RESUMOForam avaliados a CL 50 e o efeito de extratos aquosos de plantas na biologia, oviposição e período embrionário de Plutella xylostella L. (Lepidoptera: Plutellidae). Para determinação da CL 50 foram utilizadas concentrações entre 0,03 e 0,8 % para amêndoas de Azadirachta indica (A. Juss.) 0,5 e 7,0 % para casca de Aspidosperma pyrifolium (Mart.) e 0,5 e 12,5 % para frutos de Melia azedarach (L.), obtendo-se as CL 50 de 0,06; 2,17 e 2,90%, respectivamente. Verificou-se que os extratos aquosos de todas as espécies vegetais afetaram o desenvolvimento do inseto, principalmente na fase larval. Na fase de pupa, os extratos reduziram a massa e a viabilidade. Houve deformação de adultos para os extratos de A. pyrifolium e M. azedarach e o de A. indica causou maior porcentagem. Todos os extratos possuem efeito tóxico para ovos de P. xylostella, sendo dependente do aumento da concentração. Nos extratos da casca de A. pyrifolium, do fruto de M. azedarach e da amêndoa de A. indica observa-se ação ovicida quando usados na concentração letal de lagartas de primeiro ínstar da praga. Em observações do ovo de P. xylostella com auxílio de um microscópio eletrônico de varredura, verificou-se a existência de microporos onde pode ocorrer a penetração do produto ovicida, além da constatação da textura rugosa da casca do ovo que pode reter ou fixar os extratos.Palavras-chave: plantas inseticidas, traça-das-crucíferas, brássicas. ABSTRACT EFFECT OF AQUEOUS EXTRACTS OF AZADIRACHTA INDICA (A. JUSS), MELIA AZEDARACH (L.) AND ASPIDOSPERMA PYRIFOLIUM (MART.) ON THE DEVELOPMENT AND OVIPOSITION OFPLUTELLA XYLOSTELLA (L.) (LEPIDOPTERA: PLUTELLIDAE)The effects of aqueous extracts of plants on the biology, preference for oviposition and embryonic period of Plutella xylostella were evaluated. Concentrations between 0.03 and 0.8 % for kernel of Azadirachta indica, 0.5 and 7.0% for peel of Aspidosperma pyrifolium and 0.5 and 12.5% for fruits of Melia azedarach were used, with LC 50 values of 0.06; 2.17 and 2.90%, respectively, being obtained. It was verified that the aqueous extracts of all of the appraised vegetable species affected the development of the insect, mainly in the larval phase. In the pupae phase, the extracts reduced the weight and the viability. There was adults' deformation for the extracts of A. pyrifolium and M. azedarach, being it of A. indica what caused larger percentage. Toxics effects on the eggs of P. xylostella were observed for all extracts. The extracts from A. pyrifolium (peel); M. azedarach (fruit) and A. indica (kernel) presented ovicide action in the lethal concentration of caterpillars at first instar of the pest. Observations of P. xylostella eggs with the aid of an electronic microscope showed presence of microspore, revealing ovicide action, besides wrinkled texture of the eggs peel retaining the extracts.
Avaliou-se o efeito de extratos aquosos de Achillea millefolium L. (folhas), Azadirachta indica A. Juss. (folhas), Bidens pilosa L. (folhas, frutos e ramos), Bougainvillea glabra Choisy (folhas), Chenopodium ambrosioides L. (folhas, frutos e ramos), Datura suaveolens Humb & Bonpl. ex. Willd (folhas), Enterolobium contortisilliquum (Vell.) Morong (frutos), Mentha crispa L. (folhas e ramos), Nicotiana tabacum L. (folhas), Piper nigrum L. (folhas), Plumbago capensis Thunb. (folhas e ramos), Pothomorphe umbellata L. (folhas), Sapindus saponaria L. (folhas), S. saponaria (frutos), Solanum cernuum Vell. (folhas), Stryphnodendron adstringens (Mart) Coville (casca), Symphytum officinale L. (folhas), Trichilia catigua A. Juss. (folhas), T. catigua (ramos), Trichilia pallida Sw. (folhas) e T. pallida (ramos), em relação à preferência para oviposição de Plutella xylostella. Discos de folhas de couve (Brassica oleracea var. acephala) cultivar Georgia foram imersos em cada extrato à concentração de 10% (massa/volume) por um minuto. Em seguida, foram divididos em quatro partes iguais e duas partes foram colocadas alternadamente com outras duas partes tratadas com água destilada, em uma gaiola. A contagem dos ovos foi feita após 24 horas. Os extratos apresentaram efeito deterrente na oviposição da praga, com exceção do extrato de S. adstringens, que não diferiu da testemunha, tratada apenas com água destilada. Os extratos de E. contortisilliquum, S. saponaria (frutos) e T. pallida (folhas) foram os mais eficientes, apresentando 100% de deterrência.
