Este estudo analisou a percepção de sujeitos com deficiência auditiva em relação ao seu atendimento nos serviços de saúde. Aplicou-se um questionário de perguntas fechadas com múltiplas alternativas a pessoas com deficiência auditiva de uma comunidade de um município do interior paulista, com a presença de intérprete. Barreiras na comunicação entre os usuários e os profissionais de saúde foram ressaltadas, levando a dificuldades no acesso e dúvidas por parte dos pacientes. A ausência de intérpretes nos serviços foi evidenciada. A presença do acompanhante foi relatada frequentemente, e discutiram-se as implicações desse fato para o vínculo entre médico e paciente e para a privacidade e autonomia dos sujeitos surdos. Os participantes indicaram insatisfação com relação ao seu atendimento. Ressalta-se a necessidade de investimento na formação de profissionais dos serviços de saúde para o uso da Língua Brasileira de Sinais, na perspectiva da inclusão social, como previsto na legislação atual.
RESUMO: a educação inclusiva depende de um ambiente escolar acolhedor e adequado às necessidades de todos. Assim, as investigações das atitudes sociais na escola e das intervenções para modificá-las são fundamentais. Os objetivos desta pesquisa foram analisar concepções, sentimentos e atitudes de crianças não-deficientes sobre a deficiência mental e a inclusão e avaliar os efeitos de um programa informativo que trata da temática. Participaram do estudo quarenta crianças de duas salas de primeira série de uma escola estadual de Marília-SP. Uma das salas participou como grupo controle. Todas as crianças passaram por um pré e um pós-teste, na forma de entrevistas individuais sobre o tema e de aplicação de uma escala infantil de atitudes sociais em relação à inclusão. O grupo experimental participou do programa informativo, composto por treze encontros semanais, nos quais foram discutidas as limitações e as possibilidades das pessoas com deficiência mental, o atendimento especializado, sua escolarização e aspectos familiares e sociais, utilizando estratégias lúdicas e educacionais variadas. Os dados coletados nas entrevistas foram categorizados e analisados em seu conteúdo. Com a escala, foram obtidos escores individuais. Foram realizados cálculos estatísticos para verificar a significância das diferenças entre os grupos. Neste trabalho são discutidos os dados obtidos com a escala e o cruzamento destes com dados das entrevistas. Os resultados das entrevistas e da escala indicaram diversas mudanças nas atitudes das crianças em relação à inclusão, porém as relações entre vários destes dados não puderam ser afirmadas estatisticamente. Tendo em vista esses resultados, permanece a necessidade de ampliação das pesquisas sobre as relações entre os fenômenos apresentados. PALAVRAS-CHAVE:Educação Especial. Inclusão Educacional. Atitudes Sociais. Programas. ABSTRACT:This article presents part of a study that analyzed the concepts, feelings and attitudes of children without disabilities about mental retardation and inclusion and evaluated the effects of an informative program that deals with the issue. The study included forty children from two first grade classrooms in a public school in Marília-SP. One classroom participated as a control group. All children underwent pre and post tests in the form of interviews on the subject and a scale of children's social attitudes towards inclusion was applied. The experimental group participated in the informative program, composed of thirteen weekly meetings, in which the limitations and possibilities of people with mental retardation, specialized care, their schooling and family and social aspects, were discussed, using various educational and recreational strategies. The data collected in the interviews were categorized and content analysis was conducted. With the scale, individual scores were obtained. Statistical calculations were performed to verify the significance of differences between groups. In this paper we discuss the data obtained with the scale which were crossed with int...
A análise dos formatos de avaliação do Programa de Desenvolvimento Docente (PDD) da faculdade de Medicina de Marilia, SP, mostra as seguintes fragilidades: baixa motivação, atitude passiva dos participantes e pouco interesse em capacitação para o processo tutorial. Considerando a necessidade de inovação das estratégias de capacitação docente, optou-se, nas oficinas, pelo uso da técnica de role-playing, a qual possibilita a troca de papéis e o aprender na ação. Analisou-se qualitativamente o discurso docente frente ao uso do role-playing nas oficinas desenvolvidas, segundo as narrativas dos formatos de avaliação aplicados. Os núcleos de sentido das respostas foram classificados em unidades temáticas. Os resultados demonstraram a relevância das atividades e que o role-playing foi um importante instrumento facilitador do processo de aprendizagem, à medida que colocou o tutor como protagonista, no papel de estudante, favorecendo novos olhares e percepções e sensibilizando-o para o processo tutorial.
