Este trabalho parte da constatação do expressivo crescimento do número das chamadas “cirurgias íntimas” no Brasil, país onde mais se realiza este tipo de intervenção. Investiga como a produção científica do campo da cirurgia plástica sustenta tal prática. Por meio da análise dos artigos publicados sobre o tema na Revista Brasileira de Cirurgia Plástica, apresenta os argumentos e o padrão estético que está sendo redefinido e aplicado nos corpos femininos, com importantes consequências em termos de transformações corporais e subjetivas, e (re)definições de normas de gênero e sexualidade.
Este artigo analisa as configurações em torno da chamada modulação hormonal bioidêntica tal como aparecem em grupos de redes sociais destinados a discutir tais produtos e seus possíveis benefícios. Em particular, por meio do acompanhamento de um grupo no Facebook, investigamos como se produzem discursos públicos centrados na valorização dos hormônios bioidênticos como forma de gerenciamento da condição de saúde e bem-estar. Esses discursos podem ser entendidos como testemunhos de um processo de investimento e de transformação pessoal. Nossa proposta interpretativa se ancora na ideia de que esse exemplo etnográfico é ilustrativo de um processo de conexão entre mudanças corporais e subjetivas diretamente relacionadas à disponibilidade e ao uso de
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