A formação do artista, diferentemente do que dita o senso comum, depende de um longo processo de formação, que se estende por toda sua vida profissional. Na maioria dos casos, acontece em cursos não formais de teatro, dança, artes plásticas e em conservatórios musicais. No que tange à vida profissional, o artista tem que trabalhar para garantir seu sustento, mas, em grande parte dos casos, a produção artística é vivenciada como forma paralela de trabalho e não como meio principal de ganho. O artista vive majoritariamente de cachês, freelancings, trabalhos por projeto, sem qualquer vínculo estável que lhe garanta a subsistência. Poucos são os artistas que conseguem vencer as barreiras do mercado de trabalho e viver exclusivamente de sua arte 1. Traçando um paralelo entre formação e trabalho, a docência universitária em artes aparece hoje, no Brasil, como uma das possibilidades de emprego estável de trabalho para o artista. No entanto, como fazer e ensinar arte numa instituição burocrática, repleta de normas e de critérios de avaliação, como é o caso das instituições universitárias, sejam elas públicas ou privadas? As contradições e os conflitos inerentes ao trabalho do artista plástico como professor do ensino superior no Brasil são o objeto da discussão que Célia Maria de Castro Almeida realiza no livro Ser artista, ser professor: razões e paixões do ofício, fruto de sua tese de doutorado defendida em 1992, na Faculdade de Educação da Unicamp, sob orientação de Milton José de Almeida-autor do prefácio do livro. A autora, que na ocasião da pesquisa era professora do curso de Licenciatura em Educação Artística da Unicamp, realizou entrevistas com artistas plásticos, todos professores de diferentes instituições universitárias-públicas e privadas-e focalizou múltiplos aspectos, tanto da arte como do ensino, entrelaçando-os por meio da experiência relatada pelos artistas-professores.
possui uma enorme gama de produções artístico-culturais, muitas delas realizadas de forma autônoma por pessoas de sua comunidade acadêmica, de todos os segmentos-docentes, estudantes, técnico-administrativos e pesquisadores. O site Guia Cultural Unicamp, oferece dados para o entendimento dessa dimensão. Muitos desses projetos são realizados sem qualquer tipo de suporte institucional, ou buscam esse apoio fazendo solicitações pontuais em diferentes instâncias da Universidade. Com este projeto criou-se um fluxo de procedimentos para essa demanda, amplificando seu alcance e estabelecendo regras claras, que permitiram o acesso qualificado e igualitário para toda a comunidade universitária ao suporte logístico e financeiro disponibilizado.
Duas pessoas, em especial, tive a sorte e também a honra de encontrar em meu caminho nesta Universidade e que, em diferentes momentos, acreditaram em mim, abrindo-me novos horizontes. A ambos credito a existência deste trabalho: Prof. Dr. Fernando Ferreira Costa, que me permitiu conhecer a verdadeira vida acadêmica e acreditar que eu era capaz de contribuir um pouquinho com esse mundo tão fascinante; Prof. Dr. Luiz Carlos de Freitas, grande mestre, que me possibilitou a participação intensa e me orientou no debate e na vivência política dentro do ambiente universitário, ensinando-me os caminhos para que eu pudesse me guiar, depois, por minhas próprias idéias. Aos meus amigos do Hemocentro da Unicamp, onde passei quatorze dos dezoito anos em que estou nesta Universidade, em especial à Profa. Dra. Sara Saad -responsável pelo início desta pós-graduação -e aos meus amigos que, por não poder citá-los todos, aqui represento nas pessoas de Raquel Suzana Foglio e Marcelo Addas de Carvalho, que me acompanharam de perto desde o início do primeiro trabalho realizado. À equipe da Diretoria de Planejamento e Desenvolvimento da DGRH que, à época da implantação do plano, torceu, sofreu, vibrou, em especial à minha amiga Márcia Cristina Cândido dos Santos, que, com maestria, me guiou por muitos dos caminhos dessa nossa Unicamp. Às dezenas de pessoas com quem tive o prazer de conviver durante a realização do trabalho de implantação do plano na Unicamp, e que me fizeram acreditar que todo o esforço valeu -e que ainda vale -a pena, em especial
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