a ordem e as forças profundas na esCola inglesa de relações internaCionais [...] revista Brasileira de polítiCa internaCional 125Esta constatação é o que torna extremamente útil o objetivo deste trabalho. A saber, o estabelecimento de um mecanismo de interpretação de uma das dimensões mais fundamentais das teorizações da Escola Inglesa, o lugar e as tendências da ordem, por meio do arcabouço metodológico desenvolvido por uma consolidada e respeitada escola da Historiografia das Relações Internacionais, a tradição francesa, que tem bases sobretudo nos trabalhos de Pierre Renouvin e Jean-Baptiste Duroselle (1967;1994;.Por trás da clara distinção observada na historiografia inglesa de relações internacionais entre os conceitos de "sistema internacional" e "sociedade internacional", alicerçando tais conceitos tão caros a esta interpretação histórica particular, está o conceito de ordem.Seja ela imediata e hierárquica como nos sistemas imperiais ou mesmo anárquica, sem um centro específico de poder, como no sistema europeu emergente pós-westfália, a ordem é uma característica necessária aos sistemas internacionais históricos.Por trás de uma atitude quase teleológica em favor da tendência ao ordenamento, que emana da construção e expansão da sociedade internacional no tempodesde a obra seminal de Hedley Bull em 1977 (A sociedade anárquica [2002]), passando pelo esforço de Adam Watsom na década de 1980 (A evolução da sociedade internacional [1992]), e culminando com as críticas e repaginamento dos anos 90 com Barry Buzan, Richard Little e Charles Jones (The logic of anarchy [1993]) e Buzan e Little (International Systems in World History [2000]) -existiriam forças profundas tal qual definidas pela tradição francesa, materiais e psicosociais, operando tais desdobramentos?Com base na metodologia da historiografia francesa, com ênfase para as obras de Jean-Baptiste Duroselle (Todo império perecerá [2002]), de Pierre Renouvin (Histoire des Relations Internationales [1994] -com ênfase para o capítulo preparado por René Girault), e de Duroselle e Renouvin (Introdução à História das Relações Internacionais [1967]), o trabalho procurará observar se sob a pluralidade característica da escola inglesa pode ser detectado um sistema de causalidades múltiplas que operariam em nível sistêmico -propiciando bases de comparação entre a interpretação desta escola e a interpretação da escola francesa. A distinção fundamental entre Sistema e SociedadeAntes de adentrar no tema deste trabalho propriamente dito, é frutífero que se definam os termos utilizados na escola inglesa a que se fará referência no decorrer do artigo, uma vez que a própria definição dos mesmos traz consigo os fundamentos da escola que serão revisitados sob novo olhar metodológico.Dessa forma, iniciaremos pelas definições de sistema internacional e sociedade internacional, sendo o 'internacional' intercambiável por 'de estados' neste contexto; passaremos rapidamente pela constituição pluralista da escola que Carlos Henrique Canesin 126 se funda na própria visão deste...
Inúmeras pessoas foram importantes no decorrer da trajetória de pesquisa e redação do presente trabalho, seja do ponto de vista pessoal, profissional ou acadêmico.Acima de tudo agradeço a Viviani Nikitenko e Carlos Augusto Canesin pelo incansável apoio, dedicação e acima de tudo pela compreensão pelos longos períodos furtados ao convívio familiar. Esta saga não teria sido possível ou faria sentido sem eles. Agradeço aos meus pais, Carlos Alberto Canesin e Regina Célia Canesin, pelo apoio, motivação e acima de tudo pelo exemplo.Agradeço muito especialmente à Profa. Dra. Maria Izabel Valladão de Carvalho, que mais do que minha orientadora acadêmica, o que por si só não foi tarefa fácil devo honestamente confessar, foi uma amiga compreensiva e pacienciosa ao longo de todos estes anos. Agradeço também em conjunto a todo o corpo de
This article analyses the performance of developing countries in WTO disputes against the USA and EU (the G2) from 1995 to 2012. It investigates the influence of four factors – WTO rules and norms, institutional-legal capacity, market power, and trade dynamics – on two samples, namely disputes initiated and successfully concluded against the G2. Generalized Linear Models (GLMs) are used to analyse the data. They show that, while relative bilateral exports also play a role, the institutional-legal capacity and market power of developing countries (as represented by GDP) play the most important role in allowing developing countries to initiate disputes against the G2, and to complete them successully.
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