Para garantir a sustentabilidade da cultura do maracujazeiro, na Amazônia, é imprescindível realizar pesquisas que busquem o desenvolvimento de cultivares tolerantes às principais doenças e que apresentem frutos com boas características agroindustriais. Este trabalho teve por objetivo avaliar frutos de progênies de maracujazeiro-amarelo, CPATU-casca-fina (CCF), através de características físicas e físico-químicas, buscando obtenção de plantas com características desejáveis para indústria de suco concentrado e fruto in natura. O estudo foi conduzido em 20 progênies de polinização livre oriundas de uma população formada pela mistura de sementes de plantas selecionadas no segundo ciclo de seleção massal. Colheram-se dez frutos por planta para serem analisados, com base nas seguintes características: peso médio dos frutos; comprimento do fruto; espessura de casca; rendimento de suco; número de sementes por fruto; teor de sólidos solúveis totais (SST); acidez total titulável (ATT); pH e relação STT/ATT. Os dados obtidos foram analisados através de estatística simples, envolvendo média, desvio-padrão e coeficiente de variação. As progênies CPATU-casca-fina apresentaram variação para a maioria das características. Os frutos das progênies CCF-001, CCF-074, CCF-212, CCF-395 e CCF-430 apresentam características desejáveis para o mercado in natura, enquanto os das progênies CCF-192, CCF-281, CCF-391 e CCF-505 têm características importantes para a indústria de suco concentrado.
RESUMO -O mangostão (Garcinia mangostana L.), família Clusiaceae, é considerada a fruta mais saborosa do tropico asiático. Foi introduzido no Brasil em 1935 e atualmente é cultivado principalmente nos estados do Para e Bahia, numa área estimada de 350 ha com uma produção de 300 t. O período de frutificação do mangostanzeiro varia de acordo com as condições climáticas e, no estado do Pará, o principal período de colheita estende-se de janeiro a maio e uma colheita menor ocorre em agosto e setembro. Na Bahia a safra principal é geralmente em março e abril e outra colheita acontece em agosto. Poucas pragas têm sido encontradas em pomares de mangostão e os problemas mais comuns são causados por ácaros, tripes (Thrips sp. ) e abelha arapuá (Trigona spinipes) as quais causam danos na casca do fruto dificultando a colheita. A murcha do mangostanzeiro, doença ainda não encontrada em pomares de mangostão de outros paises, tem sido observada somente em plantas adultas na região sul do estado da Bahia, mas o agente causal ainda não foi identificado. Estouro de vasos, um distúrbio fisiológico no pericarpo do fruto e polpa translúcida são comuns nos frutos em pomares brasileiros. Os frutos são colhidos manualmente, limpos, classificados e colocados em caixas de papelão com dimensões de 21x 21,5 x 6,5 cm as quais contem de 9 a 20 frutos e são vendidos principalmente em grandes centros urbanos. O mangostão apresenta média de 32,5% de polpa, 18,17% ºBrix e 1% de acidez. A casca apresenta um grupo de substancias conhecidas como xantonas as quais são utilizadas para produtos farmacêuticos. Termos para indexação: Garcinia mangostana, produção, fitossanidade, qualidade GROWING MANGOSTEEN IN BRAZILABSTRACT: Mangosteen (Garcinia mangostana L.), family Clusiaceae, is considered the most delicious fruit from the Asiatic tropic. It wass introduced in the Brazil in 1935 and currently is cultivated mainly in the states of Para and Bahia in an area estimated on 350 ha with production of 300 tons. The fructification period of the mangosteen tree varies according to climatic conditions and, in the state of Pará, the principal harvesting season is usually from January to May and a small second crop in August and September. In the state of Bahia the main harvest season is usually from March to April and a second harvesting occurs in August. Few pests have been observed in brazilian mangosteen orchards and the related problems are caused by mite, triphs and trigona bees (Trigona spinipes ) which damage the fruit rind difficulting the harvest. The mangosteen tree wilt, disease not yet observed in orchards of mangosteen in other countries, has been the main problem in adult's mangosteen trees in South of Bahia region. Gamboge disorder, a physical damage in the fruit pericarp, and the translucent pulp also area commons in mangosteen fruits in brazilian orchards. The fruits are harvested manually, cleaned, graded and packed into a 21 x 21.5, 6.5 cm cardboard box containing from 9 to 20 fruits. The fruits are sold mainly in big urban centers. The ma...
