Universidade Federal de Minas Gerais O presente artigo apresenta o contexto da pesquisa a respeito de museus de artista na América latina e na África. Inicialmente apresentamos o que compreendemos por museu de artista e sua relação com a museologia e a história da arte. Para depois analisarmos o Minimuseu Firmeza como obra de arte a partir da trajetória dos artistas Nice e Estrigas, descrevendo o trabalho realizado por eles na cidade de Fortaleza em defesa dos artistas e da história da arte no Ceará. Apresentamos uma análise das ações desenvolvidas relacionando-as a musealização da arte: salvaguarda e comunicação.Realização de ateliês, rodas de conversa, pesquisa, produção de fontes documentais, realização de exposições e publicações sobre arte.Argumentamos que todo esse trabalho de memória em defesa das artes acontece a partir de um museu comunitário que promove a escrita de uma história da arte contra-hegemônica, insurgente, que parte da chamada periferia das artes.
O presente artigo busca investigar na obra do artista Antônio Bandeira os indícios da sua imaginação museal. Analisa o pintor e a sua participação no fazer-se do mundo das artes em Fortaleza, antes da criação do Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará. E procura interpretar o significado de cadinho, este objeto-conceito, presente de maneira marcante na vida e na obra do artista. Na relação com a sua história familiar: a fundição do pai, o conhecimento do conceito de cadinho de raças entre os artistas ligados ao Bandeira, bem como críticos de arte e nos escritos autobiográficos de Bandeira. O artigo procura historicizar o conceito de cadinho de raças e sua repercussão no Brasil, como argumento que fundamentou a invenção de uma identidade nacional Brasileira, baseada na homogeneidade cultural. Procurando estabelecer semelhanças e diferenças entre a apropriação de Bandeira do cadinho e o projeto da nação brasileira. Para apontar algumas possíveis definições para o que viria a ser o museu-cadinho de Antônio Bandeira.
O presente artigo abordará a exposição da 7ª. Edição do Programa Bolsa Pampulha do Museu de Arte da Pampulha (MAP); analisaremos o papel dos artistas e dos curadores na elaboração de critérios de valores de musealidade. Em um primeiro momento, apresentaremos como uma residência artística pode contribuir para a formação da coleção dos museus; considerando um processo de diálogo entre artistas e curadores, o modelo de organização em série da coleção do MAP, do tipo exclusivo, possibilita uma escuta qualificada dos artistas, que questionaram nestas duas primeiras décadas do século XXI a identidade do referido museu. Em um segundo momento, descreveremos a exposição de 2019, em meio ao contexto de sensação de censura. Apresentaremos os valores identificados nas obras dos artistas, suas perspectivas plurais em defesa da presença da diversidade, tanto relacionadas à história da edificação como à história da cidade. Palavras-chave: Residências artísticas. Critérios de musealidade. Museu de Arte da Pampulha. Exposições de arte.
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