RESUMOOBJETIVO. O climatério é um período de grandes transformações em que a qualidade do sono usualmente se deteriora. O objetivo foi avaliar subjetivamente a qualidade do sono em mulheres no climatério (35 a 65 anos). MÉTODOS. Um questionário contendo informações pessoais, hábitos/saúde, sexualidade e sono foi aplicado a 271 mulheres. RESULTADOS. A amostra estudada constituiu-se principalmente de mulheres casadas, ativas profissionalmente, de alta condição econômica e escolaridade, não usuárias de terapêutica hormonal da menopausa (THM), com hábito freqüente de ingerir café e com pouco consumo de álcool/tabaco. A maioria das participantes tinha hábito de jantar e de praticar atividade física. A avaliação subjetiva da qualidade do sono foi considerada ruim por 29% das mulheres da amostra. A menopausa e a autopercepção de saúde foram as únicas variáveis que exibiram relação estatisticamente significante com a qualidade do sono. Mulheres na perimenopausa (ou seja, entre 45 anos e até um ano após a menopausa) e após menopausa cirúrgica declararam a pior qualidade de sono, enquanto mulheres na pré-menopausa revelaram a melhor qualidade de sono. Mulheres que se consideravam saudáveis informaram melhor qualidade de sono do que as que declararam problemas de saúde. CONCLUSÃO. A qualidade do sono piora durante o climatério e nas mulheres que se percebem doentes; ademais, há um grande desconhecimento de regras básicas de higiene do sono entre as mulheres.UNITERMOS: Sono e climatério. Qualidade do sono. Avaliação subjetiva do sono INTRODUÇÃOO climatério feminino é um período de grandes transformações físicas e emocionais em que o principal evento é a menopausa, a última menstruação. Notelovitz 1 considera o climatério como sendo o período que se estende dos 35 aos 65 anos. Esse longo período abarcaria diferentes fases. A fase mais sintomática do climatério, a perimenopausa, tem sido conceituada mais recentemente como o intervalo que se estende dos 45 anos até um ano após a instalação da menopausa 2 . Durante o climatério, além dos sintomas típicos de fogachos, sudorese noturna e atrofia cutâneo-mucosa, surge uma queixa muito negligenciada pelos médicos, a insônia. Muitas variáveis têm sido implicadas para entender o binômio climatério-dificuldades do sono; entre elas destacam-se as sociodemográficas (idade, estado civil, escolaridade, emprego, facilidade/dificuldade para custear as necessidades básicas), as psicológicas (tensão, depressão, irritabilidade e disparada cardíaca), as de suporte social (amigos, parentes), as relacionadas aos sintomas vasomotores (fogachos e sudorese), as de comportamentos voltados à saúde (atividade física, consumo de cigarros e IMC), as relativas às condições médicas (diabetes, hipertensão, problemas cardíacos, osteoporose, câncer) e as de autopercepção com relação à saúde, ou seja, se a pessoa se percebe como tendo, ou não, boa saúde 3 . Apesar de alguns estudos relatarem que as dificuldades do sono aumentam sensivelmente durante a transição da menopausa 4-6 , nota-se que este período é rel...
Este artigo é um exercício de análise do comportamento verbal das participantes de um grupo de menopausa (inclusive da psicóloga responsável pelo grupo). A análise do comportamento verbal foi feita usando-se o modelo da tríplice contingência (antecedente-comportamento-conseqüente). Antes de se chegar a essa análise, três passos foram dados: uma apresentação do que seria análise funcional, uma apresentação do que seriam os grupos de menopausa e uma preparação para a análise funcional de grupos (escolha do comportamento verbal como comportamento de interesse, levantamento da freqüência das verbalizações das participantes, escolha da participação verbal mais frequente a da psicóloga, como Comportamento de interesse e categorização dessa participação). Na última parte do artigo a categoria dar informação, a mais freqüente nas falas da psicóloga, foi analisada em função de seus antecedentes e conseqüentes sendo, então, inserida no modelo da tríplice contingência.
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