Objetivos: Revisar sistematicamente a literatura científica acerca das evidências sobre o uso de ivermectina e nitazoxanida como tratamento e profilaxia para a COVID-19. Metodologia: Esta revisão sistemática foi desenvolvida de acordo com o Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA). As bases bibliográficas PubMed, Lilacs e SciELO foram pesquisadas em 14 de outubro de 2021 para identificar estudos que avaliaram o uso de ivermectina e nitazoxanida para tratamento ou profilaxia de casos confirmados ou suspeitos de COVID-19. Resultados: Foram recuperados 105 artigos, dos quais 9 foram incluídos para a revisão final, quatro ensaios clínicos randomizados, um ensaio clínico não randomizado, uma coorte retrospectiva, um estudo transversal, uma série de casos e um relato de caso. A maioria dos estudos eram do Brasil, Egito e México, avaliaram a nitazoxanida e abordaram o tratamento da doença. Conclusões: Não existem evidências científicas suficientemente robustas para apoiar o tratamento e/ou a profilaxia com a ivermectina e nitazoxanida para a COVID-19. Apesar dos resultados encontrados não apontarem um risco aumentado de eventos adversos aos medicamentos analisados, não se deve presumir que seu uso é isento de riscos e estes devem ser usados de maneira racional.
Introdução: A doença renal acomete, anualmente, cerca de 850 mil pessoas em todo o mundo e sua maior incidência ocorre em pacientes de Unidades de Terapia Intensiva. Em decorrência das alterações na farmacocinética de muitos fármacos, observadas em pacientes acometidos pela perda de função renal, ajustes nas doses são necessários a fim de evitar eventos adversos causados por sobredose desses medicamentos. Observa-se uma maior incidência da doença renal na população com idade mais elevada, e três fatores afetando a hemodinâmica renal têm sido imputados para esta maior incidência: o próprio processo de envelhecimento renal, a maior frequência de estados patológicos nesta faixa etária e o uso excessivo de medicamentos nesse grupo específicos de doentes. Este estudo teve como objetivo avaliar o ajuste nas doses de antimicrobianos prescritos para pacientes idosos com insuficiência renal em uma Unidade de Terapia Intensiva. Material e método: Foi realizado uma coorte histórica de pacientes com idade superior a 60 anos, que apresentaram perda de função renal na admissão ou durante a internação na UTI de um hospital de urgência e emergência, localizado no sudoeste da Bahia, no período de junho a agosto de 2014. Os dados clínicos e laboratoriais foram coletados dos prontuários dos pacientes. Foram considerados com insuficiência renal os pacientes que tiveram, em algum momento, a estimativa da (TFG)Taxa de filtração glomerular por CG(Cockcroft-Gault Equation) ou MDRD (Modification of Diet in Renal Disease) inferior a 55 mL/min (se homem) ou 52 mL/min (se mulher). Os medicamentos que necessitavam de ajuste na insuficiência renal, suas respectivas doses e intervalos prescritos foram identificados em duas fontes de informações: Micromedex e Drug Information Handbook. Os medicamentos foram classificados em: "ajustado" (quando o ajuste de dose foi realizado de acordo com a estimativa da TFG), e "não ajustado" (se não foi realizado o ajuste quando necessário). Resultados: Dos 18 pacientes identificados, 9 tiveram insuficiência renal havendo necessidade de ajuste de dose, 4(44,44%) não tiveram o ajuste de dose realizado, e apenas 5(55,55%) pacientes tiveram o ajuste de dose realizado conforme recomendado. Discussão: O número de pacientes idosos com perda de função renal que não tiveram às doses de medicamentos ajustados demonstram a necessidade de melhoria na qualidade do cuidado e segurança dos pacientes, através da realização de ajuste de dose de medicamentos, como meio de prevenção de eventos adversos e demais desfechos desfavoráveis. Conclusão: No período avaliado, mais da metade dos pacientes tiveram o ajuste de dose realizado conforme o recomentado.
