Resumo O presente artigo propõe um estudo da atuação da justiça em terras donatárias sob a ótica da atuação do ouvidor do Espírito Santo Mateus Nunes José de Macedo na capitania da Paraíba do Sul dos Campos dos Goytacazes (1745-1748). Nessa intricada administração, as relações de poder estabeleciam conflitos, instabilidade e redes clientelares que definiam estratégias e garantias sociais e políticas. E, em uma capitania donatária, tais relações se tornaram ainda mais complexas.
O presente artigo vem propor uma discussão acerca das relações de poder vigentes no antigo regime português, privilegiando para tal as práticas poláticas exercidas pelos ouvidores nas paragens coloniais mineiras. Essas legitimadas por uma razão corporativista e jurisdicional que marcaria profundamente a polática em Portugal até pelo menos o ministério pombalino. Aqui, analisaremos a atuação do ouvidor da comarca do Rio das Velhas, José de Góes Ribeiro Lara de Moraes, que exerceu o cargo entre 1772 e 1775 e esteve envolvido na chamada Inconfidência do Sabará, onde conflitos latentes envolvendo oficiais da administração real levaram o Marquês de Pombal a punir severamente o ouvidor, acusado de traição.
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