Falar sobre a família como foco de intervenção exige aprofundar a discussão sobre o que é uma família e como ela pode servir ou não de recurso em programas de intervenção; exige também problematizar um elemento básico do processo de intervenção: a comunicação entre técnicos que atuam na intervenção e a população-alvo. Assim, neste trabalho, sugere-se, num primeiro momento, algumas pistas analíticas que podem ajudar o técnico a perceber dinâmicas familiares em grupos populares do Brasil. Descobrimos assim que, da perspectiva espacial, redes de parentesco se estendem além do grupo consangüíneo e da unidade doméstica para esferas mais amplas. Da perspectiva temporal, as pessoas se inserem em uma sucessão de gerações, possibilitando projeções para o futuro ou resgates de elementos do passado. Passa-se então a considerar a contribuição específica de uma teoria da prática e as implicações metodológicas de uma análise centrada em "modos de vida", arraigados numa situação de classe. Finalmente, comenta-se o olhar reflexivo - um elemento fundamental do processo dialógico que permite a escuta do outro em qualquer situação de intervenção. Propõe-se com essa abordagem descolonizar o olhar do técnico, propiciando uma interação dialógica capaz de reforçar, antes de reprimir, recursos tradicionais na situação em que se pretende intervir.
Editor’s note: For easy download the posted pdf of the State of the Climate for 2017 is a low-resolution file. A high-resolution copy of the report is available by clicking here. Please be patient as it may take a few minutes for the high-resolution file to download.
Tendo como inspiração o trabalho de Kath Weston e outras antropólogas que pesquisam principalmente nos Estados Unidos e na Inglaterra, revisito neste artigo diferentes elementos da noção de "Família que Escolhemos". Na primeira parte, os exemplos que trago ressaltam o quanto certos casais lésbicos, recorrendo às novas possibilidades legislativas e tecnológicas, recriam as ideologias de parentesco. Se, nesses primeiros exemplos, a escolha aparece como algo positivo - um direito reprodutivo, a ser reivindicado junto às instâncias políticas -, na segunda parte dessa discussão, em que considero o exemplo da adoção internacional, passo a questionar a idéia de escolha individual. Aqui, a homoparentalidade, assim como outras formas familiares contemporâneas, são vistas como "co-produções" que envolvem - além de valores culturais - lei, tecnologia e dinheiro.
Nesse artigo, examino uma prática local - a circulação de crianças em bairros populares de uma grande cidade brasileira - à luz do contexto mais amplo que inclui a adoção nacional e internacional. Inicio com a descrição etnográfica de redes de ajuda mútua e valores familiares de duas mulheres que, por causa de extrema miséria, confiaram seus filhos aos cuidados de outrem. Procuro entender como essas mulheres significam a "circulação" de suas crianças e, num segundo momento, pergunto se, no seu entendimento, as leis regendo a adoção legal seriam inteligíveis. Finalmente, teço uma curta reflexão sobre discursos encontrados entre europeus e norte-americanos que recorrem à adoção, questionando a aplicação diferencial desses discursos no âmbito internacional.
Interlocutores na televisão fazem prova de sua generosidade pagando o custo do teste para mães solteiras e maridos 'descornados'. Cidadãos em um vilarejo do Nordeste estão organizando consórcios -cada participante cotizando um tantinho por mês para ter acesso ao teste. Ouvi recentemente uma música no rádio em ritmo de samba com o seguinte refrão: "Não precisa fazer teste de DNA, a criança é a cara de você".O que há (podemos perguntar) por trás de tanto alarido? Qual a idéia de paternidade sendo expressa aqui? E quais as eventuais conseqüências para a noção vigente de família? Para esboçar uma resposta inicial a essas perguntas, voltei minhas atenções para disputas em torno 1 Esse paper foi apresentado na mesa-redonda Sexualidade, masculinidade e reprodução, durante o II Seminário Internacional e I Seminário NorteNordeste "Homens, sexualidade e
O fato de as camadas abastadas terem adotado, nas últimas décadas, a família nuclear conjugal como norma hegemônica, sem dúvida, explica por que existe uma tendência de ver qualquer desvio dessa norma como problemático. No entanto, pela evocação de casos etnográficos, sugiro nesse artigo que a hegemonia dessa norma não se exerce com a mesma força em todas as camadas sociais. Ainda mais, aponto para a possibilidade de dinâmicas familiares "alternativas" que, apesar de não se encaixarem no modelo dominante de família, gozam de popularidade e até de legitimidade entre determinados setores da sociedade. Nesse caso, a compreensão da vida familiar no Brasil contemporâneo exigiria do observador um esforço para considerar, além da norma hegemônica, essas dinâmicas alternativas, sendo a circulação das crianças em grupos populares apenas um exemplo.
Validation of antibodies and other protein binders is a subject of pressing concern for the research community and one which is uppermost in the minds of all who use antibodies as research and diagnostic reagents. Assessing an antibody's fitness for purpose includes accurate ascertainment of its target specificity and suitability for the envisaged task. Moreover, standardised procedures are essential to guarantee sample quality in testing procedures. The problem of defining precise standards for antibody validation has engendered much debate in recent publications and meetings, but gradually a consensus is emerging. At the 8 th AlpbachAffinity Proteomics workshop (March 2017), a panel of leaders in the antibody field discussed suggestions which could bring this complex but essential issue a step nearer to a resolution.'Alpbach recommendations' for best practice include tailoring binder validation processes according to the intended applications and promoting greater transparency in publications and in the information available from commercial antibody developers/providers. A single approach will not fit all applications and end users must ensure that the reported validation holds for their specific use, highlighting the need for adequate training in the fundamentals of antibody characterisation and validation across the user community.
Editors note: For easy download the posted pdf of the State of the Climate for 2014 is a very low-resolution file. A high-resolution copy of the report is available by clicking here. Please be patient as it may take a few minutes for the high-resolution file to download.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
334 Leonard St
Brooklyn, NY 11211
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.