Introdução: O diagnóstico precoce da doença renal permite a adoção de medidas para diminuir sua progressão, bem como o tratamento das suas complicações. A taxa de filtração glomerular (TFG) é considerada o melhor marcador para diagnóstico, estadiamento e progressão da insuficiência renal (IR). Ela pode ser medida de forma precisa através de alguns marcadores, no entanto esses podem representar alto custo, laboriosidade e geralmente não estão disponíveis na rotina hospitalar. Além desses testes mais precisos, exames laboratoriais, como a dosagem da creatinina sérica, também são utilizados para estimativa da TFG, mas esse é susceptível a certas influências, como perda da massa muscular e regime alimentar. Assim a TFG é estimada através de equações. As mais utilizadas são a Modification of Diet in Renal Disease (MDRD) e Cockcroft-Gault (CG), consideradas como métodos rápidos de avaliação da função renal. O objetivo desse estudo foi observar as diferenças nas indicações de ajuste usando as equações MDRD e CG. Materiais e Métodos: Esse estudo trata-se de uma coorte retrospectiva que incluiu pacientes maiores de 18 anos, admitidos no período de janeiro de 2014 a janeiro de 2015 que apresentaram insuficiência renal na admissão ou durante a internação em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital do interior da Bahia. Os dados dos pacientes incluídos foram analisados desde a admissão até a alta. Foram excluídos os pacientes que permaneceram internados na unidade por um período inferior a 24 horas. A partir dos nomes dos pacientes admitidos no período de estudo, os prontuários foram localizados no setor de arquivo médico e estatística e as informações necessárias coletadas, através de um formulário criado para este fim. Resultados: No período de estudo foram avaliados prontuários de 337 pacientes e calculados o clearance de creatinina para estimativa da TFG através das equações CG e MDRD. Do total de pacientes avaliados 108 (37%) apresentaram insuficiência renal. Foi observado nos pacientes com IR, que o clearance de creatinina obtido através da equação MDRD com média 32,84 (dp 23,29) era superior àquele obtido através de CG com média 29,87 (dp 18,35). Discussão: Foi possível observar entre as equações estudadas que a MDRD produziu resultados da TFG mais altas, ao calcular um clearance maior usando o mesmo valor de creatinina da CG. A fórmula CG parece prever uma avaliação prévia da piora da doença renal ao produzir resultados menores da taxa de filtração glomerular. Por tanto ao estimar a TFG através das fórmulas (MDRD e CG) os resultados poderão apresentar discrepância. Conclusão: Após análise dos resultados, conclui-se que a equação MDRD fornece uma estimativa da TFG maior quando comparada a CG.
Introdução: As heparinas de baixo peso molecular (HBPM) têm substituído a heparina não fracionada por serem igualmente efetivas na prevenção e tratamento de eventos tromboembólicos, possuírem maior conveniência na administração, e não necessitarem de monitorização laboratorial rotineira. A enoxaparina, um dos principais representantes da classe das HBPM, é largamente excretada pelos rins (40% de excreção renal), o que pode levar ao acúmulo em pacientes com insuficiência renal, com consequente aumento no risco de sangramento. Por esse motivo, é recomendada a redução de dose ou a substituição em pacientes com taxa de filtração glomerular (TFG) menor que 30 mL/minuto. Objetivo: Este estudo avaliou a adequação do uso de enoxaparina em pacientes com insuficiência renal na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital do interior da Bahia. Material e método: Trata-se de uma coorte retrospectiva que incluiu pacientes adultos admitidos na UTI, que na admissão ou durante a internação apresentaram insuficiência renal e utilizaram enoxaparina para prevenção de eventos tromboembólicos. Os dados foram coletados dos prontuários dos pacientes internados de junho a agosto de 2014. Foram considerados pacientes com insuficiência renal aqueles cuja estimativa da taxa de filtração glomerular era inferior a 55 mL/minuto, se sexo masculino e 52 mL/minuto, se sexo feminino. Resultados: No período avaliado nós identificamos 21 pacientes que preencheram os critérios de inclusão. Desse total, 14 (66,67%) apresentavam TFG < 30 mL/minuto, dos quais 11 (52,38%) não tiveram a dose da enoxaparina ajustada ou o tratamento substituído. Discussão: A insuficiência renal é um quadro frequente nos indivíduos internados em UTI’s e está comumente associada a situações como sepse grave, insuficiência cardíaca, hipotensão e uso de medicamentos nefrotóxicos. Pacientes com insuficiência renal apresentam um risco adicional para o uso de medicamentos em doses inadequadas, quando os respectivos fármacos e/ou seus metabólitos são eliminados pelos rins, uma vez que essa característica farmacocinética impõe a necessidade de ajuste de dose ou interrupção do tratamento. A falha nesse processo pode resultar em resultados terapêuticos negativos para os pacientes e prejuízo financeiro para a instituição, em vista do aumento no tempo de hospitalização e necessidade de tratamentos adicionais. Conclusão: No período avaliado, mais da metade dos pacientes com indicação de ajuste na dose da enoxaparina, não tiveram suas doses corrigidas.
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