-History Teaching, Intercultural Dialogue and Ethnic-RacialRelations. This article presents reflections that connect history teaching, interculturality and education on ethnic-racial relations. It exposes some results of ongoing study processes on actions related to the implementation of laws 10.639/03 and 11.645/08 in Cachoeirinha, Rio Grande do Sul, Brazil. It also points out two specific elements of the reception of these laws, in the context of school education and the history teaching in Rio Grande do Sul: on one hand, the affection to the cause, as a more individual and less institutional response to legal regulations; on the other hand, the tendency of creating new stereotypes in the collective practices concerning the reception of such legislation and related guidelines.
O propósito deste artigo é apresentar algumas reflexões produzidas no âmbito do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), subprojeto de História, promovido na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). O programa em questão visa a construção de uma parceria entre Universidade e Escola, capaz de apostar em novas posturas pedagógicas que podem se desenvolver no interior da escola e que repercutem na formação inicial dos licenciandos. Privilegiamos uma categoria conceitual: perceber o PIBID como uma experiência de residência docente, a partir das articulações ou parcerias, operando com a ideia de que o sucesso da estratégia de ação do PIBID reside, em grande parte, no fato de aproximar a formação inicial e a formação continuada, colocando a possibilidade de sua formação como um todo acontecer em tempos e espaços simultâneos. Ao perceber a escola como espaço privilegiado para esse encontro, pensamos redefinir os limites do que consiste a formação inicial e a continuada. Desse modo, a escola se revela também como espaço de formação de novos atores para a cena da sala de aula.
Ethnic-Racial Relations Education and History Teaching: possible relationships between school communities and traditional communities Resumo: O artigo apresenta resultados de estudos que problematizam conexões entre o Ensino de História, a Educação das Relações Étnico-Raciais e a relação das comunidades escolares com as comunidades tradicionais, especificadamente quilombolas e indígenas. Destaca as formas de recepção da Lei 10.639/03, nas escolas do município de Palmares do Sul, localizadas em terras próximas de uma aldeia Mbya Guarani-Teko'a Yriapú, assim como de um Quilombo-Limoeiro. O marco temporal da análise vincula-se ao contexto pós-aprovação das Diretrizes Curriculares correlatas à Lei, em 2004. Apresenta produção de dados, de caráter teórico e empírico, com metodologia de
_______________________________________________________________________RESUMO: Este artigo discute os desafios enfrentados pelo professor de História, diante de algumas das demandas sociais e identitárias do século XXI, em especial em relação ao diálogo intercultural, ao patrimônio cultural e aos passados imaginados nas mídias. O objetivo principal é refletir sobre o papel da formação acadêmica do professor de História diante destas problemáticas. Dialoga-se com perspectivas teóricas sobre formação de professores, memória e História, a partir de Antonio Nóvoa, Andreas Huyssen, Hayden White, entre outros, articuladas com experiências, observações e pesquisas desenvolvidas pelos autores. Argumenta-se que o ensino de História hoje consiste numa prática muito diversa em relação a tempos anteriores, uma vez que as demandas que a sociedade tem colocado aos currículos e ao papel dos professores se multiplicam e estão ligados a movimentos sociais, étnicos e culturais muito singulares, que questionam as relações entre historiografia, memória, identidades e sentidos na aula de História. Estes questionamentos demonstram a complexidade do trabalho docente dentro e fora da sala de aula, que extrapola a ideia de adaptação metodológica do conhecimento histórico acadêmico e se concretiza nas propostas de problematização e de diálogo entre muitas histórias e muitos passados.
Trata-se de um exercício de escrita inédito, resultado de reflexões realizadas pelo grupo de professores da área de ensino de História sobre o tema do ensino médio. A preocupação central é compreender o processo de mudanças no ensino médio propostas pelo Ministério da Educação (MEC) e pelos governos estaduais, na perspectiva do ensino de História. Abordamos quatro enfoques conceituais e teóricos: o primeiro refere-se à própria compreensão dos processos de mudanças propostos e sua relação com o ensino de História; o segundo refere-se à centralidade da pesquisa, que assume um caráter de operador estratégico do princípio da interdisciplinaridade e da contextualidade; o terceiro consiste na compreensão do papel dos agentes principais do ensino médio, que são os jovens e as culturas juvenis; o quarto diz respeito ao tema da memória e do patrimônio, uma vez que o ensino de História consiste em um movimento de criação/recriação da memória histórica.
O artigo expressa uma reflexão compartilhada no campo da Pesquisa em Educação, articulada com a Extensão Universitária, cujo foco é a formação docente para a Educação das Relações Étnico-Raciais (ERER). Objetiva analisar as possibilidades de diálogo entre as comunidades escolares e as comunidades de terreiro. Descreve e analisa a presença de terreiros, nomeados Territórios Negros do Axé, no município de Tramandaí, Rio Grande do Sul. Enfoca as expressões religiosas de africanidades e os saberes diaspóricos construídos pelas pessoas negras no Brasil, a partir da existência desses terreiros em solo gaúcho. Com abordagem qualitativa, utiliza metodologia de revisão bibliográfica e entrevistas. Os resultados parciais apontam para a riqueza educativa dos saberes construídos nos terreiros, na perspectiva da educação antirracista e do currículo que trata de africanidades, histórias e culturas africanas e afro-brasileiras.
Trata-se de um exercício de escrita inédito, resultado de reflexões realizadas pelo grupo de professores da área de ensino de História sobre o tema do ensino médio. A preocupação central é compreender o processo de mudanças no ensino médio propostas pelo Ministério da Educação (MEC) e pelos governos estaduais, na perspectiva do ensino de História. Abordamos quatro enfoques conceituais e teóricos: o primeiro refere-se à própria compreensão dos processos de mudanças propostos e sua relação com o ensino de História; o segundo refere-se à centralidade da pesquisa, que assume um caráter de operador estratégico do princípio da interdisciplinaridade e da contextualidade; o terceiro consiste na compreensão do papel dos agentes principais do ensino médio, que são os jovens e as culturas juvenis; o quarto diz respeito ao tema da memória e do patrimônio, uma vez que o ensino de História consiste em um movimento de criação/recriação da memória histórica.
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