O debate contemporâneo sobre experiências alternativas de organização do trabalho e da produção se encontra no Brasil dominado pela chamada “economia solidária”. Disseminadamente conhecidas como “cooperativas” ou “fábricas e empresas recuperadas”, muitas dessas experiências evidentemente não são novas, remontando às primeiras práticas de resistência e de auto-organização social protagonizadas pela classe trabalhadora. Ao mesmo tempo, sua condição e potencial de “alternativa” societária em variadas circunstâncias são minimizados e mesmo colocados em xeque pelo modo como estas se inserem no âmbito de relações de subordinação e dependência com agências, mecanismos e operadores do Estado e do mercado capitalista. O artigo em questão pretende apresentar um suscinto balanço crítico do repertório teórico mobilizado por expoentes da economia solidária à luz de perspectivas oriundas do campo anarquista e marxista heterodoxo, relacionando-o com a proposta da “economia participativa” (PARECON). Dessa forma, espera-se contribuir com uma crítica a este marco teórico através da recuperação do sentido antissistêmico do conceito de autogestão, subsidiando a reflexão e análise relativas a tais experiências
A adolescência representa uma fase da vida em que envolve transformações físicas e psicológicas. Esse período perpassa por um processo amplo no desenvolvimento psicossocial, em que fatores socioculturais têm forte influência sobre sua identidade. Os adolescentes apresentam comportamentos de risco, como consumo de drogas e álcool, envolvimento em situações de violência e o contágio com Infecções Sexualmente Transmissíveis. Essas atitudes os tornam exposto a situações de vulnerabilidade, logo, percebe-se a necessidade de encorajar mudanças no comportamento, por meio das práticas em saúde. O ambiente escolar representa um espaço diferenciado no empoderamento dos adolescentes. Objetivo: compartilhar a experiência de acadêmicas de enfermagem na promoção da saúde de adolescentes. Metodologia: relato de experiência desenvolvido por acadêmicas do Curso de Enfermagem da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), Sobral, Ceará, por meio de atividades educativas direcionadas à promoção da saúde do adolescente no contexto escolar, mediada pelo Projeto Flor do Mandacaru. As intervenções tiveram como prioridade temáticas relacionadas a saúde sexual e reprodutiva. Dispuseram de metodologias ativas, com o intuito de atrair os participantes, e proporcionar a construção de conhecimentos e saberes de modo dinâmico e interativo. Resultados: Observou-se o desconhecimento, estigmas e tabus no que tange às IST. As facilitadoras sanaram dúvidas e compartilharam informações significativas para o empoderamento dos adolescentes, intentando-se a formação de sujeitos críticos e reflexivos frente o seu próprio cuidado em saúde. O indivíduo com conhecimento sobre sua saúde é capaz de 19 ATUALIDADES SOBRE A SAÚDE assumir atitudes convenientes perante situações que ameaçam a sua qualidade de vida.Conclusão: A educação em saúde no espaço escolar contribui para a promoção da saúde de adolescentes. As facilitadoras passaram a ser mais sensíveis a interface do cuidado de enfermagem na escola com o adolescente, como um cenário favorável para efetuação de práticas educativas sobre a saúde sexual e reprodutiva.
Considerada uma das fundadoras da pedra angular da sociologia urbana, a assim chamada Escola Sociológica de Chicago foi responsável por um dos mais ousados esforços de elaboração de síntese teórica no moderno campo sociológico, encontrando relevantes pontos de contato entre as teorias de Georg Simmel e Ferdinand Tönnies, para mencionar dois “cânones” ainda não muito referenciados nos dias de hoje. Tomando a cidade (ou o “fenômeno urbano”) como sua unidade de análise por excelência, promoveu, lado a lado a uma perspectiva teórica original, uma vigorosa agenda de pesquisa e refinada abordagem empírica dos fenômenos sociais urbanos, inclusive, abrindo passagem para o desenvolvimento ulterior de outras linhagens sociológicas. O objetivo desse artigo é realizar um breve e modesto balanço do repertório e da gramática conceitual elaborados no período formativo da Escola de Chicago, especialmente através da contribuição de figuras pioneiras de Robert Park, Roderick McKenzie e Ernest Burgess. Considero que o movimento teórico/programa de pesquisa conhecido como Ecologia Humanafoi o primeiro a buscar uma solução, fortemente ancorada em uma abordagem empírica, para compreender as correlações possíveis entre certas configurações sócio-espaciais e disposições comportamentais dos indivíduos em sociedades urbanas modernas, contribuindo para a emergência e consolidação da noção de sociabilidade urbana.
Este pequeno e modesto ensaio pretende, à luz de elementos oriundos da clássica Teoria dos Humores de Hipócrates e Galeno, alçar uma interpretação dos principais argumentos contidos nos textos de Charles Baudelaire Paraísos Artificiais e Do Vinho e do Haxixe como uma releitura aristotélica do problema do gênio e das potências criadoras, manifesto pela ação da bile negra ou de drogas estimulantes como o haxixe, o ópio e o vinho, bem como refletir sobre sua relação com um projeto e uma visão de homem/humanidade promovidos pela cultura renascentista, retomados e ressignificados pela modernidade através da noção de autonomia da vontade.
Resumo: Ao longo das últimas décadas, os Estados de intenção democrática vem experimentando um desafio de grande magnitude que tem, nas bandeiras levantadas por um novo conjunto de movimentos sociais, o seu mais notável sintoma: em especial, a crise do estatuto da representação política. Esta crise estaria a afetar, de modo radical, os nexos de vinculação entre as instituições do Estado e o restante da vida social, e, no limite, poderia condenar a validade do desenho que atualmente dá cores e contornos aos dispositivos de inspiração democrática das poliarquias contemporâneas. Nesse artigo apresentamos duas hipóteses para pensar a crise da representação diante das interfaces entre movimentos sociais e democracia. Além do mais, ancorando nossas reflexões no atual circuito da indignação global, nos propomos a identificar os significados e desdobramentos de um duplo problema: de um lado, as condições de possibilidade de constituição de um horizonte democrático erigido para além das fronteiras normativas e institucionais da forma-Estado e da forma-Capital, de outro, o sentido de alguns entraves epistemológicos que operam com o poder de mantra na imaginação sociológica e política moderna, prisioneira do estadocentrismo enquanto princípio ontológico de construção da ordem social. Palavras-chave:Representação. Estado. Democracia. Movimentos Sociais.
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