Artigo recebido em 03/09/2013 e aceito para publicação em 03/12/2013. RESUMO:É fato a relevância da análise sistêmica na pesquisa geográfica, levando em consideração a necessidade do entendimento das relações e dinâmica entre a sociedade e a natureza. Nesta perspectiva, o presente trabalho constrói um debate entre os conceitos de ecossistema e geossistema, objetivando apresentar a entidade geossistêmica como conceito ímpar para a análise da dinâmica ambiental no âmbito geográ-fico. O tema subsidiou a ciência geográfica no entendimento da estrutura, padrão e funcionamento das interações socioambientais, possibilitando trabalhar interdisciplinarmente, extraindo do meio ambiente diagnóstico e prognóstico sobre as suas fragilidades e potencialidades em distintas escalas temporo--espaciais de análise e de complexidade. Palavras-chave: Ecossistema; Geossistema; Teoria Geral dos Sistemas.ABSTRACT: It is of major significance for geographical research a systemic analysis regarding the need to understand relationships and dynamics between society and nature. From this perspective, this paper makes a discussion on concepts of ecosystem and geosystem, aiming to present the geosystemic entity as a unique concept for the analysis of environmental dynamics in the geographical scope. This topic supported geographical science in understanding the structure, standard and operation of socio-environmental interactions, promoting interdisciplinary work, and extracting from the environment diagnosis and prognosis about geosystemic weaknesses and strengths in different temporal-spatial scales of analysis and complexity.
Resumo: Discute-se de forma contundente nesse século XXI as trajetórias e tendências da Geografia Física Integradora ou Complexa, possibilitando uma avaliação do seu potencial ao estudo de diversas temáticas, com destaque à fragmentação, qualidade e transformação da paisagem, que encontra-se potencialmente degradada pela apropriação inadequada dos recursos e da relação contraditória entre sociedade ↔ natureza. Assim, realizase um estudo bibliométrico para reconhecer um primeiro panorama dessa pesquisa desenvolvida pela Geografia brasileira, entre 2006 e 2016, permitindo pensar as trajetórias e tendências do conceito de paisagem. Para isso, coletou-se a produção sobre a temática publicada em 23 periódicos nacionais, os quais foram recuperados de acordo com o estrato do Qualis Capes Periódicos. Buscou-se entender a relevância da paisagem e do seu uso de forma integradora, bem como suas escalas e unidades de análise. Demonstra-se, ainda, a sua relação com o geossistema, entendido como conceito integrador da relação sociedade ↔ natureza. A partir dos resultados, frisa-se o uso da paisagem predominantemente ligado às pesquisas ambientais, com forte vínculo à escala local, à bacia hidrográfica e à cartografia de distintos complexos paisagísticos. Avista-se, também, a importância da relação entre a paisagem e o geossistema enquanto subsídio ao diagnóstico e prognóstico ambiental. Portanto, o estudo proposto permite uma análise crítica da prática investigativa geográfica, auxiliando na valorização da geodiversidade e do patrimônio natural brasileiro, pois visualiza-se a sociedade ↔ natureza enquanto um par dialético.Palavras chave: Ambiente; Sociedade ↔ Natureza, Bacia Hidrográfica, Geossistema, Escala Local. Abstract: In this 21st century, the trajectories and tendencies of Integrated or Complex Physical Geography have been hotly discussed, which allows evaluating its potential for the study of various themes with emphasis on the fragmentation, quality and transformation of
2021 Neves et al. Este é um artigo de acesso aberto distribuído sob os termos da Licença Creative Commons BY-NC-SA 4.0, que permite uso, distribuição e reprodução para fins não comercias, com a citação dos autores e da fonte original e sob a mesma licença.
É fato a relevância da análise geossistêmica na pesquisa geográfica, considerando a necessidade do entendimento das relações entre a sociedade e a natureza. Nesse cenário, buscou-se compreender o desenvolvimento da pesquisa geográfica relacionada ao geossistema, entre 1971 e 2011, no Estado de São Paulo. Para isso, realizou-se análise teórico-metodológica das dissertações e teses defendidas na UNESP (Rio Claro e Presidente Prudente), UNICAMP e USP, a partir da adaptação da proposta teórico-metodológica de Gamboa (1987), da criação de banco de dados digital para a análise bibliométrica, do método histórico-documental, além de cálculos estatísticos e geoprocessamento. Por meio dos resultados foi possível sistematizar contribuições científicas que se encontravam dispersas na história, bem como auxiliar no entendimento das trajetórias e tendências das pesquisas de cunho geossistêmico e sua correlação e importância para o desenvolvimento dos estudos ambientais na ciência geográfica brasileira.
Com o crescimento contínuo, desigual e contraditório das cidades, fala-se muito em ocupação de áreas de risco ambiental. Estes riscos são os mais diversos e vão desde um simples alagamento às enchentes e desmoronamentos, causando prejuízos econômicos e mortes. Tendo isso em consideração, se tem realizado a análise destas áreas, levando em consideração todo o arcabouço teórico e metodológico desenvolvido na academia, porém, pouco é considerado a opinião dos moradores destas áreas, os quais deveriam ser vistos como os maiores conhecedores do assunto. Esta pesquisa tem por objetivo apresentar uma matriz criada com esse objetivo, o de identificar a percepção das pessoas em relação aos riscos existentes nas áreas em que moram, diferenciando-a da perspectiva dos técnicos que avaliam essas áreas. Sua confecção, aplicação e debate estão embasados nas concepções teóricas do sistema tripolar Geossistema, Território e Paisagem. Para testar a matriz em questão, a mesma foi aplicada em vinte pontos ao longo da bacia do Ribeirão Quati, Londrina - Paraná. Tal exercício mostrou que a mesma permite uma análise mais complexa das variáveis de perigo e vulnerabilidade (componentes do risco), gerando ferramenta relevante ao planejamento e gestão ambiental urbana.
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