Energia elétrica se tornou um recurso essencial para a manutenção das dinâmicas econômicas e sociais. A ampliação e difusão do uso de equipamentos e processos mecanizados, bem como a adesão a modos de vida mais dependentes dessas comodidades têm contribuído para a ampliação sucessiva dos gastos energéticos. Por outro lado, a geração de energia elétrica, a partir de finais do século XX passou a vivenciar entraves, principalmente a partir das preocupações ambientais. No Brasil, as grandes plantas energéticas envolvem importantes impactos ambientais, como desmatamento, deslocamento de comunidades tradicionais, desequilíbrio das relações ecológicas, efluentes que alteram a qualidade da água, ar e solo e causam danos à saúde humana. A partir dessas premissas, o trabalho analisa relatórios nacionais e os coteja com revisão bibliográfica para explorar a possibilidade de uma expansão energética alternativa baseada em microgeração distribuída (GD) através da implantação de painéis solares em residências, industriais e estabelecimentos de comércio e serviço. A GD se torna interessante ao evitar não só as gerações em grande escala, mas também a onerosa distribuição de energia por grandes linhas de transmissão. Além disso, o sistema se mostrou altamente aplicável no país devido ao grande potencial fotovoltaico, à facilidade de instalação, aos baixos impactos ambientais e ao payback a partir de 5 anos. Por fim, considera-se que a GD é uma boa estratégia de transição, que permite a inserção gradual de energias mais limpas no sistema e pode ser implantada com certa facilidade desde que apoiada pelo poder público, privado e das concessionárias.
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