ResumoContexto: Apesar do crescente interesse e da literatura existente sobre adolescentes em preparação para o vestibular, ainda é escasso o conhecimento sobre essa população. Objetivos: Verificar a prevalência de AbstractBackground: Despite the growing interest and the existing literature about adolescents in preparation for the university entrance examinations, the knowledge about this population is still scarce. Objectives: To verify the prevalence of anxiety indicators in students of courses for preparation for entrance examinations in the city of Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Methods: 1,046 students were evaluated who were preparing for the entrance exam, among them 390 (37.3%) were male and 656 (62.7%) were female. The average age for the sample was 18 years old (SD 2.71). The participants answered a structuralized questionnaire, with sociodemographic questions and the Anxiety Beck Scale. Results: 23.5% of the students presented moderate or severe anxiety; the female candidates had significantly higher levels than the male candidates; the courses whose candidates presented greater anxiety were Advertising, Pharmacy, Veterinary Medicine, Medicine and Dentistry; the feelings of obligation to take the exam and the fact of considering it as something decisive in their lives made the adolescents feel more anxiety. Discussion: There is an urgent need for psychiatric/psychological attention to these candidates. Other studies must be carried out, enhancing the knowledge and basing on evidence the future interventions aimed at this population.
INTRODUÇÃO: A partir do processo de desinstitucionalização psiquiátrica, os serviços substitutivos têm sido a principal porta de entrada para as pessoas que buscam o atendimento em saúde mental. Neste sentido, torna-se relevante a caracterização dos usuários desses serviços. OBJETIVO: Delinear o perfil epidemiológico da população de um Centro de Atenção Psicossocial de um município do estado do Rio Grande do Sul. RESULTADOS: As categorias diagnósticas mais prevalentes foram transtornos de humor e transtornos neuróticos relacionados ao estresse e somatoformes; existe uma fraca adesão ao tratamento e uma baixa média de consultas por paciente; a fonte de demanda mais relevante é a demanda espontânea; a psiquiatria obtém a maior procura dos usuários. CONCLUSÃO: Concluiu-se pela falta de projetos terapêuticos que contemplem uma maior diversidade de procedimentos, de atuação mais freqüente na psiquiatria e de processos interdisciplinares. Concluímos também pela necessidade de algumas mudanças operacionais, como a formação de grupos terapêuticos, a criação de um protocolo padrão a ser seguido pelos diferentes profissionais, o remanejo de pacientes psiquiátricos e a realização de novas pesquisas, bem como a replicação deste estudo.
Este estudo apresenta uma revisão sistemática sobre acolhimento em saúde em periódicos brasileiros. As bases de dados pesquisadas foram Bireme, MedLine, PubMed, SciELO e Science Direct. Utilizando como descritor único o termo "acolhimento", a pesquisa resultou na análise quantitativa e qualitativa de 40 artigos publicados entre 1999 e 2011. Os resultados indicaram que: os dois periódicos com maior número de publicações sobre o tema foram Cadernos de Saúde Pública e Ciência & Saúde Coletiva (25,0 e 22,5%, respectivamente); nos anos de 2004 a 2010, foram publicados sete artigos sobre o tema, e, em 2011, seis artigos foram encontrados. As áreas predominantes foram Saúde Pública/Coletiva (57,6%) e Enfermagem (39,4%). A análise qualitativa da variável "objeto de estudo" identificou artigos cuja investigação era os pontos de vista de usuários, profissionais e de ambos. Já a variável "percepções dos profissionais" ressaltou aspectos positivos do acolhimento. São necessários novos estudos que qualifiquem o conhecimento a respeito dessa forma de atendimento à população tanto nos serviços de atenção básica quanto de atenção especializada.
Resumo O Depoimento Especial (DE) é uma prática de escuta de crianças e adolescentes vítimas de abuso sexual que objetiva minimizar os danos causados por recorrentes testemunhos. O objetivo deste trabalho foi verificar a percepção de trabalhadores do Poder Judiciário sobre o DE, com foco na atuação do psicólogo, a partir de entrevistas com 20 profissionais do Estado do Rio Grande do Sul com experiência nesse método. A análise de conteúdo das entrevistas, com apoio do software webQDa, evidenciou três categorias (Papel do entrevistador, Funções do DE e Condições técnicas). Os resultados indicaram que diferentes profissionais podem exercer essa atividade e que a autonomia do entrevistador é dependente dos operadores com quem trabalha. O DE possui as funções tanto de comprovação do fato como de proteção e a experiência tem propiciado o aperfeiçoamento do método, ainda que sejam necessárias melhorias. O DE é um método em construção, dependente de seus trabalhadores e pleno de possibilidades de aperfeiçoamento.
