O estudo avaliou interações entre descrições de contingências e comportamento adquirido por relação acidental com reforço (comportamento “supersticioso”). Quatro adultos participaram de uma atividade feita no computador. Cada sessão foi composta de períodos de 30s nos quais os participantes poderiam responder com um mouse a um retângulo que aparecia no monitor do computador. Após o término de cada período de 30s, havia um intervalo de 10s no qual o participante poderia pedir para encerrar a sessão. Para cada participante foram realizadas quatro sessões. Em cada sessão, vigorava apenas uma contingência para apresentação de pontos: VR 6, extinção, extinção e VT 8 s. No início das duas últimas sessões, era dito aos participantes que respostas no retângulo produziriam pontos. Três participantes responderam mais na última sessão do que na terceira, mostrando que instruções que sugerem relação entre resposta e mudança ambiental podem facilitar a aquisição de comportamento “supersticioso”.
Estudos com sujeitos não humanos mostraram que o estabelecimento de controle inadvertido pela localização pode prejudicar a aquisição de relações condicionais em procedimentos de matching-to-sample (MTS). O objetivo do Experimento 1 foi verificar se esse fenômeno ocorreria com indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) em sessões de treino com MTS sem procedimentos adicionais que pudessem favorecer a aquisição, tais como procedimentos de esvanecimento, dicas e correção. Todos os três participantes mostraram controle pela localização mesmo depois de completar um mínimo de 50 sessões de treino com MTS arbitrário com dois estímulos de comparação. Um segundo estudo foi realizado para verificar se o controle pela localização ocorreria durante o procedimento MTS usando três estímulos comparação. Dezesseis participantes completaram duas sessões de treino. Os resultados deste estudo indicam que 13 desses participantes exibiram controle pela localização no início do treino. Em conjunto, os resultados de ambos os experimentos indicam que o controle pela localização pode prejudicar a aquisição de relações condicionais em indivíduos com TEA, utilizando procedimentos MTS, sem procedimentos adicionais de aprendizagem sem erro, como apresentação ou esvanecimento de dicas.Palavras-chave: controle por localização, matching-to-sample, discriminação condicional, Transtorno do Espectro Autista.
Os objetivos do presente estudo foram (1) identificar controle restrito de estímulos no desempenho de um menino autista em uma tarefa de matching-to-sample (MTS) que utilizou sílabas e palavras como estímulos e (2) avaliar um procedimento conhecido como resposta de observação diferencial (DOR), que impedia que o responder da criança aos estímulos comparação fosse baseado em apenas uma das sílabas da palavra apresentada como modelo. Foram conduzidas sessões de pré-teste em tarefas de MTS simultâneo (SMTS) ou com atraso (DMTS). Precisão em nível intermediários em tarefas de DMTS palavra/sílaba ou em tarefas SMTS palavra/palavra indicou que o participante respondia aos estímulos comparação com base em apenas uma das sílabas da palavra apresentada como modelo. A análise dos erros mostrou que, em geral, o participante respondia sob controle da primeira sílaba, escolhendo qualquer uma das palavras apresentadas como estímulo-comparação que tivesse a mesma primeira sílaba da palavra apresentada como modelo. Posteriormente, a precisão em linha de base DMTS palavras/sílabas foi comparada com a precisão em uma tarefa em que tentativas SMTS palavra/palavra eram intercaladas com tentativas DMTS palavras/sílabas. Os resultados indicaram que durante a vigência do procedimento com tentativas DMTS intercaladas às tentativas SMTS não ocorreu correção completa do controle restrito. No entanto, com o retorno à linha de base, observou-se a melhora no desempenho do participante, indicando a diminuição do controle restrito e mudança no padrão de erro. Palavras-chave: controle restrito de estímulos; resposta de observação; matching-to-sample; autismo.
Avaliação inicial de repertório é uma ferramenta importante para o planejamento de ensino e pode auxiliar na inclusão escolar de indivíduos com Transtorno do Espectro Autista. O IAR foi desenvolvido para avaliar repertório comportamental, pré-requisito para alfabetização de crianças com desenvolvimento neurotípicos. Este instrumento de avaliação é considerado uma ferramenta de avaliação eficaz, simples e de rápida e fácil aplicação. O objetivo do presente trabalho foi verificar a aplicabilidade do IAR em crianças com TEA. Participaram três meninos diagnosticados com TEA, com idades entre 8 e 9 anos, alfabetizados e matriculados no 2º e 3º ano fundamental do ensino regular. A aplicação do instrumento e a interpretação dos resultados foram realizadas a partir das instruções fornecidas no manual de aplicação do IAR. Ao final da avaliação, P1 apresentou desempenho indicativo de ‘muita dificuldade’ na maioria das áreas do instrumento (8 do total de 13). P2 demonstrou ‘muita dificuldade’ ou ‘alguma dificuldade’ em 10 áreas e P3 apresentou “alguma dificuldade” em 8. Esses resultados, aliados a outras medidas de pouco engajamento na tarefa, comportamentos disruptivos e padrões de erro, indicam que o formato original da avaliação pode dificultar a realização das tarefas por alunos com TEA. Futuros estudos deveriam investigar se adaptações ao instrumento poderiam torná-lo aplicável a alunos com o diagnóstico de TEA.
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