Este artigo constitui um relato de experiência, o qual aborda e problematiza o registro de informações nos prontuários coletivos em equipes de Saúde da Família pelos profissionais de Psicologia vinculados a um Programa de Residência Multiprofissional. O Conselho Federal de Psicologia destaca que o psicólogo, em serviço multiprofissional, deve fazer uso do prontuário único, registrando apenas as informações necessárias aos objetivos do trabalho. Essa questão é complexa uma vez que envolve aspectos éticos e de sigilo profissional. Entretanto, entende-se que tal temática precisa ser discutida pelos profissionais de Psicologia e no cotidiano das equipes, para qualificar o cuidado em saúde. Palavras-chave: psicologia; saúde da família; sistema único de saúde; registros de saúde pessoal; troca de informação em saúde.
Resumo Este artigo buscou identificar as condições de trabalho de psicólogas(os) decorrentes da terceirização do trabalho na Política de Assistência Social. Participaram da pesquisa 12 profissionais que atuaram nos serviços socioassistenciais entre os anos de 2013 a 2017, em um município do interior do Rio Grande do Sul, Brasil. Os dados foram obtidos por meio de entrevistas e analisados a partir da Análise de Conteúdo. Entre os resultados identificou-se que a precarização do trabalho no Sistema Único da Assistência Social (SUAS) perpassa o processo de seleção, as formas diversas de contratos, seus decorrentes itens (carga horária, função, remuneração, Educação Permanente e encerramento) e o estabelecimento de relações baseadas no medo e intimidação. Tais informações refletem um processo de despotenciliazação das trabalhadoras, uma vez que elas são as principais ferramentas de trabalho desta política.
Resumo Este estudo buscou apresentar elementos sobre a caracterização de psicólogas(os) do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e seus processos de inserção no nível de Proteção Social Básica (PSB) da cidade de Porto Alegre (RS), além de discutir as transformações no mundo do trabalho que, nas últimas décadas, têm atingido em maior grau a prática profissional no campo da política social. Participaram da pesquisa 27 profissionais; os dados foram obtidos por meio de entrevistas e construídos sob os princípios da Teoria Fundamentada (TF). Os resultados indicaram que as(os) trabalhadoras(es) estão submetidas a condições adversas de formação das relações de trabalho, desde o modo de contratação até o desenvolvimento das atividades rotineiras do trabalho. Por ser um campo em expansão, a materialização da atenção às necessidades sociais da população ainda carece de construções epistemológicas próprias para sua efetivação. A caracterização das(os) trabalhadoras(es) psicólogas(os) aponta inúmeros desafios para a construção de fazeres e saberes comprometidos com direitos sociais.
Este relato de experiência objetiva compartilhar a vivência de tutoria do núcleo de psicologia na ênfase da Atenção Básica/Estratégia Saúde da Família em seu processo de reinvenção durante a pandemia de Covid-19. Considerando o contexto vigente, fez-se necessário repensar o espaço da tutoria de maneira a dar continuidade às atividades pedagógicas, mesmo numa situação que exigia que elas fossem realizadas de modo remoto. Diante desse imperativo, foi preciso reorganizar nossa modalidade de trabalho, transpondo os encontros presenciais para o modo virtual, fazendo destes momentos de aprendizagens e trocas significativas das vivências atravessadas pela situação da pandemia. O caminho construído pelas residentes na circunstância da pandemia exigiu mudanças nas práticas da psicologia e nos processos de inserção e de trabalho no território. Entretanto, o maior desafio foi não se deixar paralisar. Assim, ancoradas em uma perspectiva da psicologia sócio-histórica, construímos uma prática pautada nos afetos, na ética e na ação coletiva. Assumindo o compromisso e o comprometimento com uma psicologia capaz de se reinventar, sendo criativa, inventiva e propositiva.
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