Resumo As desigualdades na distribuição de renda, assim como a influência do número de filhos sobre a participação de homens e mulheres no mercado de trabalho são assuntos pouco explorados no Brasil. Este artigo investiga o efeito da maternidade na probabilidade de a mulher estar ou não inserida no mercado de trabalho e mensura os diferenciais de rendimento entre homens e mulheres, por classes de renda, controlando-se pelo viés de seleção ocupacional, pelos diferenciais de capital humano e pelo número de crianças presentes no domicílio. Conclui-se que há severa penalidade materna para a inserção das mulheres pobres no mercado de trabalho, mas que a maternidade não é o principal fator que influencia o hiato sexual de rendimentos. Além disso, demonstra-se que a desigualdade de renda é favorável aos homens que se encontram nas classes baixa e média, mas não entre os mais ricos.
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