A bacabinha (Oenocarpus mapora Karsten) é uma espécie de palmeira que cresce em touceiras de cinco a 12 indivíduos, nativa da Amazônia, podendo ainda ser encontrada em alguns países do norte da América do Sul e da América Central. Seu fruto é utilizado para fabricar refresco, sorvetes e cremes. Extraindo também, de seu estipe palmito, com excelentes características organolépticas e bom rendimento, devido a suas potencialidades essa espécie vem sendo estudada no sentido de domesticá-la. Com o objetivo de verificar o efeito da posição de semeadura na germinação, no vigor e no crescimento das plântulas, foi realizado o experimento, testando-se quatro posições de semeadura com três repetições em parcelas de 25 sementes, sendo instalado em delineamento inteiramente casualizado. Avaliou-se a percentagem, o tempo médio de germinação e o comprimento das plântulas. Os resultados indicaram que a germinação de sementes de bacabinha não foi afetada pela posição de semeadura, alcançando valores acima de 92%, porém, quando as sementes foram postas para germinar com o poro germinativo voltado para a superfície e com a rafe na posição horizontal e voltada para cima, as sementes germinaram em menor tempo. O desenvolvimento inicial das plântulas de bacabinha foi afetado pela posição de semeadura.
RESUMOConduziu-se este trabalho com o objetivo de estimar os coeficientes de correlação e de repetibilidade envolvendo doze caracteres do fruto de bacurizeiro: comprimento do fruto (CF), diâmetro do fruto (DF), espessura da casca (EC), peso da casca (PC), peso das sementes (PS), número de sementes (NS), volume da cavidade interna (VCI), peso do fruto (PF), peso total de polpa (PTP), porcentagens de casca (%C), sementes (%S) e polpa total (%PTP). As estimativas dos coeficientes de repetibilidade das características CF, DF, EC, PC, PS, VCI, PTP, %C e %PTP demonstraram alta regularidade nos indivíduos, e quatro a doze medições são necessárias para obter predições com confiabilidade em torno de 95%. Com exceção do caráter EC, não foram observadas grandes diferenças entre as estimativas dos coeficientes de repetibilidade obtidos pelo método da ANOVA e pelos métodos de análise multivariada. O aumento na precisão em termos de predição do valor real dos indivíduos além de 95% implicará aumentar, sobremaneira, o número de medições, que, por sua vez, pouco acrescentará em termos de precisão, sendo, então, injustificado seu uso. PTP apresentou associações positivas com o DF, VCI e PF. Termos para indexação:Platonia insignis, herdabilidade, fruticultura, caracterização, acesso. ABTRACTThis work had as aim to estimate the repeatability and correlation coefficients involving twelve characters of the bacurizeiro fruit: length of the fruit (CF), diameter of the fruit (DF), thickness of the rind (EC), weight of the rind (PC), weight of the seeds (PS), number of seeds (NS), volume of internal cavity (VCI), weight of the fruit (PF), total weight of pulp (PTP), percentages of rind (%C), seeds (%S) and total pulp (%PTP). The estimates of the coefficients of repeatability of characteristics CF, DF, EC, PC, PS, VCI, PTP, %C and %PTP demonstrated high regularity in the individuals and four to twelve measurements are necessary to get predictions with around 95% of reliability. With exception of character EC, had not been observed great differences between the estimates of the coefficients of repeatability obtained by the ANOVA method and the methods of multivaried analysis. The increase in the precision in terms of prediction of the real value of the individuals beyond 95%, will imply to excessive increase, in the number of measurements adding little in precision terms, being then unjustifiable its use. Total weight of pulp presented positive associations with the diameter of fruit, volume of the internal cavity and weight of the fruit.
As sementes de mangostão, logo após a retirada do fruto, apresentam polpa aderida ao tegumento. Este material, rico em açúcar, favorece a proliferação de patógenos, capazes de interferir na germinação das sementes indevidamente limpas. Com o objetivo de estudar o efeito da retirada da polpa por fermentação sobre a germinação das sementes, foram testados os períodos de 0; 24; 48; 72 e 96 horas de fermentação em água. Para tanto, após as fermentações, as sementes foram semeadas em bandejas contendo, como substrato, uma mistura de areia e serragem na proporção de 1:1, à temperatura de 26 ± 2ºC e umidade relativa de 86 ± 3%, fazendo-se a contagem diária do número de plântulas normais. As sementes foram avaliadas pelos testes de percentagem de germinação, velocidade de germinação e tempo médio de germinação. O delineamento foi o inteiramente casualizado, com quatro repetições de 50 sementes cada. Os dados obtidos evidenciaram que a fermentação das sementes por 48 horas facilitou a remoção da polpa e proporcionou a maior germinação (86%), diferindo significativamente dos demais tratamentos.
