O bem que falta na cesta: o artesanato no território Quarta Colônia, RS Introdução Artesanato é toda atividade produtiva que resulte em artefatos acabados, feitos manualmente ou com a utilização de meios rudimentares, com habilidade, destreza, qualidade e criatividade (WORLD CRAFTS COUNCIL, 1996). Além de prover bens materiais para a comunidade que o gerou, o artesanato é um dos meios mais importantes de representação da identidade de um grupo social, pois através dele valores coletivos são fortemente expressados. A expansão da produção industrial ao longo do século XX fez com que muitos acreditassem no desaparecimento gradativo da produção artesanal de bens. Porém a permanência da produção artesanal nas sociedades industrializadas, e mesmo pós-industriais, suscita diferentes interpretações. Uma das mais importantes é a que acredita na crescente importância que a dimensão simbólica tem desempenhado nas relações sociais contemporâneas, compondo configurações sociopolíticas e econômicas complexas e possibilitando emergências e mudanças nos mercados (BAUMAN, 2008; BORGES, 2011; MELLO, 2016). A valorização recente do artesanato vem ao encontro da abordagem territorial do desenvolvimento, que ressalta a importância de se considerar os aspectos culturais e simbólicos do território para se obter um desenvolvimento com protagonismo de atores locais, buscando atender às suas necessidades e anseios. O desenvolvimento territorial prevê a mobilização dos atores na elaboração de uma identificação coletiva com uma cultura e um território (PECQUEUR, 2005). Assim, o território pode ser visualizado como campo de disputa, onde os atores
No globalizado mundo contemporâneo, a valorização de especificidades territoriais se tornou fundamental para a afirmação dos grupos sociais frente à alteridade. Ao considerarmos o artesanato como o resultado de uma atividade produtiva que alia destreza manual com criatividade, por vezes perpassando gerações, o saber-fazer artesanal pode ser representativo de uma expressão identitária vinculada ao território de origem. As comunidades remanescentes quilombolas possuem forte identificação cultural, que muitas vezes não é traduzida para os consumidores de seus produtos. Neste cenário, o presente artigo discorre sobre potencialidades do acionamento do artesanato como expressão de identidade territorial em duas comunidades quilombolas do Centro Serra do Rio Grande do Sul, Júlio Borges (Salto do Jacuí) e Linha Fão (Arroio do Tigre). Metodologicamente, adotou-se princípios da pesquisa-ação, tendo o estudo de caso como procedimento e recorrência à observação participante, entrevistas abertas e rodas de conversa. Por fim, ressaltamos a relevância de se aprofundar a reflexão sobre o artesanato identitário, trazendo visibilidade a saberes e fazeres que vêm recebendo renovada atenção no contexto atual de expressivo apreço pelo consumo de bens culturais.
O presente artigo busca ilustrar a utilização do patrimônio edificado como referência criativa para o design de superfície, tendo como principal objetivo a valorização da arquitetura art déco existente na cidade de Santa Maria (RS), que possui um vasto acervo de edificações no estilo citado. Com base nessa proposta, o artigo apresenta noções sobre patrimônio cultural e edificado e discorre, brevemente, acerca da arquitetura art déco, enfatizando o movimento no município. Aspectos conceituais do design de superfície também são abordados, trazendo reflexões a respeito do seu papel na valorização do patrimônio. Por fim, detalha-se o processo criativo utilizado no desenvolvimento da coleção Santa Déco, a qual foi inspirada em elementos arquitetônicos do estilo art déco presentes em Santa Maria e resultou em quatro linhas de estampas, que foram aplicadas em cerâmicas utilitárias e permitiram demonstrar a relevância da aproximação entre as áreas do design de superfície e do patrimônio cultural.
RESUMOO patrimônio cultural imaterial consiste em práticas, técnicas e expressões, assim como das ferramentas e artefatos a eles associados. Neste contexto, serviços de assessoria rurais podem incorporar a cultura local para alcançar o desenvolvimento rural. O objetivo deste artigo é o de analisar o quadro jurídico internacional em relação ao desenvolvimento rural, buscando contextualizar a relação entre este e a cultura local, nas experiências brasileiras de Assistência Técnica e Extensão Rural. Os dados foram coletados em pesquisa bibliográfica e documental. Os resultados indicam que os serviços de consultoria rural podem encontrar novas alternativas para o desenvolvimento rural, utilizando o patrimônio cultural imaterial.Palavras-chave: Cultura. Bens Culturais. Desenvolvimento rural. Extensão Rural. Brasil. ABSTRACTThe intangible cultural heritage consists of practices, techniques and expressions, as well as the tools and artifacts associated with them. In this context, rural advisory services can incorporate the local culture to achieve rural development. The purpose of this article is to analyze the international legal framework in relation to rural development, seeking to contextualize the relationship between it and the local culture, the Brazilian experiences of Technical Assistance and Rural Extension. Data were collected on bibliographical and documentary research. The results indicate that the rural advisory services can find new alternatives for rural development, using the intangible cultural heritage.
A importância da ergonomia no design de produtos é notória na atualidade, porém, faz-se ainda mais evidente no esporte, onde adequações antropométricas podem evitar lesões e/ou contribuir para aprimorar a performance dos/as atletas. Dada a relevância da atuação do design no meio esportivo, o presente artigo apresenta o desenvolvimento de um utensílio para auxílio no manuseio das rédeas no cavalo, visando fornecer maior segurança e controle durante a prática de hipismo. O processo projetual teve foco na ergonomia e o produto foi desenvolvido em constante iteração com os usuários, por meio de sucessivas rodadas de Análise da Tarefa. O resultado final foi bem sucedido, fixando-se na rédea com segurança, praticidade e conforto, e, consequentemente, propiciando um melhor desempenho do cavalo durante os treinos.
Ancorada nas interações entre local e global, a projeção identitária passa a ser estratégica na busca de oportunidades em nome do desenvolvimento. O Caderno Quarta Colônia foi parte de uma estratégia de visibilidade midiática que visava promover uma imagem identitária territorial, porém, embora presente nas narrativas históricas da italianidade recorrentes no território, a visibilidade dada ao artesanato foi menos intensa do que a outros ativos, indiciando o caráter seletivo dos processos de projeção identitária tecidos em nome do desenvolvimento dos territórios.
Este artigo apresenta uma reflexão sobre o design para a inovação social a partir de uma experiência extensionista que aproximou acadêmicos da
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