Como resultado de estudos para aplicações interdisciplinares desenvolvidos em curso de Mestrado em Ensino de Ciências, com o intuito de orientar professores e graduandos de licenciatura das áreas de Física, Matemática e afins para práticas inovadoras junto ao corpo discente, o presente estudo trata do ensino de funções em turmas de 9° ano do Ensino Fundamental, envolvendo a Matemática e a Física, a partir do delineamento quase-experimental de série temporal. Por meio da videoanálise de pequenos experimentos de cinemática realizados pelos alunos, com a utilização do software livre Tracker, foram tratadas questões acerca de funções afins e quadráticas, derivadas dessas experiências e observações, com pré-testes e pós-testes conceituais ao longo de seis aulas duplas, intercalando a realização dos experimentos físicos e a aplicação dos testes. A videoanálise dos experimentos de cinemática, com conclusões alcançadas pelos alunos, entrou como fator introdutório e embasador do tema funções. Os pré e pós-testes foram mediados pela metodologia ativa de Instrução pelos Colegas - IpC e a troca de entendimentos e experiências entre os grupos participantes possibilitou a avaliação e medição do estudo quanto à sua eficácia. O tratamento foi aplicado em três turmas de uma escola da Fundação de apoio à Escola Técnica do Rio de Janeiro, totalizando a participação de 76 alunos. Os resultados desta pesquisa, obtidos no desenvolvimento das atividades, estudados pela análise estatística do ganho normalizado de Hake sob o delineamento quase-experimental, indicam a possibilidade de se utilizar a metodologia ativa proposta como potencial mediadora da relação ensino-aprendizagem em contextos colaborativos.
O presente artigo trata do relato de uma experiência realizada em sala de aula, durante a disciplina de Matemática em três turmas do 9º ano do Ensino Fundamental, de uma escola pública no Rio de Janeiro. A partir da construção de câmaras escuras pelos alunos, buscou-se associar o fenômeno físico ao ensino dos conceitos matemáticos de homotetia e semelhança de figuras. Após a etapa de construção e observação, os alunos fizeram relatórios para avaliarem as atividades. Ao longo da atividade experimental os participantes apresentaram diferentes questionamentos acerca do fenômeno observado, assim como perceberam a correlação entre as figuras semelhantes e os conceitos da óptica geométrica. Quanto a avaliação dos estudantes, nos relatórios eles destacaram a importância da atividade proposta como uma forma de fomentar o trabalho em equipe e a relevância da prática para o processo de ensino-aprendizagem. Por fim, nota-se que o interesse dos alunos pela atividade, assim como a construção do conceito a partir dos questionamentos demonstraram a importância da estratégia adotada para o ensino da Matemática.
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