El objetivo de este texto es presentar los debates en la academia brasileña sobre el concepto de raza y cómo y porqué es aquí considerado como un factor de movilización negra de ese país. Consideramos el término raza como una construcción social a partir de la cual se produce un problema social y político, que es el racismo y la discriminación. La hipótesis que aquí se plantea es que la raza, en sus diversas formas de exclusión social (como la discriminación racial o de color, el racismo y la desigualdad), es el elemento estructurador de la movilización de este sector de la población brasileña, especialmente reflejado en el Estado de São Paulo. Las formas de exclusión a las cuales nos referimos aquí, pueden ser también consideradas como oportunidades para la acción política de las diversas formas de movilización política de la población afro-brasileña presentes en el país desde las primerasdécadas del siglo XX.
<div><p>Ann Mische possui bacharelado em Filosofia pela Universidade de Yale, com Mestrado e Doutorado em Sociologia pela New School for Social Research. Suas áreas de interesse se concentram na Sociologia da Cultura e dos Movimentos Sociais. Seus trabalhos são referência para quem pesquisa a partir da Sociologia Relacional e da análise de redes. Atualmente, é professora de Sociologia e de estudos de conflito e paz no Kroc Institute for International Peace Studies e no Departamento de Sociologia da Universidade de Notre Dame, em South Bend, Indiana, nos Estados Unidos.</p><p>A socióloga norte-americana desenvolveu sua tese doutoral que analisou a participação de movimentos sociais e redes de jovens na luta pelo <em>impeachment</em>, em 1992, com orientação do professor Charles Tilly. Depois, elaborou a tese em um livro mais extenso e detalhado sobre redes de movimentos juvenis no período da redemocratição, intitulado <em>Partisan publics: communication and contention across Brazilian youth activist networks</em>. Nessa obra, Mische trata da relação entre associações cívicas e partidárias entre jovens brasileiros, durante os anos de transição e reconstrução democrática, examinando, para tanto, as afiliações múltiplas de ativistas. Isso ajudou a entender os diversos tipos de lideranças políticas, sobretudo por meio da análise de redes, interpretativa e histórica.</p><p>O livro foi publicado em 2008, pela Princeton University Press, e obteve menção honrosa de melhor obra em Sociologia Política da Associação Americana de Sociologia, em 2009. A professora Ann Mische esteve no Brasil a convite do Laboratório de Pesquisa Social (Laps) do Departamento de Sociologia da USP e ministrou a conferência “‘Vem pra rua, mas sem partido’: ambivalência partidária e a reconfiguração do ativismo no Brasil”. A entrevista a seguir foi realizada no dia 04 de agosto de 2014 e se atém à sua trajetória acadêmica, sua pesquisa no Brasil e à atualidade dos movimentos sociais no país.</p></div>
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.