Embora sintomas de depressão e indicadores de bem-estar sejam tidos como teoricamente ortogonais, evidências sugerem, em contraste, uma correlação negativa entre eles. O presente estudo buscou testar diferentes modelos confirmatórios para explicar a relação entre sintomas depressivos e bem-estar subjetivo em crianças e adolescentes. Participaram 331 estudantes (M = 12,42 anos; DP = 1), que responderam ao Inventário de Depressão Infantil (CDI), à Escala Baptista de Depressão – versão infantojuvenil (EBADEP-IJ) e à Escala de Bem-Estar Subjetivo (EBES). O melhor ajuste ocorreu para um modelo bifator, em que indicadores relacionados à depressão carregaram positivamente em um fator geral, enquanto indicadores de bem-estar subjetivo carregaram negativamente, além de se conectarem positivamente a um fator específico de aspectos positivos. Os achados integram as perspectivas aparentemente excludentes de que a depressão e o bem-estar subjetivo são ou polos opostos de um contínuo, ou entidades independentes.
Neste artigo, são apresentados os resultados de uma pesquisa que investigou as pertenças aos vínculos em usuários de um grupo psicoterapêutico em um Centro de Atenção Psicossocial (Caps). É utilizada a metodologia qualitativa. O corpus, construído a partir da técnica de observação participante, consistiu em relatos provenientes da transcrição de gravações em áudio de oito sessões do grupo psicoterapêutico. Sua análise foi realizada através da análise textual qualitativa. O diário de campo da observadora baseou a caracterização do grupo e dos participantes da pesquisa, realizada a partir de uma perspectiva vincular, contemplando a complexidade do universo empírico. Da discussão dos resultados emergiu o argumento central da análise, indicando que as múltiplas pertenças dos usuários do grupo investigado referem-se a vínculos em seu grupo terapêutico e, também, a vínculos no Caps, no hospital psiquiátrico, na família e na sociedade.
Este artigo apresenta os resultados de um projeto de extensão universitária intitulado A equipe de saúde na comunidade, o qual, no período de agosto de 2008 a julho de 2009, viabilizou um trabalho de assessoria a 15 agentes comunitárias de saúde de 3 equipes da Estratégia Saúde da Família. Os objetivos do projeto foram abrir um espaço de reflexão sobre o cotidiano de trabalho das profissionais e possibilitar a construção coletiva de saberes sobre sua prática. As atividades foram realizadas por meio de grupos quinzenais de reflexão, efetuados na unidade básica de saúde do bairro em que as participantes trabalham. Os resultados apontam um aperfeiçoamento pessoal e profissional das participantes, que relataram transpor as reflexões efetuadas no grupo para os desafios de seu dia a dia. Elas também apontaram um aperfeiçoamento em relação a seu próprio grupo de agentes comunitárias, retomando uma percepção, que já haviam possuído anteriormente, de si mesmas como uma equipe em que há auxílio mútuo e troca de experiências. A execução desse projeto denota a possibilidade de potencializar o trabalho dos agentes comunitários de saúde através do investimento em seus recursos pessoais e relacionais, o que pode ser aprimorado ainda mais se associado ao trabalho da equipe de saúde.
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