The scope of this study is occupational stress among female police officers in Rio de Janeiro. A qualitative approach was initially used (interviews, focal groups and observations) to establish their perceptions regarding gender differences in the performance of police work, the relationship between occupational stress and health issues and the strategies used to mitigate this type of stress. A total of 42 participants including female officers and staff and operational and health professionals were involved. The participants link stress to their daily work, cite a number of symptoms and show how family relationships are affected. Stress originates primarily from work management and organizational issues. Gender discrimination and harassment are also perceived as stressors. Psychic suffering is greater among officers in commanding roles, and operational activities are perceived as more stressful due to the risks involved. Physical exercise is seen as the most effective strategy to mitigate the consequences of stress. The conclusions drawn are that, there is a need for organizational and managerial change from the perspective of gender and investment in preventive measures that can reduce the consequences of stress within the Rio de Janeiro police force.
Apresentam-se resultados parciais de uma pesquisa-ação que investigou a violência de gênero na Estratégia Saúde da Família, com especial atenção sobre as Agentes Comunitárias de Saúde (ACSs), atores estratégicos na atenção a mulheres em situação de violência. Dentre as atividades de pesquisa e intervenção desenvolvidas, incluem-se oficinas com as ACSs para a discussão dialogada dos resultados da pesquisa. Tomando-se como referência os pressupostos da Educação Popular e da pedagogia feminista, conclui-se que as oficinas representaram um valioso recurso político-pedagógico, permitindo uma fecunda interação dialógica entre academia e serviços de saúde e oferecendo visibilidade e reconhecimento às vozes e às ricas experiências de vida e trabalho das ACSs contribuindo, assim, para uma construção compartilhada do conhecimento que fortalece práxis comprometidas com transformações na assistência à saúde e nas relações sociais mais amplas.
Resumo Objetivos: analisar o sofrimento psíquico de agentes penitenciários do estado do Rio de Janeiro e apontar os fatores a ele associados no âmbito social, destacando o ambiente de trabalho. Métodos: estudo quantitativo e qualitativo. As unidades prisionais foram selecionadas por meio da amostragem estratificada. Utilizou-se a escala de sofrimento psíquico Self-Reported Questionnaire (SRQ20) e uma escala de apoio social. Variáveis explicativas foram relacionadas tanto ao perfil profissional como aos fatores de âmbito social e do trabalho e foram utilizados modelos de regressão logística (stepwise). Resultados: participaram 217 homens e 100 mulheres, em nove unidades prisionais femininas e masculinas. A prevalência de sofrimento psíquico foi de 27,7%, sem diferenças segundo o gênero. Os sintomas mais frequentes foram: dormir mal (53,0%) e sentir-se nervoso, tenso ou agitado (52,0%). Entre os possíveis fatores que propiciam o sofrimento psíquico, estão: relacionamento interpessoal entre agentes e presos; ameaças constantes; superlotação; poucos profissionais e sobrecarga de trabalho. E entre os possíveis fatores protetores, estão: praticar alguma religião; ter apoio social; contar com a compreensão dos colegas; ter o reconhecimento de seu trabalho e relacionar-se bem com superiores. Conclusão: a superlotação e a insalubridade do ambiente trazem consequências negativas para a saúde mental dos trabalhadores; no entanto, formas de apoio social e valorização profissional podem protegê-los.
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