A comunidade surda possui cultura e linguagem próprias, desconhecidas pela maioria dos ouvintes, o que a exclui de vários processos da sociedade. As barreiras na comunicação e o preconceito difiultam seu acesso a serviços de saúde. Analisou-se a vivência de uma atividade prática de Educação em Saúde com 19 surdos feita por 20 estudantes do primeiro ano de um curso de medicina. Após um curso de Língua Brasileira de Sinais, os estudantes realizaram uma atividade junto aos surdos, na qual apresentaram palestras sobre temas de saúde e interagiram em ações como aferição da pressão e cálculo do Índice de Massa Corporal. Posteriormente, os surdos participaram de dois grupos focais para relatarem sua experiência. A análise dos dados deu-se pelo Discurso do Sujeito Coletivo. Os surdos fiaram satisfeitos com a interação, relataram preocupação com prevenção e autocuidado e expectativas positivas quanto à formação de médicos humanizados e qualifiados para seu atendimento.
O fenômeno da profissionalização de pessoas com deficiência é complexo e perpassa as contradições do sistema capitalista, a estrutura e interações sociais, o comportamento e psiquismo humano. Entre os desafios para a profissionalização de pessoas com deficiência elencam-se: postos precários, informais, baixa ou nenhuma remuneração, baixas escolaridade e qualificação técnica. A legislação traz avanços, porém o cumprimento é frágil e reducionista. Este trabalho apresenta possibilidades de contribuições da psicologia nos diferentes contextos: junto aos sujeitos com deficiências e seus familiares, à comunidade empresarial, às instituições e à sociedade civil, por meio da educação. Discute-se o tema expondo as limitações a partir dos diferentes sujeitos sociais e as contradições que coexistem nas políticas públicas, mas, sobretudo, aponta-se caminhos e propõe-se na psicologia importantes instrumentos para a inclusão. Palavras-chave: Pessoas com deficiência; capacitação professional; emprego.The phenomenon of professionalization of disabled people is complex and goes beyond the contradictions of the capitalist system, social structure and interactions, behavior and the human psyche. Among the professionalization challenges for people with disabilities, we list the following: insecure and informal positions, minimal or no compensation, low education and qualifications. Legislation brings advances but its compliance is fragile and reductionist. This paper presents potential contributions from psychology, through education, in different contexts: together with disabled persons and their families, the business community, institutions, and civil society. We discuss the professionalization of people with disabilities; the limitations are exposed considering the different social subjects and the contradictions that exist in public policies. But mainly, direction is offered and important instruments in psychology are proposed for greater inclusion. Keywords: Disabled persons; professional training; employment.El fenómeno de la profesionalización de las personas con discapacidad es complejo y va más allá de las contradicciones del sistema capitalista, de la estructura y de las interacciones sociales, de las conductas y del psiquismo humano. Entre los desafíos para la profesionalización de las personas con discapacidad destacan: los empleos precarios e informales, la baja o nula remuneración, el bajo nivel educativo y de cualificación técnica. La legislación trae avances pero su cumplimiento es frágil y reduccionista. El presente trabajo presenta posibles contribuciones de la psicología, a través de la educación, a diferentes contextos: las personas con discapacidad y sus familias, la comunidad empresarial, las instituciones y la sociedad civil. Discute el tema exponiendo las
When studying the implementation movement of active learning methodologies, especially the Problem Based Learning (PBL) at medical schools, it is considered that faculty training is of great relevance and is a weakness to be overcome. In this paper, an experience from a medical school is shared concerning the accession to PBL especially focusing the course on the faculty development during this process. The Faculty Development Program (FDP), made permanent in this institution, is presented, as well as its steps in 17 years of existence: strategies and guidelines for practical support. At first, faculty training programs were based on Continuing Education (CE) and Permanent Education (PE) demonstrating theoretical references and methodologies paying greater attention to the current process of Academic Permanent Education (APE). This study also describes the APE organization, potentialities and weaknesses rates and, following that, broadens reflection on challenges surrounding faculty training programs in medical schools. It is concluded that APE, when promoting operative group activities and active knowledge production, it supports and strengthens team work. When stimulating active attitude for personal and professional teacher growth, APE also collaborates for pedagogical, curricular and humanistic development of the higher education institute.
As pessoas com deficiência costumam ser estigmatizadas e excluídas do convívio social e das atividades consideradas normais. Para transformar essa realidade, a Assembléia Geral da ONU (1990) enfatizou o modelo de sociedade inclusiva, baseado no princípio de que todas as pessoas têm o mesmo valor e que a sociedade deve empenhar-se para atender as diferentes necessidades de cada cidadão. Dentro dessa visão, foi criado o Grupo de Teatro para Atores Especiais (G.T.P.A.Ê.), com o objetivo principal de possibilitar o desenvolvimento das habilidades pessoais e sociais da pessoa com deficiência mental, além de informar a sociedade sobre as reais potencialidades e limitações desses indivíduos. A intervenção se desenvolve durante laboratórios de teatro, passeios noturnos e apresentações do grupo. É possível observar expressões criativas dos participantes, assim como o desenvolvimento de autonomia e auto-estima. Também se observa um impacto das apresentações no público, que pode levar à diminuição de preconceitos e facilitar o processo de inclusão.
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