RESUMO:O desenvolvimento de habilidades de compreensão leitora é uma preocupação constante de professores e pesquisadores ligados ao ensino e à aprendizagem da leitura, prova é que são inúmeros os estudos propostos nesse sentido. Mas, apesar disso, o que se constata em boa parte dos alunos do Ensino Básico e Superior é a permanência desta lacuna: a falta de habilidade compreensiva para ler. Como revelam os dados do PISA 2012, grande parte dos alunos avaliados não avança além da decodificação da língua escrita. Colaborar com a discussão dessa questão é o propósito deste artigo. Para isso, proponho um estudo baseado na Teoria da Polifonia, de Oswald Ducrot, para quem o sentido de um discurso é constituído de diferentes vozes (enunciadores/pontos de vista) que compõem seus enunciados e a relação entre eles, assim como da posição assumida pelo locutor diante de cada uma delas. PALAVRAS-CHAVE:Leitura. Polifonia. Descrição do sentido do discurso. ABSTRACT:The development of reading comprehension skills represents a constant concern for teachers and researchers who work with reading teaching and learning. A piece of evidence of this is that there are uncountable studies proposed in this sense. However, what is evident in a great number of basic education and undergraduate students is the persistence of this gap: the lack of comprehension skills to read a text. As data of PISA 2012 point it, a great number of assessed students does not go beyond decoding written language. The purpose of this article is to collaborate with this discussion. For this, I suggest a study based on the Theory of Polyphony, by Oswald Ducrot. According to him, the sense of discourse is constituted by different voices (enunciators/points of view) which compose their statements and the relationship between them, as well as the position assumed by the speaker faced to each one of them. KEYWORDS:Reading. Polyphony. Description of the sense of discourse.
Este artigo tem por objetivo abordar a construção da identidade docente pelo viés da subjetividade na linguagem. Para isso, inicialmente é apresentado o aporte teórico que fundamenta essa proposta, os estudos benvenistianos, seguidos de uma breve incursão pela filosofia buberiana, assim como pelo olhar de alguns estudiosos da Educação, quanto a como o docente se vê e se constrói como professor, demonstrando, ainda, algumas das influências externas (culturais, sociais etc.) que interferem nesse processo de constituição docente. Por fim, é feita uma análise de alguns discursos de professores que falam sobre como se veem como docentes, bem como veem o profissional de maneira geral, a fim de ser demonstrado de que forma se marcam na e pela linguagem e como por ela manifestam a subjetividade no processo de construção de sua identidade docente.
O presente estudo busca mostrar como os pressupostos da Teoria da Polifonia, de Ducrot, podem colaborar com o leitor para a compreensão do processo argumentativo que se instaura no discurso, permitindo determinadas continuações, quer do locutor, quer do alocutário, e impedindo outras. A fundamentação teórica deste estudo está alicerçada em Ducrot, idealizador e pesquisador da Semântica Argumentativa (SA) ou Teoria da Argumentação na Língua (TAL), bem como em Barbisan e Teixeira. Aplica-se, nesta investigação o método da simulação proposto por Ducrot, que consiste na observação, descrição e explicação do sentido do discurso para chegar à significação na língua. A descrição polifônica do discurso permite explicar, por exemplo, a trama de vozes presentes no discurso que evidencia a argumentação do locutor.
Este estudo objetiva demonstrar como a argumentação interna (AI), presente na Semântica Argumentativa, em especial na Teoria dos Blocos Semânticos (TBS), desenvolvida por Carel e Ducrot, pode auxiliar acadêmicos a produzirem paráfrases, a fim de contribuir com a elaboração de discursos de divulgação científica. Inicia-se esta pesquisa abordando a importância da paráfrase para esses discursos, bem como falando sobre o quão complexo é parafrasear, já que duas habilidades principais são requeridas para a produção de paráfrase: compreensão leitora e produção escrita. A partir disso, são apresentadas algumas definições de paráfrase, assim como alguns dos problemas que essas definições apresentam. Em seguida, disserta-se sobre a Teoria dos Blocos Semânticos, em especial sobre o conceito de argumentação interna. Finaliza-se aplicando a AI a discursos de divulgação científica, como forma de demonstrar sua contribuição para a elaboração de paráfrases. A análise apresentada demonstra o potencial da Teoria para auxiliar na produção de paráfrases.
Este estudo tem por objetivo por à mostra o poder da linguagem na organização social. Para isso, faz-se a análise da obra literária, 1984, de George Orwell, em especial, da criação de uma nova língua no país fictício da Oceânia, que se revela um importante mecanismo de controle da população. Para a análise dessa nova língua, chamada de Novafala, busca-se na noção de signo ideológico, como compreendida pelo Círculo de Bakhtin, em especial na obra Marxismo e filosofia da linguagem (2017), de Volóchinov, o aporte teórico necessário para explicitar como o uso da língua pode contribuir para o controle e dominação de um povo. Como resultado, é possível observar que a eliminação da língua falada pela população e a criação de uma nova língua visa anular o pensamento crítico, tornando as pessoas meras reprodutoras de opiniões, sem qualquer tipo de reflexão.
Resumo: Este estudo tem por objetivo discutir a crise em que se encontra a filosofia da ciência a partir do enfraquecimento da lógica-positivista, tendo como base o proposto por Marcelo Dascal, que defende a ideia de que um estudo mais atento da controvérsia poderia colaborar no processo de evolução de questões científicas. Para tanto, o filósofo sugere um olhar pela perspectiva da pragmática, isto é, pela perspectiva da língua em uso. Em vista disso, são abordadas: a relação entre linguagem e ciência, as polêmicas geradas pela ciência e a relação entre pragmática e controvérsia. Esta investigação possibilita demonstrar a solidez dos fundamentos utilizados por Dascal, o que autoriza dar à controvérsia e à pragmática lugar de destaque na filosofia da ciência, orientando as modernas filosofias da linguagem na direção do uso da linguagem e da controvérsia como um espaço aberto para o novo, para o mundo real, cotidiano.
Este artigo visa a analisar possíveis contribuições dos pressupostos saussurianos para o ensino de língua, especificamente, os de valor, sistema e relação, a fim de propor alternativas de ensino que colaborem para o desenvolvimento das habilidades de produção escrita e de compreensão leitora dos alunos da Educação Básica. Para atingir esse objetivo, primeiramente é feita uma revisão de alguns aspectos do processo de ensino de língua no Brasil; em seguida, faz-se uma revisão teórica de outros conceitos saussurianos, tais como: língua, linguagem, signo e arbitrariedade; e, por fim, apresenta-se uma possibilidade de ensino de língua, voltada à constituição de sentido, a partir desses conceitos.
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