ambientalmente correto, obtendo-se bons resultados na modificação das propriedades físico-químicas dos materiais. Porém, esta técnica necessita de um sistema de vácuo de alto custo e não é capaz de gerar modificações superficiais em regiões pontuais. Além disso, limita seu uso em materiais poliméricos e termosensíveis, devido às altas temperaturas do processo. Diante disso, foram criadas novas técnicas capazes de gerar um plasma frio a pressão atmosférica (APPJ). Com o objetivo de realizar tratamentos superficiais em biomateriais em regiões pontuais, foi construído um protótipo capaz de gerar um jato de plasma frio. O protótipo gerador de plasma consiste em uma fonte de alta tensão, um braço suporte, um porta amostra e uma ponteira por onde passa o argônio ionizado. Dentro desta ponteira existe um tubo dielétrico e dois eletrodos. Tratou-se disco de titânio grau II polido e verificou-se modificações superficiais do titânio. Para verificar o comprimento dos jatos foi utilizado o software Image Pro Plus. As modificações na superfície do titânio foram verificadas por microscopia óptica (MO) e de força atômica (MFA). Foi possível concluir que o jato de plasma próximo à temperatura ambiente e a pressão atmosférica foi capaz de provocar modificações superficiais no titânio.
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