AmbigüidadeEntender e explicar como uma língua natural é adquirida por um ser humano a partir do seu nascimento tem motivado várias pesquisas realizadas por estudiosos de diferentes formações acadêmicas, como lingüistas e psicólogos, há várias décadas, e por filósofos desde a Antigüidade Clássica. Tal preocupação impulsiona os estudiosos a tecerem caminhos de pesquisa das mais variadas espécies proporcionando, desse modo, o aparecimento de diversas teorias. Essas pretendem, cada uma a seu modo, abarcar as explicações para a aquisição da linguagem bem como defini-la.Na década de 40, acreditava-se que os estudos psicológicos não eram
O presente trabalho aborda o universo das cores em relação às singularidades de cada subdomínio cromático. Segundo Arcaini (1991), toda língua natural é caracterizada pelo relativismo cultural e cada sistema linguístico descreve o universo cromático de uma forma única. Para Berlin e Kay (1969), o princípio da relatividade linguística sustenta que cada cultura tem a sua forma de compreender e experienciar a realidade e, portanto, cada língua tem suas próprias particularidades semânticas que a difere das demais. Por conseguinte, o léxico é a representação formal da percepção da realidade, reproduzindo a categorização do conhecimento pelo ser humano. Nesse contexto de diferenças e similaridades, o Dicionário Multilíngue de Cores (DMC) tem sido desenvolvido na Universidade Estadual Paulista, campus de São José do Rio Preto, como um projeto multidisciplinar, envolvendo as línguas portuguesa, italiana, inglesa, francesa e espanhola. O objetivo deste estudo é apresentar as simetrias e dissimetrias verificadas nas direções italiano-português-inglês e português-italiano-inglês. Discutiremos dados culturalmente marcados, indicadores de que os casos de simetria são menos dependentes de fatos culturais específicos, ao contrário das dissimetrias que estão relacionadas a especificidades culturais.
Apoiados em Berruto (1979), Ilari e Geraldi (1985), Tamba-Mecz (2006) e Regueiro Rodríguez (2013), realizamos um tratamento lexicográfico de locuções adverbiais e prepositivas a partir do Dicionário Houaiss: Sinônimos e Antônimos (2011), do qual coletamos 154 itens lexicais etiquetados como “locução” constituídos pelas preposições “a”, “de” e “em”, a fim de analisar sua sinonímia. Delineamos um verbete-modelo que inclui, além dos equivalentes sinonímicos, contextos de uso com o intuito de atestarmos a ocorrência dessas locuções no português brasileiro e no italiano. Nossa proposta lexicográfica parte de um modelo em que o paradigma definicional se constitui de sinônimos que incluem informações de um item sinonímico geral para um específico, seus respectivos equivalentes em italiano e as contextualizações nas duas línguas. Em nossa apresentação, expomos alguns de nossos verbetes preenchidos, além de discuti-los em relação à sua elaboração, da macro à microestrutura.
RESUMO Este artigo propõe a análise de dicionários brasileiros em relação a suas macroestruturas com o objetivo de refletir o propósito da Lexicografia atual no Brasil. Visto que o dinamismo lexical está em constante evolução e deva ser considerado na feitura e na atualização de dicionários, procuramos discorrer como uma única forma lexical, “feminicídio”, é inexistente nos repertórios vocabulares analisados, embora esteja em circulação há vários anos no país e mais do que viva na atualidade sociocultural. A Lexicografia tem por dever atentar-se à realidade, principalmente àquela tecnológica ao seu redor, e colocar à disposição de seus usuários obras que estejam em harmonia com o conjunto daquilo que é realmente condizente com a verdade do quotidiano, com unidades lexicais que estejam, de fato, em uso, e que possam, realmente, traduzir a realidade que os envolve e os atinge, com celeridade, aquela mesma com a qual os fatos as criam.
É unânime entre os lexicólogos que as unidades lexicais apresentam marcas profundas na representatividade de questões culturais e comportamentais. Dessa forma, alguns estudiosos vêm propondo metodologias capazes de poder verificar, com rigor científico, mecanismos para sistematizar esse léxico dentro de um tempo/espaço e, assim, promover discussões sobre sua relação com o social. Da mesma maneira, a publicidade, tendo em vista seu poder de expandir os desejos de seu receptor/cliente para a aquisição de produtos/serviços por meio da linguagem verbal, torna-se uma fonte factível, por meio dos textos que produz, de organizar conteúdos lexicais com o intuito de promover discussões acerca, por exemplo, das questões relativas aos gêneros feminino e masculino. A partir disso, o presente artigo propõe, por meio do léxico-marketing, cujo objetivo é a sistematização de estruturas léxicas em segmentos de mercado, analisar comportamentos sociais do universo do homem e da mulher.
se ha optado, en la mayoría de los casos, por Lexicografía Pedagógica. ¿Pedagógica o Didáctica? Desde su punto de vista, ¿qué terminología refleja mejor los objetos y objetivos de esta área de la Lexicografía?La tradición lexicográfica en español optó por la denominación didáctica.Actualmente hay cierta controversia al respecto y en algunos círculos se prefiere pedagógica. Esto viene motivado bien por un calco de otras lenguas o bien por un apropiado intento de ajustar la denominación a los avances en el ámbito de las Ciencias Sociales. En mi opinión, si estamos hablando del diseño, uso y valoración de diccionarios entendidos como una de las herramientas para la enseñanza y aprendizaje del componente léxico de la lengua, hablamos de lo mismo. Ninguno de los dos términos aporta más precisión que el otro.
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