ResumoEste trabalho apresenta uma revisão teórica sobre a tomada de decisão em situações de alegação de abuso sexual infantil. Profissionais de saúde mental em todo o mundo necessitam tomar decisões acerca da veracidade dessas alegações, sendo muitas julgadas erroneamente. Este artigo apresenta o abuso sexual como um problema mundial, destaca as relações entre a psicologia e a justiça e aborda estudos que demonstram as influências de variáveis como vieses cognitivos, crenças prévias e gênero sobre as decisões tomadas por profissionais que avaliam tais casos. É fundamental que os profissionais reconheçam essas variáveis para que erros sobre esses julgamentos possam ser evitados e para que se aumente a qualidade das avaliações psicológicas forenses. A necessidade de experiência e conhecimento científico é abordada como possível contribuinte para a qualificação dos psicólogos que atuam na área e é sugerida a realização de pesquisas sobre o tema no contexto brasileiro. Palavras-chave: Abuso sexual, Avaliação psicológica, Psicologia jurídica, Tomada de decisão. Forensic psychology and decision making in situations involving child sexual abuseAbstract This paper presents a theoretical review on decision making in situations of alleged child sexual abuse. Mental health professionals around the world need to make decisions about the veracity of these claims, many being wrongly judged. This article presents sexual abuse as a global problem, highlights the relationship between psychology and justice, and approaches studies that demonstrate the influences of variables such as cognitive biases, prior beliefs and gender on the decisions taken by professionals who assess these cases. It is essential that professionals recognize these variables so that errors on these trials could be avoided and the quality of forensic psychological assessments could be increased. The need for experience and scientific knowledge is discussed as a possible contributor to the qualification of psychologists working in this area and researches on this subject within the Brazilian context are suggested.
ResumoA nova metodologia de inquirição de crianças e adolescentes vítimas de abuso sexual pelo Poder Judiciário denominada Depoimento Especial tem sido discutida por profi ssionais de diferentes áreas do conhecimento. Dessas discussões, resultaram opiniões divergentes sobre o assunto. Esse artigo visa apresentar historicamente a metodologia do Depoimento Especial, primeiramente denominado Depoimento Sem Dano, e discutir as necessidades de a Justiça dialogar com outros saberes para um melhor direcionamento da realização deste ato processual -a ouvida da criança. Conclui-se, a partir da revisão de literatura e da interlocução entre Psicologia e Direito, que as discordâncias e debates legais não têm contribuído para a proteção das vítimas. O Poder Judiciário e outras áreas do conhecimento precisam fortalecer suas habilidades para trabalhar em conjunto numa interlocução respeitosa e equânime troca de conhecimentos. A realização da nova metodologia é possível e necessária, entretanto, mudanças podem trazer benefícios e maior proteção a crianças e adolescentes brasileiros. Palavras-chave:Depoimento especial, depoimento sem dano, inquirição, abuso sexual, Psicologia Jurídica. Special Testimony: Beyond Legal Confl icts and in Favor of the Protection of Children and Adolescents Victims of Sexual Violence AbstractThe Judiciary Inquiry method of testimony for children and adolescents who suffered sexual abuse, called special testimony, has been discussed by professionals and there are divergent opinions about it. This article aims to present historically the Special Inquiry method that has been used in Brazil, fi rstly named Testimony without Damage, and discuss the needs of the area for a better direction of this activity. The 1 Endereço para correspondência:
Resumo Discussões sobre o papel de profissionais da Psicologia na escuta de alegações de violência sexual contra crianças e adolescentes têm emergido em todo país. Escuta especializada, depoimento especial e perícia psicológica são procedimentos previstos na legislação brasileira em diferentes momentos de uma alegação de violência sexual, dentro do Sistema de Garantia de Direitos. Enquanto os dois primeiros podem contar com profissionais de outras áreas, a perícia psicológica é atribuição privativa dos psicólogos. Tendo em vista que a principal fonte de informações sobre os eventos alegados é a criança, este artigo de revisão narrativa tem como objetivo discutir a escuta do psicólogo/a sobre alegações de violência sexual nos contextos da escuta especializada, do depoimento especial e da perícia psicológica. O artigo também tem como objetivo apresentar diretrizes gerais para entrevistas com crianças e adolescentes, consideradas na literatura como boas práticas nesse campo de atuação. Considerando a entrevista como o ponto comum entre esses três procedimentos, recomenda-se o uso de questões abertas, preparação do local em que a entrevista será conduzida e o uso de protocolos empiricamente validados para obtenção do relato sobre o evento alegado. Observou-se que tanto na literatura especializada como na legislação brasileira ainda se faz necessário esclarecer a operacionalização de “escuta especializada”, pois pode dificultar a atuação efetiva dos profissionais que atuam em serviços de proteção e atendimento a crianças e adolescentes.
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