A tomografia computadorizada é atualmente o estudo de imagem de escolha para a detecção e estadiamento de linfomas. A tomografia computadorizada é capaz de mensurar com acurácia significativa a extensão e o volume do tumor e prover informações que possam ser usadas para planejar uma estratégia terapêutica apropriada. O presente trabalho teve como objetivo descrever e analisar os achados de imagem obtidos por meio de tomografia computadorizada de tórax e abdome, acompanhada de ultra-sonografia de abdome total de pacientes com diagnóstico de linfoma e com sorologia negativa para o vírus HIV, alterações clínicas, como a queixa que levou o paciente a procurar o serviço de saúde, já revelando sinais de acometimento da doença linfocitária, neste momento ainda não diagnosticada, e alterações ao exame físico nesta primeira consulta. A amostra estudada foi composta por 30 pacientes, sendo que, destes, 40% teriam o diagnóstico de linfoma não-Hodgkin, 46,6% de linfoma Hodgkin, 10% de linfoma de Burkitt e 3,3% com o diagnóstico de linfoma linfoblástico. Unitermos: Linfoma. Tomografia computadorizada. Ultra-sonografia. INTRODUÇÃOManter-se atualizado ao rápido avanço das tecnologias de imagem é um desafio para radiologistas e clínicos, que devem integrar a maioria destes progressos a fim de otimizar os cuidados ao paciente, resultando no menor custo possível (1) . A tomografia computadorizada (TC) se destaca por oferecer informação adicional aos resultados obtidos com outros métodos diagnósticos, fazendo possível a detecção de infiltração linfomatosa em diversos ór-gãos abdominais, incluindo os gânglios retroperitoneais, pélvicos, mesentéricos e outros (1,2) . Além disso, a TC pode determinar a verdadeira extensão da enfermidade, de tal forma que se faz possível detectar o processo linfomatoso das diferentes cadeias ganglionares intra e retroperitoneais, assim como infiltração neoplásica ao fíga-do, baço, rins, pâncreas, tubo digestivo, entre outros (2,3) . A TC tem muitas utilidades na avaliação do linfoma de Hodgkin (LH) e do linfoma não-Hodgkin (LNH), definindo a extensão da doença para o estadiamento acurado, norteando o plano de tratamento, avaliando a resposta da terapia e monitorizando o progresso da doença e possíveis recidivas (4). A ultra-sonografia (US) é um método de imagem útil para a avaliação de adenopatias paraaórticas e também pode detectar linfonodos aumentados isolados de cadeias linfocitárias. No entanto, segundo Redman et al.(5) , o método mais acurado para a avaliação linfográfica superficial e profunda ainda é a TC. A incidência de LH e LNH é de 8% de todas as doenças malignas, entretanto esses linfomas são potencialmente curáveis. A extensão da doença é o fator mais importante que influencia a remissão e a sobrevida dos pacientes (1) . Os linfomas representam a sétima causa mais comum de mortes nos Estados Unidos. Oitenta por cento dos pacientes se apresentam ao médico com linfadenopatia superficial, geralmente localizada no pescoço e com menor freqüência na axila e na região inguinal (2) . Como os l...
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