RESUMOOs efeitos de extratos aquosos de amêndoas de Azadirachta indica e frutos de Sapindus saponaria, aplicados em discos de folhas de couve (Brassica oleracea var. acephala) nas concentrações de 0,0117% e 1,0342% (p/v), respectivamente, foram estudados sobre a alimentação das lagartas de Ascia monuste orseis. Avaliouse a atratividade e o consumo de área foliar de lagartas de primeiro e terceiro ínstar durante 24 horas, em condições de laboratório (T = 25 ± 2 o C, UR = 60 ± 10% e fotofase = 12 horas). Nos testes com e sem chance de escolha, para lagartas de primeiro ínstar e teste sem chance de escolha para lagartas de terceiro ínstar, não houve diferença quanto à atratividade das lagartas. No teste com chance de escolha para lagartas de terceiro ínstar, houve menor atratividade das lagartas pelos discos de folhas tratadas com S. saponaria, diferindo da testemunha. No decorrer de 24 horas de avaliações, pode-se observar 58,3% de lagartas atraídas na testemunha, não diferindo de A. indica e diferindo de S. saponaria, com 39,3% e 2,4% das lagartas atraídas, respectivamente. Quanto ao consumo de área foliar, o extrato de S. saponaria diminuiu o consumo de lagartas, em todos os testes realizados. Quando não tinham opção de escolha para se alimentar de folhas sem os extratos, as lagartas consumiram as folhas tratadas nas concentrações testadas, porém em menor quantidade. Os extratos testados neste experimento demonstram ter efeitos sobre a alimentação das lagartas de A. monuste orseis, possivelmente com propriedades deterrentes e/ou supressoras de alimentação.Palavras-chave: Insecta, Pieridae, planta inseticida, nim, Brassica oleracea var. acephala. ABSTRACT EFFECT OF AQUEOUS VEGETAL EXTRACTS APPLICATION ON LARVAL FEEDING BEHAVIOR OF ASCIA MONUSTE ORSEIS AT KALEThe effects of aqueous extracts of Azadirachta indica almonds and of Sapindus saponaria fruits, applied on disks of kale leaves (Brassica oleracea var. acephala) at concentrations of 0.0117% and 1.0342% (w/v), respectively, were studied on larval feeding behavior of Ascia monuste orseis. Data on leaves attractiveness and consumption at first and third larval instar were taken during 24 hours (25 ± 2 o C temperature, 60 ± 10% RH and 12 photophase). There was not difference in relation to attractiveness of caterpillars at first instar in tests with and without choice as well as caterpillar at third instar in tests without possibility of choice. In the test with possibility of choice for caterpillars of third instar had lesser attractiveness of the caterpillars for disks leaf treated with S. saponaria, differing to the control. During 24 hours of evaluations 58.3% of caterpillars were attracted to the control treatment which, did not differed to the 39.3% of A. indica treated disks. However, the treatments with S. saponaria, showed a 2.4% of the caterpillars attracted by observation, which was a significant difference. In addition, S. saponaria reduced the consumption of leaves by caterpillars in all the carried tests. When the caterpillars did not have feeding ...
RESUMO Avaliou-se o efeito de extratos aquosos de plantas na concentração de 10%, no desenvolvimento de Plutella xylostella, sobre discos de folhas de couve, imersos no extrato. Os discos tratados foram colocados em placas juntamente com 12 lagartas recém-eclodidas avaliando-se a viabilidade e duração das fases larval e pupal e peso de pupa após 24 horas. A mortalidade larval foi afetada pelos extratos de Enterolobium contortisilliquum, Nicotiana tabacum Sapindus saponaria e Trichilia pallida, resultando em 100% de mortalidade, seguidos dos extratos de T. pallida (93,8%), Azadirachta indica (89,6%), Symphytum officinale (77,1%), Bougainvillea glabra (72,9%), Achillea millefolium (70,8%) e Chenopodium ambrosioides (70,8%). A duração da fase larval variou de 8,2 dias (testemunha) a 10,7 dias (A. indica). Houve correlação direta entre a duração e a mortalidade de larvas, sendo que os extratos que causaram maior mortalidade, causaram também aumento na duração larval. A maior diferença no peso de pupa em relação à testemunha foi observada no tratamento com extrato de B. glabra, que causou redução de 1,2 mg. Em todos os parâmetros avaliados, T. pallida apresentou maior toxicidade em relação a Trichilia catiguae os ramos foram mais tóxicos que as folhas em ambas as espécies, diferença observada também entre as partes vegetais de S. saponaria, sendo os frutos mais tóxicos que as folhas.
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