No presente artigo, situamos a educação ambiental no contexto da gestão de Unidades de Conservação (UCs) e a sua relevância para a construção de processos democráticos que favoreçam a construção de sociedades sustentáveis. Apresentamos conceitos relevantes para a reflexão proposta, um breve histórico da construção de conselhos em UCs e algumas de suas premissas e indicadores de avaliação, como contribuição à prática de gestores de tais áreas protegidas.
No presente artigo, resgatamos o histórico da educação ambiental na gestão pública do ambiente, no período compreendido entre a criação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), em 2007, e o momento de institucionalização e consolidação da educação ambiental em seu interior, até o ano de 2012, objetivando demonstrar os aspectos político-ideológicos em disputa no processo de institucionalização do campo em foco em um instituto voltado para a conservação da biodiversidade, após a divisão do IBAMA. Para isso, utilizou-se a análise de documentos oficiais federais e depoimentos de sujeitos protagonistas desse período. Ao final, concluímos afirmando que o processo de consolidação da educação no processo de gestão ambiental no órgão federal, não sem tensões e contradições institucionais, tem se reestruturado, reconstruindo um fazer que foi institucionalmente interrompido no processo de criação do ICMBio e que é fundamental para a luta por justiça ambiental e para a superação da dicotomia conservação-justiça social no Brasil.
O trabalho focaliza o processo de mudança em curso do apagamento do R em posição de coda silábica final e medial (cantaØ ~ cantar; maØ ~ mar; sorte ~ soØte; cerveja ~ ceØveja), no português brasileiro. Os dados foram extraídos de entrevistas informais (dialeto padrão) com jovens e idosos de nove capitais da região Nordeste do Brasil e a análise faz uso da metodologia sociolinguística (Labov, 1994). Os resultados mostram que o processo se encontra em estágios diferentes, a depender da cidade de origem do falante e do tipo de coda, e é sensível a variáveis estruturais e sociais.
Estado educador: uma nova pedagogia da hegemonia nas Reservas ExtrativistasResumo: Este artigo analisa o papel desempenhado por um projeto de cooperação internacional (Projeto Resex) na implementação das Reservas Extrativistas na década de 1990. Através da análise dos documentos e relatórios referentes à negociação e execução da primeira fase do Projeto, no período de 1995-1999, demonstra-se a contraposição dos princípios contidos nos sujeitos coletivos que originaram as Reservas Extrativistas e aqueles produzidos, transmitidos e difundidos através do Projeto Resex. Discute-se a presença do Estado, em uma pedagogia da hegemonia, operando na desconstrução das conquistas objetivadas pelos seringueiros nas décadas de 1970-1980, e utilizando, para isso, o Projeto Resex como um espaço pedagógico privilegiado. Palavras-chave: Reserva Extrativista. Políticas ambientais. Amazônia. Pedagogia da hegemonia. Estado educador.
Educator State: a New Pedagogy of Hegemony in Extractive ReservesAbstract: This article analyzes the role performed by an international cooperation project (Projeto Resex) in the implementation of Extractive Reserves in the 1990s. Through the analysis of documents and reports referring to the negotiation and execution of the first phase of the Project in 1995-1999, the paper demonstrates the conflicting principles held by the collective subjects that participated in the formation of the Extractive Reserves and those produced, transmitted and promoted through the Projeto Resex. The presence of the state is discussed, found in a pedagogy of hegemony, operating in the deconstruction of the conquests sought by the rubber tappers in the 1970s and 1980s, and using Project Resex as a special pedagogic space.
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