RESUMO -O bacurizeiro é espécie frutífera promissora, devido as amplas possibilidades que apresenta como planta de uso múltiplo (madeira e fruto), podendo vir a se constituir, em breve, em nova alternativa de cultura perene para a Amazônia. A ocorrência e a distribuição geográfica do bacurizeiro, apresentadas neste trabalho, baseiam-se em grande parte nos levantamentos sobre vegetação efetuados pela Comissão Executora do Projeto Radambrasil, por levantamentos em herbários, além de informações em inventários florísticos contidos na literatura. O objetivo deste trabalho foi registrar a distribuição geográfica do bacurizeiro, visando a estudos de disponibilidade genética e coleta de material para definir procedimentos adequados para seu cultivo e conseqüente redução de pressão sobre as populações nativas. Não existem dúvidas sobre a origem amazônica do bacurizeiro, sendo encontrado, no início do século vinte, tanto na margem esquerda como na margem direita do Rio Pará, abundante na costa sudeste da ilha do Marajó, onde se constitui em árvore característica das matas marginais. Em toda a Amazônia, a área de maior concentração da espécie é o estuário do Rio Amazonas. Do Estado do Pará, dispersou-se em direção ao nordeste do Brasil, alcançando os cerrados e chapadões dos Estados do Maranhão e Piauí. Na direção sul, a dispersão atingiu os Estados de Tocantins e Mato Grosso, chegando a romper as fronteiras do Brasil. Na direção norte, atingiu o Estado do Amapá, ocorrendo também, embora de forma rara, no Estado do Amazonas. Termos para indexação: dispersão, frutífera nativa, população, Platonia insignis Mart . OCCURRENCE AND GEOGRAPHICAL DISTRIBUTION OF BACURIABSTRACT -The Platonia insignis is a promising fruit species, for the wide possibilities that it presents as species of multiple purposes, and soon could become a new alternative of perennial culture for the Amazon region. The occurrence and geographical distribution of the P. insignis presented in this work, is largely based on the appointments on vegetation made by the project Radambrasil, research in herbarium, besides information in gardening inventories contained in the literature. The objective of this work was to register information about the geographical distribution of the P. insignis, seeking studies of genetic disposal and collects of material to define appropriate procedures for its cultivation and consequent pressure reduction on native plant populations. There aren't doubts on the Amazon origin of the P. insignis, being found in the beginning of the twentieth century, in the left margin and in the right margin of the Pará river, abundant in the southeast coast of Marajó Island, where constitute in a characteristic tree of marginal forests. In all Amazon, one area of large concentration of the species is the estuary of Amazon's river. In the State of Pará, was dispersed in direction to the northeast of Brazil, reaching the savannahs and plains of the States of Maranhão and Piauí. In the south direction, the dispersion reached the States of Tocantins an...
ResumoEste artigo reúne parte dos estudos com recursos genéticos das espécies frutíferas indígenas da Amazô-nia. Apresentam-se listas de prioridades históricas e atuais de cada instituição que se dedica à pesquisa com estas espécies, as listas das coleções e os bancos de gcrmoplasma de cada instituição e suas possibilidades imediatas para expandir estas pesquisas. Apresentamse algumas informações sobre diversas espécies prioritárias, comentários sobre o respectivo potencial económico e algumas considerações sobre a ameaça de erosão genética que cada uma enfrenta. Discute-se a situação atual da prospecção e conservação de germoplasma de espécies frutíferas nativas da região Amazônica e apresentam-se sugestões para conservação destes recursos genéticos. INTRODUÇÃOA região Amazônica possui valioso repositório de recursos genéticos de espécies frutíferas (Calzavara, 1978) e as diversas listas elaboradas mencionam centenas de espécies com diferentes níveis de importância na região (Hoehne, 1946; Le Cointe, 1947; Correa, 1926/ 69;Cavalcante. 1976 Cavalcante. e 1979 . Entretanto, a maioria destas espécies ainda é pouco conhecida quanto ao potencial de exploração econô-mica e sua contribuição para o bem-estar humano na região, assim como na economia nacional.Nas estimativas sobre a riqueza florística da região, freqüentemente mencionam-se de 50 a 60 mil espécies de plantas superiores (Myers, 1979;Schultes, 1977), porém, a região tem contribuído com poucas espécies para culturas econômicas. Entretanto, algumas espé-cies amazônicas alcançarem posição destacada na agricultura tropical do mundo, como por exemplo, o cacau (Theobroma cacao Linn.), a seringueira (Hevea spp.) e o abacaxi (Ananas comosus Merril). Outras são economicamente importantes apenas na região, como a castanhado-Brasil (Bertholletia excelsa H.B.K.) e o guaraná (Paullinia cupana H.B.K.). A lista de espé-cies frutíferas da flora Amazônica que têm contribuído para o desenvolvimento da região pode ser ampliada por meio da avaliação de outras espécieó popularmente usadas, seguindo-se o exemplo do que vem sendo feito em outras regiões dos trópicos úmidos, como na Ásia e América Central.
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