Este estudo teve como objetivo descrever o perfil da mortalidade por câncer de pulmão, traqueia e brônquios, no Estado de São Paulo, e desenhar um ensaio sobre os efeitos iniciais da Lei Antifumo sobre os padrões de mortalidade. Estudo descritivo, quantitativo, que englobou a mortalidade por esta neoplasia (C33-34) no período entre 2001-2008 e 2010-2017, extraído do Sistema de Informação de Mortalidade. As variações da mortalidade anterior e posterior à Lei foram verificadas por meio das taxas de mortalidade e das distribuições da mortalidade segundo: raça, escolaridade e estado civil. Foram registrados no Estado de São Paulo 88.887 óbitos por câncer de traqueia, brônquios e pulmão, sendo 38.671 (43,51%) antes da Lei Antifumo e 50.216 (56,49%) posterior a Lei. Nos anos estudados, houve crescimento no número/taxa de óbitos, principalmente no sexo feminino. Na comparação antes/após a Lei houve diminuição de mortes no: sexo masculino, menores de 50 anos, brancos, solteiros e escolaridade entre 4-7 anos. O crescimento dos óbitos na população feminina revela sua recente adesão ao tabagismo, expondo a necessidade de políticas públicas para seu controle com maior potencial resolutivo. Ressalta-se a importância de garantia de Legislação pertinente, bem como de Políticas Públicas direcionadas a prevenção e controle do tabagismo, principalmente aos grupos de maior vulnerabilidade.
O objetivo deste trabalho foi descrever o perfil da mortalidade por acidentes de transporte terrestre (ATT) no estado de São Paulo e os efeitos da Lei Seca sobre a taxa de mortalidade. Foram selecionados, pelo Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), os óbitos com os códigos V01-V89 determinados na 10ª revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID-10), tendo como causa o ATT. Calculou-se, para 8 anos antes e 9 anos após a Lei, a taxa de mortalidade por ATT de acordo com faixa etária e sexo. Além da distribuição (absoluta e percentual) da mortalidade por ATT relacionados as variáveis: faixa etária, sexo, raça, escolaridade, estado civil, categoria da CID-10 e por departamentos regionais de saúde (DRS). Os resultados mostraram uma tendência de aumento de óbitos por ATT antes da Lei e uma queda nos óbitos após a Lei, além de maior frequência de mortalidade no sexo masculino, entre 20-39 anos, solteiros, brancos, com escolaridade de 4-7 anos antes da Lei e de 8-11 anos após a Lei. Maior mortalidade nos Municípios da Grande São Paulo, Baixada Santista, Registro e Taubaté tanto antes como após a Lei; maior registro de mortalidade por outros ATT antes da Lei e uma maior frequência de pedestres traumatizados por ATT após a Lei. Conclui-se então que a implementação da Lei Seca interferiu positivamente na taxa de mortalidade observada no período e nas variáveis analisadas.
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