O presente artigo tem como objetivo pontuar algumas transformações no mundo do trabalho e suas implicações para a classe trabalhadora. Ressalta algumas das principais formas de “gestão” do trabalhador utilizadas atualmente que na verdade representam mecanismos estratégicos de controle sobre o trabalho e extração da mais-valia.
RESUMO Este trabalho tem como objetivo analisar a obra de Ramiro Guerra (Latifúndio, escravidão e dependência econômica), uma das suas principais obras que trata da região de Barbados localizada nas Pequenas Antilhas na América Central. Assim, a análise mostra como Ramiro Guerra desmistifica toda uma teoria em relação à substituição do trabalho do pequeno proprietário pela mão de obra barata do escravo. O mesmo autor ressalta que essa substituição não foi devido a uma questão de raças ou de clima ou até mesmo da superioridade da vontade humana. Mas, sim, devido a uma causa puramente social e econômica: a destruição da pequena propriedade pelo latifúndio açucareiro e pela conseguinte emigração de uma classe social que seria expulsa de forma “voluntária” devido à falta de trabalho. Dessa forma, a análise, de acordo com o pensamento de Guerra, enfatiza que não foi o clima antilhano que expulsou os servos brancos, mas sim a empresa açucareira capitalista que se instalaria na região, aniquilando a pequena propriedade e eliminando o cultivador independente e convertendo as comunidades robustas com vidas próprias em meras oficinas de trabalho com salários baixos, tudo em prol das metrópoles. E também as consequências desse comércio açucareiro em Cuba trazendo as mesmas consequências de destruição da pequena agricultura.
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