RESUMO:Neste artigo é problematizada a relação entre gestão de recursos humanos, competitividade e formação, salientando-se ainda alguns aspectos críticos ligados à qualidade e avaliação da própria formação. Finalmente, é analisada a articulação entre políticas de formação e cidadania, no sentido de questionar algumas das suas agendas ocultas e contribuir, assim, para a construção de uma sociologia crítica da formação. Palavras-chave: Formação; Gestão de recursos humanos; Qualidade; Avaliação; Cidadania.A formação é entendida neste artigo como uma prática social específica e como uma verdadeira instituição que cumpre certas funções sociais relacionadas com a reprodução, regulação e legitimação do sistema social, entre outras, ao mesmo tempo que celebra determinados valores, por vezes contraditórios, ligados quer ao mundo empresarial e gerencialista, quer ao mundo cívico e da cidadania.Por outro lado, e dado que a formação se tornou cada vez mais impensável sem o recurso ao mundo do trabalho, embora as suas relações nem sempre tenham contribuído para a sua mútua dignificação, há que reflectir um pouco mais sobre esta relação fundamental entre formação e trabalho, que se tornou a "utopia" das décadas de 1980 e 1990, no entender de Palazzeschi (1998), introduzindo agora também a dimensão da cidadania.E é assim que, não perdendo de vista as metamorfoses da formação, do trabalho e da cidadania, iremos analisar mais especificamente as con-
O autor começa por caracterizar a justiça social nos tempos de hoje, enquadrando-a num registo de anormalidade, tendo presente não apenas a sua dimensão teórica plural, mas também o plano da normatividade. A seguir, e depois de apresentar três modelos de educação: o do capital humano, o dos direitos humanos e o da justiça social, o autor detém-se de modo particular neste último, salientando algumas das suas virtualidades e implicações em termos de qualidade educativa. Porém, e não obstante a relevância deste enquadramento, este trabalho sugere outros modos de ver a justiça e a qualidade na escola, resultantes de outras racionalidades que perpassam a realidade escolar e que vão exigir uma maior atenção ao modo como poderá construir-se uma escola justa e de qualidade no mundo atual.
ResumoNeste artigo, o autor reflecte sobre a questão da justiça e dos direitos humanos, tendo presente as exigências da democracia deliberativa, na linha de Habermas e, sobretudo, as propostas de uma democracia comunicativa. Assim e num primeiro momento, o autor problematiza as relações entre democracia, justiça e direitos humanos, dando um particular realce quer às tendências individualistas e mercantilizadas de ver a democracia e os direitos quer às concepções deliberativa e comunicativa da democracia e suas implicações em termos de justiça e direitos humanos. A partir daqui, a reflexão inflecte para o campo da educação, como um outro lugar da justiça, debatendo a questão da justiça escolar e a concepção da escola como organização dialógica e comunicativa, realçando, em linguagem habermasiana, as funcionalidades sistémica e comunicativa que a perpassam. O autor completa esse enquadramento destacando, dentro da ideia de que a escola é um lugar de vários mundos e de justiças, as múltiplas racionalidades mobilizadas pelos actores escolares, a quem compete fazer opções, conscientes de que, quando a racionalidade comunicativaemancipatória domina sobre outros tipos de racionalidade, a justiça e os direitos se abrem e se universalizam. Finalmente, essa discussão é retomada no último ponto do artigo, mas agora enquadrada nos desafios da globalização entendida em vários sentidos, terminando com a referência, dentro de uma concepção de globalização contra-hegemónica, a uma "democracia cosmopolítica", favorecedora de uma cordialidade solidária e cosmocidadã, apoiada nos direitos humanos.
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