O leite materno é o alimento considerado padrão-ouro para o lactente, trazendo diferentes benefícios, de cunho biológico, nutricional, econômico e psicossocial. Logo, propicia adequado crescimento e desenvolvimento infantil. Objetivo: Identificar o padrão de aleitamento materno de crianças assistidas na Atenção Básica e sua relação com o estado antropométrico nutricional. Metodologia: Estudo transversal, realizado de março a agosto de 2018, com amostra de 75 crianças clinicamente saudáveis com até seis meses de idade, cadastradas no programa de Crescimento e Desenvolvimento. Os dados foram coletados por meio de um questionário fechado. Para avaliar a relação entre padrão de aleitamento materno e estado antropométrico da criança empregou-se o Teste de Qui-quadrado de Pearson, e o Teste T de Student para amostras independentes. Resultados: A prevalência de Aleitamento Materno Exclusivo foi de 36%. Foram identificados desvios nutricionais como risco de sobrepeso (13,3%), muito baixo peso/baixo peso (9,3%), sobrepeso (4,0%) e obesidade (5,3%). Observou-se que as crianças que foram amamentadas exclusivamente, que estavam em aleitamento materno independente de outros alimentos e que mamaram nas primeiras horas de vida apresentaram adequações no peso, estatura e Índice de Massa Corporal quando comparado com aquelas que não foram amamentadas. Conclusão: Este estudo permite concluir que a prática da amamentação é considerada fator protetor para o adequado estado antropométrico de crianças nos seis primeiros meses de vida, revelandose como contributivo para saúde nutricional na infância e em ciclos posteriores da vida.
Introdução: A pandemia da Covid-19 possibilitou o agravamento da situação de insegurança alimentar e nutricional (IA) na população. Objetivo: Analisar as principais estratégias institucionais de enfrentamento da IA no contexto da pandemia da Covid-19 em municípios baianos. Métodos: Trata-se de estudo ecológico realizado no período de março a maio de 2020 em 44 municípios da Bahia. As informações foram coletadas por meio de consultas aos Diários Oficiais (DO) dos municípios, com levantamento das estratégias adotadas para o enfrentamento da IA. As estratégias identificadas foram classificadas nas dimensões: renda e condições de vida; saúde, nutrição e acesso aos serviços de saúde; produção e disponibilidade de alimentos; acesso à alimentação adequada e saudável e educação. Resultados: As principais estratégias de enfrentamento da IA adotadas foram da dimensão “renda e condições de vida” – com a oferta de incentivos fiscais (45,5%); a dimensão “acesso à alimentação adequada e saudável” – com estratégias de distribuição de alimentos ou cartão alimentação para alunos matriculados nas escolas (38,6%) e distribuição de cesta básica (34,1%). Conclusão: Este estudo revelou baixa cobertura das estratégias adotadas pelos executivos municipais baianos para enfrentamento da IA durante a pandemia da Covid-19. O estudo evidencia a necessidade de maior proteção social por meio de ações governamentais. É primordial que medidas intersetoriais de curto, médio e longo prazos sejam tomadas para atender, especialmente, às populações mais vulnerabilizadas, no intuito de mitigar os impactos sociais e econômicos durante e após a pandemia.
Introdução: o Recôncavo é um território de identidade da Bahia propenso a sofrer mais iniquidades sociais, o que pode gerar repercussões negativas nas condições de vida e saúde das crianças e, assim, impactar no Coeficiente de Mortalidade Infantil (CMI). Objetivo: analisar a associação entre os determinantes sociais e biológicos da saúde e a mortalidade infantil nos municípios do Recôncavo da Bahia, no período de 2010 a 2019. Metodologia: estudo ecológico, com dados de Sistemas de Informações em Saúde. Dados de CMI por 1000 nascidos vivos (NV) foram avaliados temporalmente no Recôncavo da Bahia, do ano de 2010 a 2019. Regressão Quantílica foi utilizada para análise do desfecho (CMI) e variáveis de exposição (determinantes). Resultados: o CMI no Recôncavo da Bahia apresentou importantes variações no período avaliado, passando de 9,7/1.000NV em 2010, para 13,1/1.000NV em 2019. Identificou-se associação positiva do CMI com Índice de Gini e uma associação inversa entre o CMI e Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM). Conclusão: no período de 2010 a 2019 houve um aumento de 35% no CMI, no Recôncavo da Bahia. A mortalidade infantil no Recôncavo da Bahia é determinada socialmente pelo Índice de Gini e IDHM. As condições de saúde das crianças podem sofrer consequências em um contexto de aumento da vulnerabilidade social e políticas de subfinanciamento da saúde.
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