Resumo. O objetivo deste trabalho é problematizar a noção de identidade, articulando noções da Teoria Queer e elementos da narrativa da série Smallville e observando a possibilidade de se encontrar elementos nesta série que problematizem tal noção. Com isso, a partir da ideia de uma identidade desviante, e das fi guras do armário e das instituições médicas como reguladoras da vida social dos sujeitos, busca-se examinar o modo como se articulam esses conceitos, considerando, também, suas possíveis representações nos suportes midiáticos e do entretenimento. Verifi cou-se, com isto, que tais representações, mesmo atreladas à lógica da Indústria Cultural, são lugares de contradições e pontos de rupturas com as lógicas que instituem e legitimam certas identidades em detrimentos de outras, o que permite problematizar esquemas e processos que repercutem na marginalização e na discriminação de sujeitos não legitimados na esfera social, uma realidade ainda bastante comum na atualidade. Palavras Abstract. The objective of this work is to question the notion of identity, articulating notions of QueerTheory and narrative elements of the television show Smallville, noting the possibility of fi nding elements in this show to help us problematize such notion. Thus, from the idea of a deviant identity, and fi gures of the closet and medical institutions as regulators of social life of the individuals, this work seeks to examine how these concepts are articulated, also considering its possible representations in the media and entertainment media. It was seeing that, although such representations are tied to the logic of Cultural Industry it´s possible fi nd places of contradictions and points of rupture with the logic that establish and legitimize certain identities to the detriment of other, allowing us to discuss schemes and processes that contributes for marginalization and discrimination of individuals that are not legitimate in the social sphere, a reality still quite common nowadays.Key words: identity, queer theory, television series Este artigo investiga a produção da identidade do protagonista da série Smallville, Clark Kent, à luz das teorias queer.O percurso de investigação acerca dos conceitos queer e dos elementos narrativos de Smallville evidenciou a pertinência de alguns dispositivos que irão parametrar o debate proposto neste artigo: a fi gura do armário, que constrói um jogo de segredo e revelações; a das instituições médicas, que estigmatizam as
A aventura crítica da semiótica percorre as principais teses sobre a semiótica e a comunicação conforme trabalhadas na primeira etapa da pesquisa Semiótica Crítica, denominada Por uma teoria das materialidades na comunicação. Nela, o Grupo de Pesquisa Semiótica e Culturas da Comunicação procurou discutir as potencialidades e limites de uma perspectiva comunicacional não somente fundamentada nos trabalhos fundadores da semiótica (Saussure, Peirce) e desenvolvida em seus modelos estruturalistas (como em Jakobson, Barthes, Hjelmslev e Lotman), mas também revisitada pelos textos que operaram uma desconstrução do estruturalismo pelo interior dos postulados deste próprio estruturalismo (Derrida, Kristeva, Deleuze, Guattari). O artigo apresenta esta proposta pelos modos como a pesquisa trabalhou com dez desconstruções ligadas a conceitos e problemas teóricos centrais ao debate das materialidades da comunicação: semiótica, comunicação, materialidades, presença, fenômeno, representâmen, meios, signo e significante, estrutura e sistema, sugerindo uma passagem das materialidades à imanência de uma comunicação micropolítica e pós-humana.
ResumoO estudo apresenta reflexões sobre o movimento das ocupações das escolas secundaristas do Rio Grande do Sul (RS), com o objetivo de caracterizá-lo enquanto objeto semiótico. Essa proposta vincula-se ao entendimento dessa mobilização como fenômeno cultural, e enquanto tal, será guiada à luz dos conceitos da Semiótica da Cultura. Para tanto, foi realizada a ida a campo, inspirada na observação etnográfica, e guiada por categorias em busca de traços culturais na ocupação da Escola Estadual Padre Réus, em Porto Alegre. Além disso, realizou-se o rastreio em meio ao campo da pesquisa documental em relatos dispersos nas redes sociais e fontes como imprensa e mídias ativistas fora dos espaços tradicionais. Nesta articulação, destacam-se as potencialidades das semioses das ocupações ao colocarem em prática novos processos e linguagens de resistência e invenção, operando nas fronteiras do conceito de horizontalidade e avançando de forma efetiva na reconfiguração de possibilidades de novas formações comunicacionais. Palavras-chave
O artigo traça um percurso de definição do conceito de micropolítica em uma visada singular da Semiótica Crítica. Busca suplementos nas teorizações de Deleuze e Guattari para pensá-la enquanto força subjacente a alianças que produzem zonas de devir. Em relação às proposições de Rolnik e Guattari, projeta a compreensão da micropolítica enquanto processo de cooperação dissonante entre sujeitos posicionados em subjetividades distintas, processo que faz esses modelos existenciais desterritorializarem-se. Já considerando as características fenomênicas desse processo, recorre ao pensamento de James e de Lapoujade para compreender que a micropolítica é produzida e intensificada a partir do que esses filósofos chamaram de experiência pura.
Investigamos o modo como se estabeleceu parte do debate público so-bre gênero e sexualidade em relação ao Plano Nacional de Educação (PNE). Os indicadores foram manifestações de grupos de pressão, interações e conteú-dos das notícias de grandes portais. Nosso aparato conceitual para analisar essas manifestações virtuais foram alguns conceitos da teoria da modernização (como a separação público-privado) para perceber o quanto o debate público deles se aproximou. Por fm, refetimos sobre como essas ideias encontradas reverberam no contexto brasileiro, considerando os altos números de crimes contra LGBT, lançando pistas para se pensar em termos de políticas públicas e de legislação.
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